Prova da Prefeitura Municipal de Iúna - Assistente Administrativo - Instituto Consulplan (2024) - Questões Comentadas

Limpar Busca

Lima Barreto desmistifica o poder das cartas; mostra a verdadeira face da farsa, que é praticada pela cartomante. “A cartomante” trata-se de uma narrativa curta, um conto, mas que prende a atenção do leitor pela riqueza da situação conjugal. De acordo com as ideias textuais, é possível inferir que: 

  • A No conto, o narrador não tem qualquer tipo de participação no enredo da história.
  • B No conto, a situação miserável, gerada pela falta de emprego ou outro meio de ganhar dinheiro, é o conflito da história.
  • C Tem-se a impressão, em um determinado momento, de que o narrador é solidário com o personagem principal, justificando, inclusive, sua falta de dinheiro.
  • D O dinheiro era curto, mas a vontade de vencer era grande; o marido não teve dúvidas ao usar o dinheiro das despesas da casa para pagar uma cartomante para lhe predizer a sorte.
“Queria fugir, fugir para bem longe, onde a sua miséria atual não tivesse o realce da prosperidade passada; mas, como fugir? Onde havia de buscar dinheiro que o transportasse, a ele, à mulher e aos filhos? Viver assim era terrível!” (2º§) De acordo com as ideias evidenciadas no parágrafo, é possível inferir que o personagem:
  • A Já viveu uma situação financeira melhor em sua vida.
  • B Sempre viveu na penúria e na mais profunda pobreza; era conformado com a sua falta de sorte.
  • C Não se preocupava com a falta de dinheiro; no entanto, jogava o dinheiro que tinha no jogo do bicho.
  • D Não conseguia um bom emprego, porque foi vítima de um trabalho de macumba feito pelo seu cunhado.

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado tem sua significação incorretamente indicada.

  • A “Avelhantada precocemente, trabalhando que nem uma moura, doente, [...]” (3º§) – louca; alienada.
  • B “A abastança voltaria a casa; compraria um terno para Zezé, umas botinas para Alice, a filha mais moça; [...]” (9º§) – abundância; riqueza.
  • C “Uma nota de dois mil-réis, se alcançava ter na algibeira por vezes, era obtida com o auxílio de não sabia quantas humilhações,[...]” (1º§) – bolsa; bolso.
  • D “Não quis procurar outra; era aquela, pois já adquirira a convicção de que aquela sua vida vinha sendo trabalhada pela mandinga [...]” (7º§) – feitiçaria; bruxaria.

As figuras de linguagem referem-se à significação das palavras, que podem se distanciar de sua significação convencional. Utilizamos esses recursos para realçar o que queremos dizer ou mesmo para que nosso interlocutor tenha uma ideia mais clara daquilo que queremos comunicar. Uma dessas figuras é chamada de metáfora, que ocorre quando um termo substitui outro devido a uma relação de semelhança entre eles; como é possível evidenciar em: 

  • A “A certeza, porém, de que todas as suas infelicidades vinham de uma influência misteriosa, deu-lhe mais alento.” (3º§)
  • B “Não havia dúvida que naqueles atrasos e atrapalhações de sua vida alguma influência misteriosa preponderava.” (1º§)
  • C “Arranjou com o primeiro conhecido que encontrou o dinheiro necessário, e correu depressa para a casa de Madame Dadá.” (8º§)
  • D “Não quis procurar outra; era aquela, pois já adquirira a convicção de que aquela sua vida vinha sendo trabalhada pela mandinga de algum preto-mina, [...]” (7º§)

Tendo em vista as informações textuais trazidas no conto “A cartomante”, de Lima Barreto, depreende-se que o conflito da história se refere à:

  • A Força oculta na qual debitava a má condição financeira vivida nos últimos tempos.
  • B Situação miserável, gerada pela falta de emprego ou outro meio de ganhar dinheiro.
  • C Falta de sorte vivenciada pelo personagem, devido a um trabalho de macumba feito pelo cunhado.
  • D Perturbação suportada no momento em que o personagem descobre ser a cartomante sua própria mulher.