Leia o caso a seguir.
Paciente de 85 anos, internada há 6 dias com quadro de pneumonia comunitária grave, tendo recebido alta da UTI ontem. Segundo o acompanhante, a paciente vem alternando “momentos de lucidez e de confusão”, nos quais se queixa da higiene do quarto, alegando que havia baratas nas paredes e no teto. Antecedente de insuficiência cardíaca e acidente vascular encefálico, com hemiparesia à esquerda. Antes da internação, deambulava com auxílio de uma muleta e fazia uso de óculos e aparelho auditivo. Relata ainda uso prévio de metoprolol, furosemida, clopidogrel e atorvastatina. No momento da avaliação, a paciente encontrava-se afebril, eupneica, hidratada e normocorada. Pressão arterial de 150x90mmHg, frequência cardíaca de 68bpm. Saturação periférica de oxigênio em ar ambiente 97%. Glicemia capilar 150mg/dL. Sonda vesical de demora posicionada com diurese clara. O único déficit motor evidente no exame físico é compatível com o déficit prévio descrito pelo acompanhante. Pupilas isofotorreagentes. Durante a avaliação, a paciente manifestou dificuldade para focar a atenção. Quando questionada, afirmou que estava em seu domicílio e que a data era vários meses antes da data real.
A conduta apropriada neste caso seria
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A reencaminhar a paciente imediatamente para unidade de terapia intensiva.
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B solicitar exames gerais e tentar reorientar a paciente com comunicação clara.
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C solicitar tomografia de crânio sem contraste e avaliação urgente da neurologia.
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D prescrever benzodiazepínico intramuscular de horário e realizar contenção no leito.