Prova da Prefeitura de Brasília de Minas-2 - Médico - COTEC (2024) - Questões Comentadas

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Sra. Aparecida, 76 anos, professora aposentada, com histórico de hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, é trazida à consulta por seus familiares com queixas de alterações comportamentais. Há cerca de um ano, a família percebeu que a Sra. Aparecida vem apresentando dificuldade para se lembrar de compromissos e de eventos recentes, além de estar mais irritada e resistente aos cuidados. Recentemente, começou a esquecer-se de que já se alimentou, pedindo refeições repetidamente. O exame neuropsicológico confirmou o diagnóstico de Doença de Alzheimer em estágio moderado (CDR 2). Qual a melhor abordagem terapêutica para a Sra. Aparecida, nesse momento?

  • A Aumentar a dose da metformina para controlar melhor o diabetes.
  • B Associar rivastigmina à donepezila para potencializar o efeito colinérgico.
  • C Encaminhar para internação em uma instituição de longa permanência para idosos.
  • D Prescrever sertralina para tratar a irritabilidade e a resistência aos cuidados.
  • E Iniciar memantina e orientar a família sobre a doença e o manejo dos sintomas.

Maria, aposentada de 67 anos, procura o consultório médico com queixas de cansaço e perda de peso nos últimos meses. Ela mantém acompanhamento regular com o oncologista devido a um câncer de mama diagnosticado há 10 anos, tratado com sucesso com cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Maria está preocupada com a possibilidade de recorrência do câncer, mas nega outros sintomas além do cansaço e da perda de peso. Ao exame físico, nota-se palidez cutaneomucosa (+++/4+), mas nenhuma outra alteração significativa. Os exames laboratoriais mostram:

• Hemoglobina: 8,2 g/dL
• VCM: 104 fL
• Leucócitos: 3.400/mm³ (neutrófilos: 1.200/mm³, linfócitos: 800/mm³)
• Plaquetas: 68.000/mm³ • Neutrófilos hipogranulares e hipossegmentados
• Marcadores tumorais (CA 15.3, CA 19.9 e CA 125): negativos

Diante desse quadro, qual a hipótese diagnóstica mais provável para a astenia e perda de peso de Maria?

  • A Anemia de doença crônica relacionada ao câncer de mama.
  • B Deficiência de ácido fólico.
  • C Hiperesplenismo secundário à metástase hepática.
  • D Síndrome mielodisplásica.
  • E Síndrome mielodisplásica.

Sr. João, 70 anos, com câncer de pâncreas avançado e metástases hepáticas, está internado na enfermaria de cuidados paliativos. Ele relata dor abdominal intensa e persistente, com piora nos últimos dias, apesar do uso regular de dipirona e codeína. A equipe médica avalia a dor do Sr. João como 9 em uma escala de 0 a 10, e seu estado geral é classificado como ECOG 2 (capaz de realizar atividades leves, mas passa a maior parte do dia sentado ou deitado). Qual a melhor estratégia para o controle da dor do Sr. João, nesse momento?

  • A Encaminhar o paciente para avaliação com um especialista em dor, para realização de bloqueio nervoso.
  • B Manter a dipirona e a codeína, associar um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) e iniciar um laxante.
  • C Manter a dipirona, trocar a codeína por morfina (manutenção + resgate), e iniciar laxante e pregabalina.
  • D Suspender a dipirona e a codeína e iniciar um esquema de analgesia com tramadol e gabapentina.
  • E Trocar a dipirona por paracetamol, aumentar a dose da codeína e associar um corticoide.

Dona Elza, uma vibrante senhora de 71 anos, costumava ser a alma das festas de família, sempre disposta a contar histórias e compartilhar suas experiências. No entanto, nos últimos meses, seus familiares perceberam uma mudança drástica em seu comportamento. Dona Elza tornou-se reclusa, isolando-se em seu quarto e abandonando suas atividades favoritas, como o jogo de cartas semanal com as amigas e as aulas de dança de salão. Além disso, tem se queixado de cansaço constante, dificuldade de concentração e perda de memória. "Parece que estou enferrujando", diz ela, com um tom de tristeza na voz. Seus apetite e sono também foram afetados, e ela ganhou peso nos últimos meses. Preocupados com a situação, os familiares a levam para uma consulta médica. Após uma avaliação completa, o médico conclui que Dona Elza apresenta um quadro depressivo com sintomas cognitivos. Qual o tratamento medicamentoso mais adequado para esse caso?

  • A Vortioxetina.
  • B Risperidona.
  • C Buspirona.
  • D Amitriptilina.
  • E Ácido valproico.

Sr. João, 60 anos, mecânico aposentado, procura atendimento médico com queixa de "falta de ar e chiado no peito" há cerca de 2 anos. Ele relata que os sintomas pioram à noite e durante a prática de atividades físicas, como caminhar e brincar com seus netos. O Sr. João é tabagista de longa data (50 maços-ano) e tem histórico de hipertensão arterial controlada com medicamentos. Nega tosse produtiva ou febre. Ao exame físico, você observa que o Sr. João está eupneico, com saturação de oxigênio de 90% em ar ambiente. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular diminuído globalmente e sibilos difusos em ambos hemitóraces.

Exames laboratoriais: hemoglobina = 16g/dL, leucócitos = 8.700/mm3, segmentados = 70%, linfócitos = 22%, eosinófilos = 2%, plaquetas = 452.000/mm3, ureia = 45mg/dL, creatinina = 0,8mg/dL. Espirometria: FEV1=52% predito, FEV1/CVF=0,6.

Qual tratamento farmacológico deve ser indicado a esse paciente?

  • A Prescrever beta-agonista de ação prolongada associado a antimuscarínico de ação prolongada.
  • B Prescrever beta-agonista de ação curta sob demanda, conforme sintomas do paciente.
  • C Prescrever beta-agonista de ação prolongada associado a corticoide inalatório.
  • D Prescrever antimuscarínico de ação curta associado a beta-agonista de ação prolongada.
  • E Prescrever teofilina de liberação prolongada para controle dos sintomas noturnos.