Prova do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - Farmacêutico - CS-UFG (2023) - Questões Comentadas

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O termo “pretuguês” foi criado pela historiadora Lélia Gonzalez para problematizar a africanização do idioma falado no Brasil, o que a levou a adotá-lo na escrita de seus textos acadêmicos. Seu objetivo era ser entendida pelo povo, em uma clara oposição àqueles que defendiam o suposto purismo da língua portuguesa. Na extensa epígrafe que introduz o artigo da historiadora, há uma série de marcas linguísticas como ‘prá’ e ‘tavam’ que são, sob a ótica da norma padrão, compreendidas como erros a serem corrigidos. Nesse sentido, essa perspectiva normativa, em contraste com o posicionamento da autora, evidencia

  • A uma visão adequada da modalidade padrão da língua, uma vez que a forma ‘prá’ é uma contração da preposição ‘para’ e deve ser evitada.
  • B uma visão que leva em consideração a diversidade linguística dos falantes, uma vez que sistematiza categorias em certo ou errado.
  • C um preconceito linguístico ao desconsiderar a diversidade linguística dos falantes, uma vez que condiciona esse grupo social ao lugar de quem fala e escreve errado.
  • D uma oposição entre a fala coloquial e a norma padrão, que deve ser adotada sobretudo no contexto da modalidade escrita.

Ainda no texto, ‘quizumba’ e ‘catimbando’ são exemplos de palavras de origem africana que foram incorporadas ao vocabulário da língua portuguesa. Qual é o processo linguístico que estuda e explica historicamente essa incorporação ao nosso vocabulário?

  • A Estrangeirismo.
  • B Neologismo.
  • C Sincronia. 
  • D Diacronia.

Pode-se afirmar que o efeito de sentido explorado pela autora em toda a extensão da epígrafe é

  • A a ironia.
  • B a ambiguidade.
  • C o duplo sentido.
  • D o humor. 

Na coluna assinada pelo diretor de redação da Revista Superinteressante, Alexandre Versignassi, evidencia-se o uso de um modalizador discursivo muito recorrente na escrita do gênero carta ao leitor, mas simulado pelo sistema de inteligência artificial ChatGPT. Esse modalizador, forjado pela tecnologia referenciada, é representado pelo uso da  

  • A contra-argumentação, presente no enunciado “a IA é apenas reflexo de nós mesmos”, já que faz uma ressalva para validar o argumento pretendido.
  • B interlocução, presente no enunciado “Espero que vocês, caros leitores, estejam prontos para embarcar nessa jornada”, tendo em vista o diálogo que estabelece com o leitor.
  • C concomitância, presente no enunciado “O ponto é que o algoritmo sabe reconhecer palavras que costumam aparecer no mesmo contexto com muita frequência”, que indica a relativização da discussão.
  • D autorreferenciação, presente no enunciado “e você terá mil poemas diferentes a respeito da teoria de Einstein”, tendo em vista o uso do pronome de tratamento ‘você’.

No trecho: “Pedi “um texto para a seção ‘carta ao leitor’, da revista Superinteressante, sobre inteligência artificial”, e esse foi o melhor pedaço.”, o termo sublinhado, que é um pronome demonstrativo, estabelece a coesão referencial pelo processo da

  • A catáfora.
  • B elipse.
  • C anáfora.
  • D reiteração.