Questões comentadas de Concursos para Juiz Federal Substituto

Limpar Busca
O juízo da 1ª Vara Cível da Comarca X proferiu sentença em demanda envolvendo as partes "A" e "B". Exaurido o prazo recursal e aperfeiçoado o trânsito em julgado, a União constatou que o desfecho dessa demanda influenciaria indiretamente em matéria afeta ao seu interesse, tendo ocorrido colusão entre as partes com o objetivo de fraudar a lei/hipótese em que previsto a cabimento de ação rescisória.

À luz dessa narrativa, considerando os balizamentos oferecidos pela ordem constitucional, é correto afirmar que:
  • A a ação rescisória deve ser ajuizada pela União perante o Tribunal de Justiça competente;
  • B a ação rescisória deve ser ajuizada pela União perante o Tribunal Regional Federal competente;
  • C a União deve buscar, como medida inicial, a definição do juízo competente pelo Superior Tribunal de Justiça;
  • D em razão da presença de um conflito federativo, a União deve buscar que o Supremo Tribunal Federal analise a matéria;
  • E a União só pode ajuizar a ação rescisória, perante o tribunal competente, caso o juízo da 1ª Vara Cível  da Comarca X tenha atuado no exercício de uma competência federal.
A lei nova pode retroagir, contudo, o princípio da irretroatividade impõe certos limites à retroatividade da lei. No domínio das relações sociais -civis-, esses limites são:
  • A a permissão da retroatividade da lei penal menos branda ou mais gravosa ao réu;
  • B a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
  • C crianças e adolescentes não podem ser pessoalmente responsabilizados por danos patrimoniais;
  • D a retroatividade da lei nova se limita aos casos que envolvam direitos da personalidade;
  • E a lei terá eficácia geral e imediata, porém, não se aplicará contrariamente à jurisprudência dos tribunais.
Esta questão foi anulada pela banca organizadora.
As Leis nº 9.868/1999 e nº 9.882/1999 admitem a participação do "colaborador da corte'' nas ações de controle concentrado de constitucionalidade.

Sobre o tema, e considerando a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
  • A é possível o ingresso do Ministério Público na figura do amicus curiae, mesmo quando for o autor das referidas ações de controle de constitucionalidade;
  • B é possível o ingresso de pessoas físicas como amicus curiae, quando demonstrada a pertinência temática e representatividade; 
  • C não caberá recurso da decisão que indeferir o ingresso como "colaborador da corte" nas ações perante o Supremo Tribunal Federal;
  • D o "amigo da corte" terá as mesmas prerrogativas que as partes e poderá, além de realizar sustentação oral, fazer pedidos cautelares e opor embargos de declaração;
  • E apenas os legitimados para propositura das mencionadas ações de controle concentrado poderão pleitear a participação como "colaboradores da corte''.
Joana recebeu autorização de pesquisa do órgão competente, tendo por objeto uma jazida de recursos minerais encontrada no subsolo da propriedade de João. Irresignado com o que considerava uma indevida ingerência sobre a sua esfera jurídica, João procurou se inteirar a respeito da juridicidade dessa autorização.

Ao final de suas reflexões, João concluiu, corretamente, que
  • A a autorização poderia ter sido concedida, sendo imperativo que isso tenha ocorrido por prazo determinado;
  • B autorização somente poderia ser concedida a Joana se fosse demonstrada a inexistência de órgão público capaz de realizar a pesquisa;
  • C a autorização poderia ter sido concedida, observada a imperatividade de que isso tenha ocorrido em caráter precário, sem prazo fixo;
  • D como a propriedade do subsolo é da União, esse ente federativo poderia celebrar ajustes com terceiros tendo-a como objeto, mas apenas para fins de exploração; 
  • E a autorização pode ser transferida a terceiros, conforme ajuste celebrado por Joana, que não carece de aprovação da União, sendo imperativa a observância dos termos da autorização original.
A Lei Y vedou aos servidores titulares de cargo efetivo de determinada agência reguladora o exercício de outra atividade profissional, inclusive gestão operacional de empresa e direção político-partidária:

Diante do exposto e de acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, a referida norma é:
  • A inconstitucional, pois carece ao legislador ordinário a competência para dispor sobre o regime jurídico e planos de carreira dos servidores públicos ocupantes de cargos efetivos; 
  • B constitucional, pois assegura a observância aos princípios da moralidade e da eficiência administrativa e atende ao interesse público;
  • C inconstitucional, pois constitui melo desproporcional que não é apto a garantir a independência dos servidores da agência; 
  • D inconstitucional, pois restringe a liberdade de exercício de atividade, ofício ou profissão e viola o princípio da isonomia;
  • E constitucional, pois a agência reguladora, apesar de não se submeter aos princípios constitucionais aplicáveis a Administração Pública, deve observar as regras de compliance.