Prova do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense - Rio Grande do Sul (IF Sul Rio-Grandense) - Professor - História - IF Sul Rio-Grandense (2021) - Questões Comentadas

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Leia o excerto a seguir.
“Ao tratar do problema da hominização na África, o procedimento do pré-historiador é bastante diferente daquele empregado pelo paleontólogo”.
SILVÉRIO, V. R. (Coord.). Síntese da Coleção História Geral da África: Pré-história ao século XVI. Brasília, DF: UNESCO, 2013. p.95.
A Hominização é um processo evolutivo que ocorreu a partir de um primata desconhecido e impulsionou os seres humanos à transformação física, intelectual e cultural.
Considerando os debates históricos acerca da hominização apresentados pelo autor, afirma-se que

  • A a hominização é, para os pré-historiadores, o desenvolvimento progressivo do cérebro, que permite aos seres humanos conceber e criar, aplicando técnicas cada vez mais elaboradas a um conjunto de materiais como elemento distintivo de sua ação no ambiente, a ponto de romper, em seu proveito próprio, o equilíbrio biológico.
  • B os pré-historiadores consideram o uso de utensílios naturais como um critério de hominização, pois se trata de uma característica exclusiva da espécie humana, que utilizava esses utensílios como instrumentos ou armas para a defesa de predadores.
  • C os paleontólogos reconhecem que há um limiar da hominização: a capacidade cerebral de 800 cm3 . Para os pré-historiadores também existe um limiar técnico da hominização que exige respostas a dois problemas: como e quando os utensílios pré-históricos foram produzidos pelas mãos do ser humano.
  • D os utensílios pré-históricos produzidos a partir de ossos fósseis e de pedras, rudimentares e menos elaborados, podem ser identificados com toda a segurança, e permitem aos préhistoriadores africanos apontar o início do processo cerebral de hominização, há cerca de 2,5 milhões de anos.
Esta questão foi anulada pela banca organizadora.

Yuval Noah Harari, historiador israelense, estudou 70 mil anos da história humana. Com base nesse estudo, o autor afirmou que os organismos pertencentes à espécie Homo Sapiens começaram a formar estruturas mais elaboradas, denominadas culturas. O desenvolvimento dessas culturas humanas chama-se de história. Três importantes revoluções definiram o curso da história e nos impulsionaram adiante: a Revolução Cognitiva, a Revolução Agrícola e a Revolução Científica
Acerca das ideias defendidas pelo historiador, afirma-se que

  • A o historiador Yuval Harari considera que nos 60 mil anos de história humana, que antecederam os últimos 10 mil anos, o homo sapiens provocou poucas mudanças drásticas que remodelassem completamente a ecologia de nosso planeta.
  • B a Revolução Agrícola constituiu-se a partir da crença de mitos partilhados que promoveram a formação de redes de cooperação igualitária. Esses mitos compartilhados, e ficções, permitiram a dominação da natureza e a formação de distintas civilizações e culturas.
  • C a Revolução Industrial do século XVIII define, para Yuval Harari, o que chama de Revolução Científica. A partir daí, a humanidade não apenas teve capacidade de mudar o curso da história, como também de pôr um fim à própria história.
  • D o historiador Yuval Harari considera a era na qual vivemos como a menos violenta de nossa evolução, com maior disponibilidade de alimentos, mais tecnológica e evoluída. Segundo ele, a ciência e as revoluções industriais deram aos seres humanos poderes sobre-humanos e energia sem limites.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, de acordo com Gertz quando escreve sobre Neonazismo no Rio Grande do Sul:
“O clima daí decorrente estendeu-se por muitos anos, após a guerra. Por isso, parte da população de origem alemã manteve-se arredia, retraída, e, de outro lado, continuou sendo encarada com desdém por alguns setores da sociedade brasileira – foi o tempo em que se falava do ‘alemão batata’.”.
GERTZ, 2012, p. 19-20) GERTZ, R. E. O Neonazismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. p. 19-20.
Sobre as discussões acerca do Nazismo e do Neonazismo no Rio Grande do Sul, realizadas pelo autor, afirma-se que

  • A a disseminação do Nazismo e do Neonazismo, nas colônias alemãs do Brasil, defendida por políticos, policiais e grande parte da imprensa, revela-se pela pesquisa histórica, como um mito, com sérias consequências para esse grupo étnico-cultural.
  • B a Alemanha, em seu projeto expansionista, tinha planos concretos de invadir e integrar as colônias alemãs do sul do Brasil, o que exigiu das autoridades brasileiras a implantação de medidas para coibir a adesão dos imigrantes ao Nazismo.
  • C o Nazismo foi amplamente disseminado nas regiões de colonização alemã. Muitos imigrantes alemães aderiram a grupos nazistas locais e foram perseguidos pelas autoridades brasileiras na Campanha de Nacionalização.
  • D os atos racistas contemporâneos, promovidos pelos neonazistas, justificam-se pelo enraizamento histórico de ideias de caráter autoritário, como o Nazismo e o Integralismo nos estados do sul do Brasil.

Os estudos históricos brasileiros são marcados pela carência de informações sobre o Reino do Meio, Zhongguo, nome da China em mandarim. O atual interesse a respeito do dragão chinês ocorre devido às possibilidades de estreitar as relações econômicas, os investimentos em educação e pesquisa, mas também ao desafio de dar uma resposta às suas políticas externas.
Sobre a história da Antiga China, afirma-se, EXCETO que

  • A os chineses do período Schang eram politeístas, realizavam sacrifícios humanos e de animais, consultavam oráculos e realizavam inscrições adivinhatórias em carapaças de tartaruga.
  • B Confúcio, filósofo chinês, refletiu acerca de uma sociedade mais harmônica e feliz. Suas ideias foram proscritas, resgatadas e manipuladas ao longo da história chinesa sendo, em grande parte, adotadas durante a dinastia Zhou.
  • C Quin Schihuang, considerado o primeiro Imperador da China, unificou o território chinês, padronizou o sistema de pesos e medidas, os diferentes tipos de escrita; também criou um conjunto rígido de leis e determinou o início da construção da Muralha da China.
  • D a dinastia Han promoveu um notável desenvolvimento econômico na China, estimulando a ampliação das rotas comerciais com o Ocidente e possibilitando a expansão territorial do império com a conquista das regiões da Coreia e do Cantão.

Os hebreus têm sua origem na Mesopotâmia e, a partir do evento do Êxodo, sob liderança de Moisés, foram libertos da escravidão no Egito. Esse povo seminômade adotou o monoteísmo, a crença num deus único e universal, designado Javé, cujo culto deu origem ao judaísmo.
A respeito do estudo e da história dos hebreus, afirma-se, EXCETO que

  • A apesar das divergências de datas entre os historiadores, a Bíblia constitui-se, juntamente com outras fontes, como referência no estudo dos hebreus. Ela possibilita reconstruir sua história e recuperar costumes de civilizações antigas, padrões de comportamento, mitos das religiões.
  • B o primeiro registro não bíblico sobre a existência dos hebreus foi encontrado no Egito e datado cerca de 3.220 a.C. Trata-se de um relato sobre a escravidão sofrida no reinado de Ramsés II, o chamado faraó do Êxodo, que ordenou a construção da cidade de Pitom-Ramsés.
  • C aos anciãos, juízes e chefes militares com autoridade religiosa, coube liderar os hebreus durante a falta de uma centralização política. Para criar um sentimento de identidade, os juízes afirmavam que os hebreus eram descendentes diretos do patriarca Abraão.
  • D o judaísmo apresenta, segundo o filósofo francês Voltaire, elementos politeístas de civilizações antigas. Influenciados por essas civilizações, os hebreus teriam adotado um nome para seu deus, a prática da circuncisão, a crença na existência de anjos e na luta entre o Bem e o Mal.