Questões comentadas de Concursos para Médico clínico geral

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Carla, uma mulher de 46 anos, enfrenta os desafios da Doença de Crohn há algum tempo. As dores abdominais e os episódios frequentes de diarreia têm impactado a sua qualidade de vida e, apesar dos esforços para controlar a doença, ela se mantém ativa. Agora, uma nova esperança surge: a possibilidade de iniciar a terapia com anti-TNF, um tratamento promissor para casos como o dela.
Antes de iniciar a terapia, o médico, atencioso e responsável, realiza uma avaliação completa de Carla. Ela nega febre, sudorese noturna e sintomas respiratórios, mas relata dores abdominais difusas e diarreia crônica (cerca de 6 vezes ao dia) nos últimos 40 dias. O exame físico revela ruídos hidroaéreos aumentados e dor abdominal difusa à palpação, sem sinais de irritação peritoneal. A radiografia de tórax não apresenta alterações, mas o teste IGRA (que detecta a infecção latente por tuberculose) é positivo.
Diante desse cenário, qual o tratamento mais adequado para Carla, antes de iniciar a terapia com anti-TNF?

  • A Isoniazida, dose diária por 4 meses.
  • B Pirazinamida + etambutol, dose diária por 4 meses.
  • C Rifampicina, dose diária por 6 meses.
  • D Rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, dose diária por 6 meses.
  • E Rifapentina + isoniazida, dose semanal por 12 semanas.

O Senhor Joaquim, de 57 anos, buscou auxílio na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima à sua residência, queixandose de uma profunda fadiga que o acompanha há cerca de uma semana. Mesmo ciente de que a UBS está priorizando o atendimento a pacientes com diabetes e hipertensão naquele dia, ele decide tentar a sorte. Sensibilizado com a situação do Senhor Joaquim, o médico o acolhe com atenção, demonstrando que cada paciente é único e merece ser ouvido. Durante a consulta, o Senhor Joaquim se abre sobre os problemas familiares que vêm tirando o seu sono há semanas. Relata que dorme pouco e acorda ainda mais cansado, sem energia para enfrentar o dia a dia. Compartilha também o seu estilo de vida sedentário e a ausência de doenças crônicas preexistentes. Diante desse quadro, assinale a alternativa que apresenta a opção terapêutica mais resolutiva para o Senhor Joaquim e os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS) relacionados ao caso.

  • A Buscar estabelecer vínculo de cuidado a partir da compreensão dos sentimentos, ideias, funções e expectativas do paciente com o problema, para que, juntamente com a equipe, possa construir em outros encontros, com o médico ou membro da equipe, um Projeto Terapêutico Singular (PTS), buscando compreender melhor a dinâmica familiar do paciente. Nessa conversa inicial, pode-se sugerir uma mudança no estilo de vida e orientar cuidados de higiene do sono. Princípios: 1. Universalidade. 2. Integralidade.
  • B Estabelecer um plano terapêutico que inclui a prática de atividades físicas. Solicitar uma polissonografia e avaliação psiquiátrica. Princípios: 1. Universalidade e 2. Integralidade.
  • C Encaminhar o Senhor Joaquim para um especialista, como um neurologista ou psiquiatra, para investigação aprofundada da astenia. Princípios: 1. Coordenação do cuidado. 2. Integralidade.
  • D Iniciar um sedativo para propiciar descanso para o paciente. Definir com a equipe uma frequência de visitas do Agente Comunitário de Saúde (ACS), dentro de um PTS, buscando compreender melhor a dinâmica familiar do paciente. Nessa conversa inicial, pode-se sugerir uma mudança no estilo de vida e orientar cuidados de higiene do sono. Princípios: 1. Equidade. 2. Integralidade.
  • E Iniciar um sedativo para propiciar o descanso para o paciente. Juntamente com a equipe, construir, em outros encontros, com o médico ou membro da equipe, um PTS, buscando compreender melhor a dinâmica familiar do paciente. Encaminhar o paciente para avaliação psiquiátrica. Princípios: 1. Universalidade. 2. Integralidade.

Joana, uma menina de 5 anos, é trazida à consulta por sua mãe, preocupada com o estado de saúde da filha. A criança apresenta febre persistente há 4 dias, acompanhada de tosse seca e coriza. No terceiro dia de febre, surgiram manchas avermelhadas que começaram na face e se espalharam progressivamente pelo corpo. No exame físico, observa-se a criança com aparência cansada, erupções maculopapulares difusas e pequenas manchas brancas na mucosa bucal, perto dos dentes molares. Além disso, há presença de conjuntivite sem secreção purulenta.
Com base no quadro clínico apresentado, qual é o tratamento mais adequado para Joana?

  • A Aciclovir oral por 7 dias.
  • B Amoxicilina associada ao ácido clavulânico por 7 dias.
  • C Azitromicina oral por 5 dias.
  • D Palmitato de retinol 200.000 UI/dia por dois dias e terceira dose após quatro semanas.
  • E Paracetamol para controle da febre e hidratação oral intensiva.

Ana, de 42 anos, chega à consulta com relato de tristeza profunda há dois meses, acompanhada de desânimo, choro fácil, perda de prazer em atividades antes prazerosas, falta de apetite e emagrecimento de 5 kg no período. Além disso, a paciente menciona grande dificuldade para sair da cama, faltas frequentes ao trabalho e isolamento social. Durante a consulta, Ana diz que se sente um "peso para a família" e revela uma falta de energia que a impede até de cuidar da própria higiene pessoal. Ela possui antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia. No exame físico, a sua pressão arterial está elevada (170x110 mmHg), mas o restante do exame é normal.
Diante desse quadro, qual seria a conduta mais adequada para Ana?

  • A Iniciar amitriptilina 25 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e não questionar sobre ideação suicida.
  • B Iniciar venlafaxina 75 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • C Iniciar sertralina 50 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • D Iniciar risperidona 1 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • E Encaminhar para internação psiquiátrica, considerando a gravidade do quadro depressivo e o risco de suicídio.

O Senhor Cosme, um homem de 48 anos que vive sozinho, é um rosto conhecido na comunidade. Seu histórico de alcoolismo, com consumo diário de 15 doses de aguardente ao longo de 20 anos, é motivo de preocupação para os seus vizinhos. Recentemente, ele foi hospitalizado com gastrite e, diante do diagnóstico, decidiu interromper o consumo de álcool. Dois dias após a alta hospitalar, o Senhor Cosme começou a apresentar sintomas preocupantes: tremores nas mãos, ansiedade, náuseas, insônia, irritabilidade e sudorese. No terceiro dia, o seu quadro agravou-se significativamente, com tremores generalizados, agitação, alucinações visuais, auditivas e táteis, vômitos, sudorese intensa, febre alta e taquicardia. Preocupados com a situação, os seus vizinhos acionaram o corpo de bombeiros, que o levou às pressas para o pronto-socorro. Na avaliação inicial, o hemograma, a função renal e a creatinofosfoquinase apresentaram resultados normais.
Diante desse quadro, qual a conduta mais adequada para o Senhor Cosme?

  • A Internação em enfermaria e prescrição de altas doses de diazepam associado a tiamina, para tratamento de síndrome de abstinência de álcool.
  • B Internação em UTI e prescrição de bromocriptina com resfriamento corporal, para tratamento de síndrome neuroléptica maligna.
  • C Internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e prescrição de tiamina e diazepam em altas doses, para tratamento de delirium tremens.
  • D Hidratação vigorosa com soro fisiológico e administração de complexo B por via intramuscular, seguida de alta hospitalar com orientações para buscar apoio no CAPS.
  • E Prescrição de diazepam, tiamina e hidratação, com retorno em 24 horas, para reavaliação e encaminhamento para tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).