Prova do Academia da Força Aérea (AFA) - Aspirante da Aeronáutica - Aeronáutica (2019) - Questões Comentadas

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Sobre o texto I, é INCORRETO afirmar que

  • A há elementos estruturais utilizados pelo autor no intuito de apresentar informações pertinentes à atuação dos personagens.
  • B existe a articulação de um discurso metalinguístico que ratifica a postura enaltecedora e inflexível do autor em torno da palavra.
  • C se estabelece um conflito comunicativo entre os personagens Esopo e Xantós, o que expressa, de maneira simbólica, a versatilidade da língua.
  • D se articula um jogo semântico ao longo do texto, responsável por trazer ao diálogo um grau de imprevisibilidade, que confere criatividade à peça.

De acordo com o texto I, “a Grécia foi feita com a língua, a língua dos belos gregos claros falando para a eternidade.” Na visão de Esopo, para falar “para a eternidade” a língua deveria

  • A servir para ações mais corriqueiras como comer (“comer vorazmente”, “comer com as mãos”) e soltar “grunhidos”.
  • B produzir obras capazes de “tumultuar os pobres cérebros humanos para toda a eternidade.”
  • C saber que “É a língua que mente, que esconde, que tergiversa, que blasfema, que insulta (...)”.
  • D estar acima das ações menores e servir para criar, explicar, cantar, elogiar, descrever, etc. É a língua, podemos dizer, a serviço de ações elevadas.

Leia o trecho abaixo e responda à questão a seguir.


“Mais língua? Não te disse que trouxesse o que há de melhor para meu hóspede? Por que só trazes língua? Queres expor-me ao ridículo?” (l. 23 a 25)


Em relação à análise morfossintática desse fragmento, assinale a alternativa correta.

  • A Em “Não te disse que trouxesse (...)?”, é possível perceber o coloquialismo no uso concomitante de 2ª e 3ª pessoas gramaticais.
  • B Em “Por que só trazes língua?”, o pronome interrogativo, deslocando-se para o final da oração, seria grafado junto e com acento.
  • C Em “Queres expor-me ao ridículo?”, o pronome oblíquo poderá, de acordo com a norma padrão da Língua, vir antes do verbo ‘querer’.
  • D Em “(...) o que há de melhor para meu hóspede?”, o pronome demonstrativo exerce a função sintática de sujeito da oração.

Ao longo do texto I, a palavra “QUE” é empregada diversas vezes. Assinale a alternativa que apresenta classificação correta do termo destacado.

  • A “(...) Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa” > pronome demonstrativo.
  • B “(...) faz um sinal para que Melita sirva Agnostos” > preposição.
  • C “É a língua que ordena os exércitos à vitória (...)” > pronome relativo.
  • DQue há de melhor do que a língua?” > partícula de realce.

Observe as afirmações abaixo e assinale a alternativa que contém uma informação INCORRETA.

  • A O período “Serve, Xantós de boca cheia” (l. 16 e 17), escrito sem a utilização da vírgula, torna a expressão ambígua e muda o sentido original do texto.
  • B No trecho “Que há de melhor do que a língua?” (l. 26), há exploração do sentido polissêmico da palavra “língua”.
  • C Em “É realmente uma das melhores coisas do mundo.” (l. 9 e 10), a palavra “coisa” tem uma relação de hiperonímia com a palavra “língua”, já que aquela possui sentido mais abrangente.
  • D As palavras “bajula”, “destrói” e “calunia” (l. 62) estão no mesmo campo semântico, portanto, neste contexto, podem ser consideradas sinônimas.