Leia o texto a seguir.
BRASILEIRO SOFRE PARA INTERPRETAR ATE BULA.
Decifrar contraindicações de remédios é uma tarefa tão difícil que o consultor de vendas Sérgio Brant costuma jogar as bulas fora e perguntar direto ao médico. E ele não está sozinho. Quase dois terços dos brasileiros têm só conhecimentos básicos ou ausentes sobre a ciência que envolve situações cotidianas, como ler rótulos nutricionais, estimar o consumo de energia de eletrodomésticos ou interpretar os dados das bulas.
Isso é o que mostra o índice de Letramento Científico, que calcula a habilidade das pessoas de aplicar conhecimentos científicos básicos em atividades rotineiras. A medição inédita foi desenvolvida pela Abramundo, empresa que produz materiais de educação em ciências, em parceria com o Ibope, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. Foram ouvidas 2.002 pessoas, entre 15 e 40 anos, nas nove principais Regiões Metropolitanas do País. [...].
Só 5% foram considerados proficientes, com domínio de conceitos e termos mais complexos, além da capacidade de interpretar fenômenos. "A linguagem das bulas é complicada, com muitos nomes científicos", diz Brant, de 67 anos, que toma medicamentos para diabetes e hipertensão. "Preciso reler para entender", confessa. "Ou então jogo a bula no lixo e pergunto ao médico."
VIEIRA, Victor O Estado de S. Paulo, 16jun. 2014.
De acordo com as informações do texto,
- A o brasileiro pode ser considerado "proficiente" em letramento científico.
- B Sérgio Brant, de 67 anos, não se inclui entre os "iletrados científicos".
- C o baixo Índice de Letramento Científico do brasileiro é que dificulta a compreensão de informações das bulas e de outros textos.
- D e com a Abramundo, as bulas de remédio possuem uma linguagem difícil demais para ser compreendida.
- E o brasileiro não é o único que não compreende o conteúdo das bulas.