Paciente G2P1AO, parto cesariana há 4 anos por apresentação pélvica, chega à maternidade em trabalho de parto, em período expulsivo, com parto acontecendo na sala de admissão, recém-nascido vivo com choro forte. Feito clampeamento de cordão com 3 minutos, apresentou dequitação placentária rapidamente. Foi, então, levada para a sala de parto, para revisão do canal rapidamente, já que o sangramento vaginal estava muito aumentado, vermelho intenso. Na sala de parto, a paciente estava consciente, mas continuava com muito sangramento, PA de 85/60 mmHg e FC de 100 bpm. O anestesista colocou oxigênio por catéter e foram instalados dois acessos venosos de grosso calibre com soro fisiológico. Ele solicitou exames e reserva de sangue, enquanto o obstetra fazia o exame local para descobrir a causa do sangramento.
Diante desse caso clínico, pode-se afirmar que
- A o ácido tranexâmico é a primeira droga que se deve utilizar, sendo contraindicado em pacientes hipertensas.
- B a causa mais provável é atonia uterina, que é diagnosticada com útero acima da cicatriz umbilical, mesmo que contraído e colo uterino aberto ao toque vaginal.
- C a cesariana prévia há menos de 5 anos é considerada um fator de alto risco.
- D a paciente é candidata à transfusão sanguínea, pois apresenta o índice de choque maior que 0,9.
- E o balão para hemorragia pós-parto, também conhecido como balão de Bakri, pode ser utilizado em caso de não resposta às medicações, já que o balão seria contraindicado se o parto fosse cesariano.