Questões comentadas de Concursos para Farmacêutico de Atenção Primária à Saúde

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Leia o texto.


– Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador.

(Machado de Assis – O segredo do bonzo. excerto)


Avalie as afirmações sobre o texto.

1. O saber e a virtude não podem coexistir no ser humano.

2. O homem solitário, a laranja e um espetáculo são postos em oposição para que o leitor perceba a existência da virtude e do saber.

3. O pronome “eles” (sublinhado no texto) retoma a expressão “as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos”.

4. Na frase: “se ninguém os gostar” o pronome “os” refere-se a frutos de uma laranjeira.

5. O homem solitário carece de plateia para sobreviver.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

  • A São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
  • B São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
  • D São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
  • E São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

Assinale a alternativa em que o verbo haver está corretamente usado de forma impessoal.

  • A Eles hão de reconhecer.
  • B Ele houve-se bem na prova.
  • C Ele havia mandado sinais de que viria.
  • D Houve situações difíceis de resolver.
  • E Haveis de entender.

Considere a frase abaixo:


“Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário”.


Analise as afirmativas feitas em relação à frase.

1. A frase apresenta um sujeito oculto ou subentendido no verbo, como em: “Apeteciam aos viajantes aqueles frutos da árvore”.

2. O verbo apresenta objeto direto.

3. A frase é concluída com uma expressão que sintaticamente é um adjunto adverbial.

4. A expressão “os mais profundos conhecimentos” completa o verbo da oração.

5. A frase é uma oração subordinada substantiva, em relação ao contexto em que se insere.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
  • B São corretas apenas as afirmativas 3 e 5.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.
  • D São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
  • E São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.

Assinale a alternativa em que o verbo colocado entre parênteses deveria ser acentuado pela mesma justificativa dada para o acento posto no verbo “ter” do primeiro período do texto.

  • A Eles vem de terras distantes para contemplar o saber daquele homem. (vir)
  • B Se tivesseis ouvidos, entenderias! (ter)
  • C As virtudes, só a ve, aquele que tem sabedoria. (ver)
  • D Ele detem a sabedoria dos povos antigos. (deter)
  • E Eles releem, mas não entendem a mensagem. (reler)

– Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador.


(Machado de Assis – O segredo do bonzo. excerto)



Observe a frase abaixo e analise seu contexto no texto:


“… outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam”.


Assinale a alternativa correta.

  • A Os dois verbos são intransitivos.
  • B O sujeito é inexistente nas duas orações que a compõem.
  • C A palavra “o” refere-se ao homem que apresenta a teoria posta no texto.
  • D A expressão “no espírito” é um termo essencial da oração.
  • E A palavra “outra” ratifica o argumento de que há “duas existências paralelas” para a virtude e o saber.