Prova da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE-RS) - Programador de computador - FGV (2023) - Questões Comentadas

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“Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população.” O trecho do texto 1 destacado na passagem acima corresponde a uma tese. A alternativa em que um dado estatístico é apresentado como argumento em favor dessa tese é:

  • A “Quanto menor a velocidade, menos lesões, menos lesões graves e menos mortes.”
  • B “O sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi verificado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no número de mortes nas duas marginais.”
  • C “Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito.”
  • D “Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.”
  • E “Em São Paulo, houve forte resistência em diferentes setores da sociedade logo após a decisão de reduzir a velocidade nas marginais.”

“‘Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades’, explica.” Essa passagem destacada do texto 1 faz referência à substituição do termo “redução” pelo termo “readequação” no debate sobre os limites de velocidade no trânsito.
No texto 1, essa substituição é justificada com base no seguinte raciocínio:

  • A carros não devem ser vistos como símbolos de poder;
  • B o ritmo frenético da vida nas grandes cidades é nocivo para a população;
  • C metade da população concorda que limites de velocidade mais baixos acarretariam menos óbitos;
  • D redução da velocidade máxima não implica redução da velocidade média;
  • E as gerações mais novas rejeitam a ideia de uma vida sem carro.

Em diversas passagens do texto 1, um pronome pessoal é empregado com sentido genérico, isto é, em referência a um conjunto indeterminado de indivíduos (e não em referência apenas aos interlocutores). O único caso em que esse emprego genérico NÃO se verifica é:

  • A “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, enfim tu consegues prever o que vai acontecer.”
  • B “Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular.”
  • C “‘Acelerar significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo’.”
  • D “‘Ainda habita em nós uma questão de status do carro’.”
  • E “Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você’.”

“O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.” Nesse fragmento do texto 1, um verbo flexionado no futuro do pretérito veicula um significado específico. Dentre as frases abaixo, aquela em que o verbo sublinhado apresenta o mesmo valor semântico observado na passagem acima é:

  • A Este projeto, se colocado em prática, mudaria a vida de muita gente.
  • B A testemunha afirmou que o motorista teria fugido sem prestar socorro.
  • C Você poderia me fazer um favor?
  • D Tinha ficado combinado que João faria o trabalho.
  • E João prometeu que iria ao evento.

“No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando, por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos filhos, com maior sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar, evasão e baixa qualificação – perpetuando assim tal ciclo negativo.” (Texto 2) O “ciclo negativo” mencionado na passagem acima deve ser entendido como:

  • A repetição de mazelas sociais a cada troca de governo;
  • B invisibilização de problemas socioeconômicos a cada nova família desfavorecida;
  • C avaliação do aproveitamento escolar a cada novo estudo epidemiológico;
  • D reprodução de uma mesma situação trágica a cada nova geração;
  • E ampliação da desigualdade a cada nova situação de desemprego.