Prova da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) - Economista - FCC (2017) - Questões Comentadas

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A afirmação de que Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico justifica-se porque, para o autor do texto,

  • A a manifestação do sagrado ocorre tanto nas celebrações religiosas como nas experiências revolucionárias desenvolvidas pela ciência.
  • B o rigor que norteia a prática dos cientistas é o mesmo que orienta as projeções místicas da fé dos sacerdotes e dos crentes em geral.
  • C os caminhos da ciência e da religião, conquanto nunca se confundam, podem ser paralelos, sendo possível que cheguem a ser complementares.
  • D a religião e a ciência constituem, por definição, caminhos que se complementam, uma vez que por métodos análogos perseguem um mesmo objetivo.
  • E as religiões tradicionais e a ciência moderna são igualmente investigativas, contando ambas com a falibilidade dos homens e com desejo de redenção.

Com a frase A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva o autor do texto

  • A entra em contradição com sua tese principal, ao admitir que a subjetividade é intrínseca ao método científico.
  • B revela sua intolerância com o teor emocional que condiciona o trabalho dos cientistas mais inspirados.
  • C dá força ao argumento que se expressará adiante, no segmento só a fé pode iluminar certas trevas.
  • D acaba contradizendo o que adiante afirmará no segmento O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha.
  • E lembra que um cientista pode ser originalmente motivado, em sua profissão, por um impulso íntimo.

Traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

  • A O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus (1° parágrafo) = Dispõe o editorial sobre a equivalência entre Deus e os cientistas.
  • B Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico (2° parágrafo) = não há disparidade na justificativa objetiva de um impulso místico.
  • C contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica (2° parágrafo) = ainda que os cientistas venham a referendar o resultado de uma experiência.
  • D o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião (2° parágrafo) = as pesquisas científicas, ao contrário da religião, alcançam um resultado cujo valor é amplamente reconhecido.
  • E é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna (3° parágrafo) = é da máxima inconveniência discriminar entre o cientista e o religioso, na modernidade.

Está plenamente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto.

  • A Sendo o autor do texto um cientista, um renomado nome da astrofísica é natural que se pendeie um pouco para o lado de seus companheiros de investigação, e não com os religiosos.
  • B Um cientista que se preze não abre mão dos procedimentos que sua comunidade considere obrigatórios, para que se alcance a universalidade do valor de uma pesquisa.
  • C Nada obsta de que um cientista tenha também fé, além dos procedimentos habituais de sua atividade, quais sejam o rigor, a disciplina e o consenso dos resultados nele obtidos.
  • D A prestigiada revista norte-americana não hesitou em se propor uma analogia, em cuja tanto um cientista quanto um devoto fervoroso se equivalem à medida em que se conciliam.
  • E Não costumam faltar aos maiores cientistas alguma alta inspiração, o que não implica em que o resultado de suas pesquisas se traduzam em conquistas de fato objetivas.

Quanto à concordância verbal e à adequada correlação entre tempos e modos dos verbos, está plenamente correta a frase:

  • A Não é comum que venham a se estampar numa revista científica quaisquer alusões ao plano religioso ou espiritual, de vez que a fé ou a vida mística não devem afetar um método de pesquisa.
  • B Seria importante, para os cientistas que são também religiosos, que os valores da fé não interfiram na prática científica, para a qual em nada pudesse contribuir.
  • C É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não viessem a ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se pretenderem resolvê-los à luz da ciência.
  • D Caso a ciência não traga alguma luz para o conhecimento humano, não teria como competir com o conforto que a muitos beneficiam por conta da fé e da confiança numa ordem divina.
  • E Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do texto não terá insistido em reconhecer que sempre haveriam incompatibilidades entre os meios de que se vale uma e outra.