Prova do Colégio Pedro II - Professor - Língua Portuguesa - IDECAN (2015) - Questões Comentadas

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Ao referir‐se ao verso de Camões, o eu lírico do texto I, já na abertura do poema, concretiza uma relação intertextual que
  • A subverte o sentido original, uma vez que se pode depreender da leitura integral do poema o sentido irônico com que foi empregado o verso.
  • B reitera o sentido original, por confirmar o caráter heroico do homem, capaz de conquistar os mares no século XV e o espaço sideral no século XX.
  • C reitera o sentido original, por enaltecer a coragem aventureira dos nautas do século XV e dos astronautas do século XX.
  • D subverte o sentido original, embora a leitura integral do poema permita afirmar o caráter heroico desse “bicho da Terra tão pequeno”.

O processo de humanização do espaço, segundo análise do texto I, mostra‐se frustrante e tedioso, levando o homem a uma busca insaciável de novos deslocamentos, de novas conquistas.


A metáfora que melhor ilustra a figurativização desse processo aparece no verso

  • A “planta bandeirola na Lua” (v. 8).
  • B “humaniza Marte com engenho e arte.” (v. 21).
  • C “O homem funde a cuca se não for a Júpiter” (v. 32).
  • D “O espaço todo vira Terra‐a‐terra.” (v. 38).

Percebe‐se, no trabalho com a linguagem poética, que Drummond, em “O homem; as viagens”, incorpora recursos da poesia concreta e seu experimentalismo verbal.


É exemplo da afirmativa acima

  • A a criação de neologismos como “tever”, com o intuito de criticar a modernidade.
  • B a (des)montagem de palavras, que são assim ressignificadas, promovendo simultaneidade de sentidos.
  • C a valorização do espaço gráfico, para que se construa uma imagem do objeto‐poema.
  • D a desconstrução do verso como linha melódica, para que se possa explorar a concretude do signo.

Álvaro de Campos, entre as múltiplas vozes poéticas de Fernando Pessoa, pode ser considerado o heterônimo que mais se inseriu no contexto histórico do início do século XX, traduzindo e refletindo a renovação estética proposta pelos movimentos de vanguarda.


No texto de Fernando Pessoa, a assimilação dos princípios da corrente futurista pode ser observada

  • A na fratura da consciência poética, dividida entre o aparato científico e os desvios da razão.
  • B na dicção áspera e imprecatória, para a qual contribuem o imperativo e as exclamações.
  • C no evidente niilismo, a partir do qual se decreta a falência da cultura burguesa e ocidental.
  • D na presença de anáforas e de metáforas inusitadas, que reiteram o individualismo moderno.
Os recursos estilísticos estão INCORRETAMENTE identificados em
  • A “Fora disso sou doido com todo o direito a sê‐lo” (v. 14) (assonância e aliteração).
  • B “Queriam‐me casado, fútil, cotidiano e tributável?” (v. 17) (gradação e metáfora).
  • C “Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!” (v. 32) (apóstrofe e paradoxo).
  • D “Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta” (v. 33) (anáfora e antítese).