Após refletir sobre a sociedade de consumo, apresentada no poema Ao shopping center, de José Paulo Paes, pode-se inferir que:
TEXTO 02
Ao shopping center
Pelos teus círculos Vagamos sem rumo Nós almas penadas Do mundo do consumo. Do elevador ao céu Pela escada ao inferno: Os extremos se tocam No castigo eterno. Cada loja é um novo prego em nossa cruz. Por mais que compremos Estamos sempre nus Nós que por teus círculos Vagamos sem perdão À espera (até quando?) Da Grande Liquidação.
(In: PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 73)
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A a voz poética lamenta o consumo compulsivo que provoca sofrimentos e se estende como tormento por toda a vida de uma pessoa.
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B ao fazer uma louvação ao shopping center, o eu poético recorre à ironia, aproximando dois universos distintos: o comercial e o religioso.
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C o eu lírico, afeiçoado às características dos tempos modernos, enaltece o consumo como fator determinante da identidade das pessoas.
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D o eu poético apresenta o consumo como um elemento responsável pela realização pessoal, contrastando o poder de compra e a instabilidade emocional do consumidor.