Questões comentadas de Concursos para Fonoaudiólogo

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Ao realizar uma avaliação de mastigação e deglutição no leito, utilizando a técnica dos 4 dedos junto à ausculta cervical com estetoscópio, o fonoaudiólogo consegue observar, de forma subjetiva, o timing da deglutição orofaríngea (presença e o grau de excursão laríngea) e detectar presença de tosse ou pigarro, o momento da penetração e/ou aspiração laríngea, promovendo, assim, uma reflexão/raciocínio clínico de indicação de manobras, dependendo do momento de sua ocorrência. Em relação à presença de tosse, relacione a segunda coluna com a primeira:

1. Presença de tosse antes do início da excursão laríngea, sinais de alteração controle sensório-motor oral.
2. Presença de tosse durante a deglutição (movimentação laríngea), déficits na elevação e/ou fechamento da laringe.
3. Presença de tosse após o retorno da laringe para sua posição de repouso, sinais de estase e posterior entrada de alimento na laringe.

( ) São indicadas manobras de limpeza faríngea.
( ) Podem ser introduzidas manobras de proteção de vias aéreas inferiores.
( ) Sendo indicado manobras de cabeça para a frente durante a deglutição.
( ) Troca para consistência mais espessa.

A associação CORRETA, considerando-a de cima para baixo, é:

  • A 1, 3, 2, 1.
  • B 1, 2, 3, 2.
  • C 3, 1, 2, 1.
  • D 3, 1, 2, 2.
  • E 3, 2, 1, 1.

A afasia caracteriza-se pela alteração de processos linguísticos de significação de origem articulatória e discursiva (nesta incluídos aspectos gramaticais) produzida por lesão focal adquirida no sistema nervoso central, em zonas responsáveis pela linguagem, podendo ou não se associarem a alterações de outros processos cognitivos.
É um tipo de afasia não fluente cuja principal característica é a redução de fala. O paciente apresenta uma linguagem espontânea extremamente reduzida, e sua expressão é marcadamente lenta e breve. A repetição é boa e, especificamente neste caso, é muito melhor do que a emissão oral observada durante a fala espontânea. A compreensão geralmente está preservada. Na escrita, pode-se observar a mesma falta de iniciativa/inércia observada na fala, e a leitura está normal ou pouco comprometida.

Diante do exposto, marque a alternativa que apresenta a classificação CORRETA do tipo de Afasia deste paciente:

  • A Afasia Transcortical Sensorial.
  • B Afasia de Condução.
  • C Afasia de Broca.
  • D Afasia Transcortical Motora.
  • E Afasia de Wernicke.

A avaliação audiológica tem como objetivo principal determinar a integridade do sistema auditivo, além de identificar tipo, grau e configuração da perda auditiva em cada orelha.

Leia atentamente o caso clínico:
J.B.L. 57 anos, embora relatava anteriormente dificuldade de ouvir, ao sentir um incomodo muito forte na orelha esquerda, procurou o serviço de saúde da empresa onde trabalhava e lhe foi solicitado a realização de uma audiometria. Após exame, o fonoaudiólogo encontrou os seguintes resultados: orelha direita sem gap aéreo-ósseo: 500Hz – 35dB; 1000Hz – 35dB; 2000Hz – 45dB; 4000Hz – 65dB; enquanto na orelha esquerda via aérea: 500Hz – 70dB; 1000Hz – 80dB; 2000Hz – 85dB; 4000Hz – 80dB e via óssea mascarada: 500Hz – 50dB; 1000Hz – 55dB; 2000Hz – 65dB; 4000Hz – 60dB.

Marque a alternativa que classifica o tipo e grau de perda auditiva, segundo a Organização Mundial da Saúde (2020).

  • A Na orelha direita, perda auditiva sensorioneural de grau moderadamente severo e, na orelha esquerda perda auditiva mista de grau profundo.
  • B Na orelha direita, perda auditiva sensorioneural de grau moderado e, na orelha esquerda, perda auditiva mista de grau severo.
  • C Na orelha direita, perda auditiva mista de grau moderadamente severo e, na orelha esquerda, perda auditiva mista de grau severo.
  • D Na orelha direita, perda auditiva sensorioneural de grau moderado e, na orelha esquerda, perda auditiva condutiva de grau profundo.
  • E Na orelha direita, perda auditiva sensorioneural de grau moderado e, na orelha esquerda, perda auditiva condutiva de grau severo.

Logoaudiometria é um teste que avalia a habilidade do indivíduo para detectar e reconhecer a fala. Por meio da logoaudiometria, é possível avaliar o Limiar de Detecção de Voz (LDV), o Limiar de Reconhecimento de Fala (LRF) e o Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF).
Durante o exame audiométrico, o fonoaudiólogo encontra o seguinte resultado na orelha direita: perda auditiva sensorioneural de grau moderadamente severo, cujo os tonais limiares de via aérea foram: 500Hz – 50dB; 1000Hz – 55dB; 2000Hz – 60dB; 4000Hz – 65dB. Diante do exposto, analise as asserções a seguir:

I. O paciente possivelmente apresenta dificuldade em participar de uma conversa especialmente em locais ruidosos. Mas pode ouvir se falarem com a voz mais alta sem dificuldade.
PORQUE
II. O valor obtido na pesquisa do Limiar de Reconhecimento de Fala deve ser compatível com a audiometria tonal liminar. Espera-se que o valor obtido seja igual ou até 10dBNA acima da média dos limiares tonais

A respeito dessas asserções, com referência ao IPRF, assinale a opção CORRETA.

  • A As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
  • B As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
  • C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
  • D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
  • E As asserções I e II são proposições falsas.

Quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo ─ ou uma a cada quatro pessoas ─ viverão com algum grau de perda auditiva até 2050, adverte o primeiro Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2021. Pelo menos 700 milhões dessas pessoas precisarão de acesso a cuidados auditivos e outros serviços de reabilitação, a menos que sejam tomadas medidas. Segundo dados de diferentes estudos epidemiológicos, a prevalência da deficiência auditiva varia de um a seis neonatos para cada mil nascidos vivos, e de um a quatro para cada cem recémnascidos provenientes de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
A Atenção Integral à Saúde Auditiva na Infância integra diferentes unidades e níveis de atenção da saúde auditiva. Um fluxograma deve ser seguido, com as ações desenvolvidas de acordo o nível e o local de atendimento na rede, e principalmente levando em consideração se o recém-nascido ou lactente apresenta ou não indicador de risco de deficiência auditiva (IRDA). Leia atentamente as afirmativas sobre esse tema:

I- Realização de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), antes da alta hospitalar.
II- Caso não se obtenha resposta satisfatória, repetir o registro das EOAE.
III- O registro das EOAE não deve ser realizado mais do que duas vezes (EOAE-1 e EOAE-2).
IV- Na persistência da falha, realizar o Peate-Automático (Peate-A) ou em modo triagem, em 35 dBnNA, antes da alta hospitalar (teste).
V- Caso a resposta não seja satisfatória, o neonato deverá retornar (reteste) no período de 30 dias para nova avaliação com Peate-A em 35 dBnNA.
VI- As crianças que falharem no registro das EOAE, porém com resultados satisfatórios no registro do Peate-A, em 35 dBnNA devem ser monitoradas até os três meses de idade, pois há maior possibilidade de surgirem alterações de orelha média, ou perdas leves de audição.

Com relação às crianças sem IRDA (baixo risco), é CORRETO o que se afirma em:

  • A I, II, IV, V e VI, apenas.
  • B I, II, III, V e VI, apenas.
  • C I, II, III, IV e VI, apenas.
  • D I. II e III, apenas.
  • E I, II, III, IV, V e VI.