O termo “pretuguês” foi criado pela historiadora Lélia Gonzalez para problematizar a africanização do idioma falado no Brasil, o que a levou a adotá-lo na escrita de seus textos acadêmicos. Seu objetivo era ser entendida pelo povo, em uma clara oposição àqueles que defendiam o suposto purismo da língua portuguesa. Na extensa epígrafe que introduz o artigo da historiadora, há uma série de marcas linguísticas como ‘prá’ e ‘tavam’ que são, sob a ótica da norma padrão, compreendidas como erros a serem corrigidos. Nesse sentido, essa perspectiva normativa, em contraste com o posicionamento da autora, evidencia
- A uma visão adequada da modalidade padrão da língua, uma vez que a forma ‘prá’ é uma contração da preposição ‘para’ e deve ser evitada.
- B uma visão que leva em consideração a diversidade linguística dos falantes, uma vez que sistematiza categorias em certo ou errado.
- C um preconceito linguístico ao desconsiderar a diversidade linguística dos falantes, uma vez que condiciona esse grupo social ao lugar de quem fala e escreve errado.
- D uma oposição entre a fala coloquial e a norma padrão, que deve ser adotada sobretudo no contexto da modalidade escrita.