O assistente social, na condição de trabalhador, enfrenta o processo de precarização de suas condições de trabalho, assim como a população, que sofre com a perda do emprego e dos direitos sociais. Entretanto, é a partir da sua bagagem teórico-metodológica que ele elabora uma interpretação crítica do seu contexto de trabalho e define estratégias de ação.
Com a aprovação do Código de Ética do Assistente Social atual é que ocorreu a ruptura do universo profissional com a base filosófica tradicional, conservadora, que norteava a ética da neutralidade, e a afirmação de um novo perfil do profissional, não mais como um agente subalterno e executivo, mas um profissional competente teórica, técnica e politicamente.
Os preceitos neoliberais compõem o conjunto de estratégias do grande capital para ampliar o campo de atuação do mercado. Nesse sentido, a implantação do projeto profissional do serviço social, por ser favorável às classes trabalhadoras, constitui um retrocesso para os neoliberais.
A dicotomia inerente ao modo de produção capitalista, ou seja, a existente entre capital e trabalho, é o elemento constituinte do compromisso ético-político profissional voltado para os direitos dos usuários.
O conhecimento acerca dos direitos é a base para a sua manutenção, efetivação e ampliação, a partir do qual é possível ao assistente social melhor informar aos usuários a respeito dos seus direitos e como podem acessá-los.