Prova do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IF-TM) - Vestibular - COPESE (2011) - Questões Comentadas

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Capitães da Areia pertence à primeira fase da obra de Jorge Amado, mas o cenário escolhido é o urbano. Atente para os nomes dos personagens do livro colocados na coluna esquerda e relacione-os com os comentários da coluna à direita.

1. Professor 2. Volta Seca 3. João Grande 4. Pirulito 5. Pedro Bala


( ) “É um caboclo forte (mistura de branco com índio), proveniente do sertão, tem em comum com ele a ânsia de vingança, originária de uma infância sem amor.”
( ) “Magro e muito alto, uma cara seca, meio amarelada, os olhos encovados e fundos, a boca rasgada e pouco risonha, é muito religioso e tem como sonho transformar-se num sacerdote.”
( ) “Era muito mais ativo, sabia planejar os trabalhos, sabia tratar com os outros, trazia nos olhos e na voz a autoridade de chefe.”
( ) “Aquele saber, aquela vocação para contar histórias, fizera-o respeitado entre os Capitães da areia, se bem fosse franzino, magro e triste.”
( ) “É valente, generoso, mas se diferencia de seu líder porque é mais forte e não tem o sentido da liderança.”
  • A 2 – 5 – 4 – 3 – 1
  • B 2 – 4 – 5 – 1 – 3
  • C 1 – 4 – 2 – 5 – 3
  • D 4 – 2 – 5 – 3 – 1
  • E 5 – 4 – 1 – 3 – 2

Os comentários abaixo se referem ao livro Capitães da Areia, obra modernista pertencente aos romances de 30.

I- Pode-se dizer que o título dado ao romance de Jorge Amado possui sentido metafórico, visto que os capitães são da areia em que o quartel-general é em um trapiche.
II- O foco narrativo no romance é visto através de um narrador que se configura como um autêntico demiurgo que conhece todos os acontecimentos na sua trama profunda e todos os pormenores da trama.
III- A história é construída coletivamente tendo, como pano de fundo, o bando de menores abandonados à sorte nos orfanatos da cidade de Salvador.
IV- O tempo é cronológico, pois há nítida ordenação dos acontecimentos, numa sequência rigorosa de passado e presente. O narrador utiliza-se de um jogo entre o verbo no presente do indicativo e no pretérito perfeito para demarcar as dimensões temporais ocorridas na trama.
V- O livro é dividido em duas partes: “Sob a lua, num velho trapiche abandonado” e “Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos” intercalado por depoimentos e reportagens sobre os meninos abandonados.

A análise das afirmativas nos permite afirmar corretamente que:

  • A I e IV são verdadeiras.
  • B I e II são verdadeiras.
  • C IV e V são verdadeiras.
  • D II e III são verdadeiras.
  • E III e IV são verdadeiras.

Leia o fragmento do livro Morte e Vida Severina, e responda o que se pede.

E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina.

Tendo o contexto em que ocorre o Auto pernambucano, de João Cabral de Melo Neto, o significado da palavra severina utilizada no último verso é:

  • A reconstrução, oculta, conquista.
  • B vida de esperança, severa, progresso.
  • C dureza, trabalho, emprego.
  • D sofrida, difícil, cheia de privações.
  • E recíproca, silenciosa, ressentida.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Morte e Vida Severina – Chico Buarque


Esta cova em que estás, com palmos medida

É a conta menor que tiraste em vida


É de bom tamanho, nem largo, nem fundo

É a parte que te cabe deste latifúndio


Não é cova grande, é cova medida

É a terra que querias ver dividida


É uma cova grande pra teu pouco defunto

Mas estarás mais ancho que estavas no mundo


É uma cova grande pra teu defunto parco

Porém mais que no mundo, te sentirás largo


É uma cova grande pra tua carne pouca

Mas à terra dada não se abre a boca


É a conta menor que tiraste em vida


É a parte que te cabe deste latifúndio

(É a terra que querias ver dividida)


Estarás mais ancho que estavas no mundo

Mas à terra dada não se abre a boca



Comparando painel de Cândido Portinari e a música baseada no fragmento do livro de João Cabral de Melo Neto, pode-se concluir que:

  • A Os latifundiários matam o homem que se dispõe a lutar pela terra, isto porque são proprietários e não se deixam explorar pelo capitalismo, advindo da globalização.
  • B Tanto o painel quanto a música representam o trabalho e o que se pode explorar no sertão nordestino, representado pelos muitos severinos.
  • C Em ambos pode-se considerar um dos momentos mais dramáticos, na qual se detalha a vida dura do lavrador de terra sempre má, posto que seja explorado pelos patrões e que se representa metonimicamente pelo latifúndio.
  • D Ambos mostram que não há diferença entre o latifundiário e o defunto porque todos terão a cova de mesma medida.
  • E A divisão de terra, que o sertanejo queria ver, deve-se à exploração dos latifundiários que não serão anchos nem com a morte.

A respeito da obra “Os espiões”, de Luis Fernando Veríssimo, assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) em cada afirmação a seguir.

( ) O foco narrativo é em terceira pessoa e o narrador é um bêbado, fracassado e frustrado com sua condição de editor.
( ) Pode-se considerar a obra uma paródia da história da Mitologia Grega sobre Minotauro e Ariadne.
( ) A trama é repleta de metáforas formada a partir da trama de Teseu e Ariadne ao contrário.
( ) Na referida obra o pai de Ariadne conheceu o pintor De Chirico, que desenvolveu o tema Ariadne baseado na leitura de Nietzsche.
( ) Marcito, autor do livro “Astrologia e Amor”, foi o espião maior na obra para desvendar a história de Ariadne e salvá-la do labirinto em que se encontrava com seu Teseu.

A alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo, é:

  • A F – V – F – F – F
  • B V – F – V – F – V
  • C F – V – F – F – V
  • D V – V – F – F – V
  • E F – V – V – V – F