A alternativa que apresenta os pontos mais relevantes do trecho acima, de modo claro, conciso e em conformidade com a norma-padrão da língua é:
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A O pensamento não é sempre detentor das verdades, sejam filosóficas, religiosas ou míticas. Inerentemente “sem pé, nem cabeça”, o mito torna fútil tentativas de entendê-lo. Sobre o pensamento religioso: não é obrigatório ser oposto à razão e à filosofia. Tomás de Aquino, escolástico, diz que a religião não é irracional, mesmo sendo supranatural e suprarracional. E os mistérios aperfeiçoam a razão.
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B Fenômenos que parecem caóticos, incompreensíveis, não quer dizer que sejam refratários a uma análise lógica ou filosófica. Se fossem, seria futilidade lidar com eles. O mito e o pensamento religioso foram grandes desafios enfrentados pelos sistemas do alto escolasticismo, solucionados, por breve tempo, por Tomás de Aquino, ao defender que as verdades desses fenômenos não são irracionais.
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C Ser refratário a uma análise fundada na razão não é mérito só do mito, mas também da religião. Ambos se aproximam, por ser fútil tentar desvendá-los. A filosofia, com Tomás de Aquino, tentou resolver o impasse, vendo a verdade religiosa como impenetrável, mas não por ser “irracional”; sendo supranatural e suprarracional, tem mistérios, que, compreendidos, reforçam a razão.
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D Uma tarefa central da filosofia medieval foi entender a relação da religião com a racionalidade. Segundo o escolástico Tomás de Aquino, a verdade religiosa é supranatural e suprarracional, mas não “irracional”. Seus mistérios são imunes à razão pura, mas eles não a contradizem: a completam e aprimoram. Como a religião, o mito, por sua aparente incoerência, desafia também a razão.
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E A cultura humana tem como o maior desafio entender o mito e a religião; o primeiro, por sua incoerência, a segunda, por ser, às vezes, avessa ao pensamento racional ou filosófico. Parece inócuo buscar as razões desses fenômenos. Segundo Tomás de Aquino, ser supranatural e suprarracional não é ser “irracional”, o que soluciona a questão, pois os mistérios, ao invés de contrariar a razão, a confirmam.