Prova do FAMES - Técnico Administrativo - FCM (2022) - Questões Comentadas

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Considerando-se o posicionamento do autor a respeito de algumas palavras do português de Portugal que não se incorporaram ao nosso idioma, é correto afirmar que ele, no texto, mostra-se

  • A indiferente, pois se trata de uma discussão pouco atrativa para ele no momento.
  • B apologético, já que não defende mais a ideia de valorizar outros termos lusitanos.
  • C cético, uma vez que duvida ser um tema de interesse dos brasileiros de modo geral.
  • D pusilânime, porque busca enaltecer o idioma luso, para estreitar laços entre Brasil e Portugal.
  • E gratificado, por recuperar, via memória, verbetes do léxico português inusitados em nosso país.

Avalie o que se informa sobre a organização e a construção do texto.
I - O último parágrafo remete a um cenário onírico, o que se evidencia pelo uso das palavras “desenrascado” e “desenrascanço”.
II - O título, em harmonia e coerência com as informações textuais, reporta à divulgação de um acontecimento conhecido, todavia constrangedor.
III - O ponto de vista expresso pelo autor reflete uma opinião, um juízo, um julgamento; a frase “De todas as palavras esquecidas, tenho uma predileta, aquela que designa a solução...” indica tal ideia.

Está correto apenas o que se afirma em

  • A II.
  • B III.
  • C I e II.
  • D I e III.
  • E II e III.

Em determinados textos, a linguagem fala da linguagem, voltando-se para si mesma, como se observa no trecho a seguir.
“Gosto em especial da palavra ronha – e de praticá-la. A palavra parece outra coisa, e de fato já foi: uma espécie de sarna, e, também, uma doença de plantas. Ninguém mais usa nesse sentido. A expressão 'ficar na ronha' se refere à prática de abrir os olhos, mas permanecer na cama. Não imaginam minha excitação ao descobrir que existe uma palavra pro meu esporte preferido”.
O caráter metalinguístico nessa passagem transcrita do texto se justifica, especialmente, pelo(a)

  • A tentativa de realçar um vocábulo português considerado de sua preferência e que caiu no esquecimento dos brasileiros.
  • B valorização da palavra “ronha” como patrimônio linguístico responsável por legitimar a identidade portuguesa no país.
  • C tematização acerca do efeito de estranhamento que a unidade lexical “ronha” causa por seus aspectos fonéticos e gráficos.
  • D destaque dado à criação de uma palavra nova, necessária em um texto em prosa, por isso o emprego do neologismo “ronha”. 
  • E propósito essencial de usar a própria língua portuguesa e seus elementos constitutivos para explicar os sentidos do termo luso “ronha”.

Um texto pode se originar de outro texto com o qual o autor dialoga. É correto afirmar que, nessa relação de um texto com outro, os itens constitutivos do título “Ordem, progresso e desenrascanço” exemplificam um caso de

  • A homonímia pela presença de vocábulos que geram ambiguidade.
  • B conotação já que as palavras foram empregadas em sentido literal.
  • C paronímia, pois os termos que o compõem possuem sentidos colidentes.
  • D intertextualidade explícita por meio da qual emergem novos significados.
  • E polissemia cujos itens, embora de grafias diferentes, possuem acepções correlatas.

“Tenho muita pena de não usarmos a palavra javardo. Trata-se de um sinônimo pra javali, mas que nunca será usado pra designar o animal propriamente dito”.
É correto afirmar que na passagem transcrita do texto manifesta-se uma variedade linguística

  • A agregadora de regionalismos, jargões e vocábulos gírios na sua composição.
  • B isenta de traços de oralidade, embora seja de construção aparentemente simples.
  • C compatível apenas com a norma culta, prestigiada em âmbitos sociais privilegiados.
  • D aceitável pela utilização de algumas palavras empregadas em contextos informais de escrita.
  • E marcada pela presença de construções sintáticas de vocabulário chulo, virtualmente conhecido.