Em 2008, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) publicizou a seguinte campanha centrada no modo como a informação produz distintos sentidos, ilustrada no uso da vírgula.
Vírgula pode ser uma pausa… ou não. Não, espere. Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34.
Pode criar heróis. Isso só, ele resolve. Isso, só ele resolve.
Ela pode ser autoritária. Aceito, obrigado. Aceito obrigado.
Ela pode criar vilões. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. Pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido
A vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar. Não tenha clemência! Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo. ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude nem uma vírgula da sua informação.
Disponível em: https://www.propagandashistoricas.com.br/2013/11/abi-100-anos-virgula-2008.html. Acesso em: 25 mar. 2023. (Adaptado)
Entre as afirmações a seguir, qual explica corretamente a relação entre o uso e a ausência das vírgulas conforme observadas na propaganda da ABI?
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A Em “Aceito obrigado”, a ausência da vírgula produz um sentido que também se verificaria com o uso da vírgula.
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B O trecho “Vamos perder nada, foi resolvido” produz o sentido de inconclusão.
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C No trecho “Isso só, ele resolve”, há o sentido de imprecisão atribuída à afirmação.
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D A retirada da vírgula em "Não, tenha clemência!” mantém o ato de clemência.
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E Em “Esse, juiz, é corrupto”, as vírgulas sinalizam interação entre o falante e o interlocutor.