Prova da Prefeitura de Montes Claros - Médico - COTEC (2024) - Questões Comentadas

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O rastreio de anomalias estruturais ou malformações e das anomalias cromossômicas, notadamente da síndrome de Down, é um dos focos da assistência pré-natal e faz parte das recomendações de boas práticas em muitos países. Um ultrassom obstétrico morfológico com avaliação dos marcadores cromossômicos solicitado entre 11 e 13.6 semanas é utilizado para o rastreio as síndromes cromossômicas no feto. Em relação a esses marcadores, é CORRETO afirmar:

  • A A frequência cardíaca fetal (FCF) acima do percentil 95 para a IG está relacionada com a trissomia do cromossomo 18 e Síndrome de Down; já as triploidias estão associadas à FCF abaixo do percentil 5.
  • B O osso nasal (ON) deve ser medido no primeiro trimestre, e quando está pequeno, há um risco maior para cromossomopatias como a Trissomia do cromossomo 21, sendo também um marcador para malformações do sistema nervoso central.
  • C O fluxo anormal do ducto venoso (DV) caracteriza-se por uma S reversa, no DV, entre 11 e 13 semanas e seis dias (CCN entre 45 e 84 mm), associa-se a anomalias cromossômicas, cardiopatias congênitas e óbito.
  • D A translucência (TN) aumentada está associada à trissomia do cromossomo 21, à síndrome de Turner, a outras anomalias cromossômicas, a cardiopatia congênita, malformações estruturais, infecções congênitas e também a síndromes genéticas. Quanto maior a medida da TN, maior o risco de anomalias cromossômicas.
  • E O fluxo anormal na valva tricúspide com regurgitação ou insuficiência na válvula mitral, no primeiro trimestre (entre 11 e 13 semanas), associa-se a anomalias cromossômicas e cardiopatias congênitas.

Gestante de 33 semanas é encaminhada ao pré-natal de alto risco, porque segundo a enfermeira que faz o seu pré-natal na Unidade de Saúde do seu bairro, o bebê está pequeno. Traz um ultrassom obstétrico, mostrando peso fetal no percentil 8 para a idade gestacional, pela curva de Hadlock. Ao exame: A altura uterina (AU) é de 28 cm e o batimento cardiofetal (BCF) é de 128 bpm. Sem outras alterações. O próximo exame a ser solicitado para confirmação diagnóstica é:

  • A Ultrassom com perfil biofísico fetal (PBF).
  • B Ultrassom com doppler de artéria uterina.
  • C Ultrassom basal com doppler fetal.
  • D Ultrassom com doppler de artéria umbilical.
  • E Ultrassom com doppler da artéria cerebral média.

Na gravidez múltipla, a gestação gemelar monocoriônica (MC) e a dicoriônica (DC) representam entidades completamente diferentes que compartilham alguns riscos maternos e obstétricos, mas o tipo e a gravidade da patologia fetal associada são marcadamente independentes. Consequentemente, os protocolos de controle clínico devem ser adequados a cada gravidez, de acordo com a corionicidade. Em relação à gravidez múltipla e ao cuidado no pré-natal, analise as assertivas a seguir:
I- As gestações dizigóticas são sempre DC/DA, com cada feto possuindo sua própria placenta e cavidade amniótica. Em contraste, a corionicidade das gestações monozigotia é determinada pelo tempo em que ocorre a divisão do óvulo fertilizado.
II- A corionicidade é melhor diagnosticada no ultrassom do 1º trimestre (entre 11 e 14 semanas), sendo que a presença do sinal do T é indicativo de gestação dicoriônica.
III- A medida do comprimento do colo uterino, no ultrassom de 2º Trimestre, para diagnóstico de colo curto e chance aumentada de parto pré-termo, é dispensada na gestação múltipla.
IV- Na gravidez monocoriônica, o controle com US-Doppler deve ser quinzenal, entre 16 e 26 semanas, para diagnóstico precoce da STFF e sequência de anemia-policitemia (TAPS).
V- A avaliação do crescimento fetal devido a risco aumentado de restrição de crescimento intrauterino (RCIU) deve ser mais frequente nas gravidezes gemelares.
Está CORRETO o que se afirma apenas em

  • A I, II e IV.
  • B I, II, IV e V.
  • C I, IV e V.
  • D IV e V.
  • E I, II, III e V.

Paciente teve parto normal, com parto transcorrendo sem intercorrências com feto nascido com 4,0 k, sem episiotomia e apresentando laceração perineal de primeiro grau, sem sangramento na laceração. Placenta com dequitação espontânea 10 minutos após o nascimento do bebê, com revisão da placenta mostrando placenta integra e cordão umbilical com duas artérias e uma veia. Foi feito ocitocina (10 ui IM após desprendimento dos ombros). RN estava amamentando, e a paciente iniciou com sangramento vaginal importante, com grande quantidade de sangue no chão e na maca, com várias compressas encharcadas Paciente apresentou aumento da frequência cardíaca (FC 105 bpm) e queda da PA (90/60 mmHg). Em relação ao caso descrito, podemos afirmar:

  • A A hemorragia pós-parto ainda não pode ser considerada, já que a paciente está hemodinamicamente estável, apesar da perda sanguínea.
  • B A palpação do útero é recomendada. O esperado é que o útero esteja abaixo da cicatriz umbilical nesse momento.
  • C O diagnóstico de hemorragia pós-parto só pode ocorrer se houver a perda de 1000 ml de sangue, ou seja, em torno de 10 compressas encharcadas.
  • D O diagnóstico é hemorragia pós-parto primária (precoce) sendo a causa mais comum atonia uterina.
  • E O ácido antifibrinolítico, tranexâmico (1g por via IM), é recomendado, diante desse quadro, seguido de agentes uterotônicos quando se tratar de atonia uterina.

Do ponto de vista fisiológico, a melhor idade para a mulher reproduzir é entre os

  • A 20 e os 30 anos.
  • B 20 e os 35 anos.
  • C 25 e os 30 anos.
  • D 25 e os 35 anos.
  • E 30 e os 35 anos.