Prova da Fundação Universitária para o Vestibular (FUVEST) (2014) - Questões Comentadas

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Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por domina-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colonias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da Africa e no litoral mediterrânico da Franga. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura politica e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nagão, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia

(ou um sinônimo de Grécia).

M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.

Com base no texto, pode-se apontar corretamente

  • A a desorganização politica da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.
  • B a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.
  • C a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.
  • D a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
  • E a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar politica e economicamente o Estado nacional.
Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).


M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.


Com base no texto, pode-se apontar corretamente

  • A a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.
  • B a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.
  • C a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político
  • D a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
  • E a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional.
A cidade e [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas economicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade e tambem um centro de poder. Ao lado do e, as vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa unica pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista "liberdades", privilégios cada vez mais amplos.

Jacques Le Goff. Sao Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010.Adaptado.

O texto trata de um período em que
  • A os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
  • B o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais
  • C o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero
  • D a Igreja romana, que se opunha ao acumulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
  • E as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.


Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.


O texto trata de um período em que

  • A os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
  • B o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
  • C o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
  • D a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
  • E as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização iberica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,

  • A a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada.
  • B a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
  • C a escravidão de origem africana, embora presente em varias regioes da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
  • D não houve escravidão africana nos territórios espanhois, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
  • E o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhois, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil