Prova da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - Auditor Fiscal - RBO (2022) - Questões Comentadas

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Depreende-se do texto que “O Príncipe” é uma obra cujo alcance deve-se

  • A a uma teorização unívoca que foi se revestindo de novas leituras e novos significados ao longo dos séculos.
  • B à possibilidade de uma dupla leitura, podendo-se separar o significado que suscitou à época da sua primeira edição e o significado que tem para o leitor de hoje.
  • C a uma ambiguidade decorrente do seu caráter de obra aberta, que o torna um texto importante para a compreensão da evolução do pensamento político moderno, porém superado por teorizações posteriores.
  • D ao seu caráter polivalente que despertou e continua a despertar interpretações diferentes e portadoras de sentido nas diferentes épocas em que foi e continua a ser lido.
  • E ao seu aspecto de obra que se renova permanentemente, afastando-se cada vez mais dos verdadeiros objetivos pretendidos pelo autor, tendo perdido grande parte da força do seu pensamento original.

“(...) Decerto os clássicos são autores que nos continuam a questionar e a tocar, quer ao entendimento, quer ao afeto, e em cujas obras se desenha um cânon, intelectual, moral ou estético, que prevalece muito para lá do seu tempo.”
Os termos “entendimento” e “afeto” encontram correspondência semântica, respectivamente, em

  • A razão e coração.
  • B adesão e rejeição.
  • C compreensão e repúdio.
  • D assimilação e indiferença.
  • E aproximação e distanciamento.

“(...) Porém, a impressão que se colhe de sua leitura é a de que o livro se dirige a nós, aqui e agora, e de que existe no seu significado alguma coisa que sobrevive e extravasa as circunstâncias em que, sucessiva e diferentemente, foi sendo lido.”
A expressão “sobrevive e extravasa as circunstâncias”, do ponto de vista conteudístico, só não se afina com

  • A “caráter de permanente novidade”.
  • B “indeterminação que envolve o seu significado”.
  • C “é impossível ficar-lhe indiferente”.
  • D “um esconjuro da imoralidade em política”.
  • E “uma fortuna reiteradamente verde”.

Considere o poema abaixo para responder à questão.
“Mais que todos deserdamos deste nosso oblíquo modo um menino inda não nado (e melhor não fora nado) que de nada lhe daremos sua parte de nonada e que nada, porém nada o há de ter desenganado.”
(Carlos Drummond de Andrade, “Os bens e o sangue”, em CLARO ENIGMA, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 230)
Sobre o emprego do vocábulo “nado” na estrofe acima é correto afirmar que

  • A corresponde a uma forma do particípio passado do verbo “nascer” mais próxima da expressão oral, o que é ratificado pelo vocábulo “nonada”, também muito utilizado na língua falada.
  • B corresponde a um substantivo originado de uma derivação imprópria e que, no contexto da estrofe, gera uma intencional ambiguidade remetendo tanto ao passado quanto ao presente.
  • C constitui uma variante menos usual do particípio passado do verbo “nascer” e poderia ser substituída por “nascido” ou “nato”, sem que houvesse alteração de sentido em suas duas ocorrências.
  • D desempenha funções morfológicas diferentes nas duas ocasiões em que foi empregado, devendo ser entendido como particípio passado do verbo “nascer” e como substantivo, respectivamente.
  • E ilustra um jogo lúdico de palavras às quais soma-se o substantivo “nonada”, produzindo um efeito de non sense e distanciando-se de qualquer sentido implícito ou explícito.

Assinale a alternativa em que todas as flexões verbais apresentam a colocação correta do pronome oblíquo átono.

  • A Ponho-o – punha-o – pu-lo.
  • B Põe-lo – punha-lo – puseste-o.
  • C Ponde-lo – púnhei-lo – puseste-lo.
  • D Pomo-lo – púnhamo-lo – pusemo-lo.
  • E Põe-no – punha-o – por-lo.