Prova da Prefeitura de Presidente Kubitschek - Médico - COTEC (2024) - Questões Comentadas

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Paciente G2P1AO, parto cesariana há 4 anos por apresentação pélvica, chega à maternidade em trabalho de parto, em período expulsivo, com parto acontecendo na sala de admissão, recém-nascido vivo com choro forte. Feito clampeamento de cordão com 3 minutos, apresentou dequitação placentária rapidamente. Foi, então, levada para a sala de parto, para revisão do canal rapidamente, já que o sangramento vaginal estava muito aumentado, vermelho intenso. Na sala de parto, a paciente estava consciente, mas continuava com muito sangramento, PA de 85/60 mmHg e FC de 100 bpm. O anestesista colocou oxigênio por catéter e foram instalados dois acessos venosos de grosso calibre com soro fisiológico. Ele solicitou exames e reserva de sangue, enquanto o obstetra fazia o exame local para descobrir a causa do sangramento.
Diante desse caso clínico, pode-se afirmar que

  • A o ácido tranexâmico é a primeira droga que se deve utilizar, sendo contraindicado em pacientes hipertensas.
  • B a causa mais provável é atonia uterina, que é diagnosticada com útero acima da cicatriz umbilical, mesmo que contraído e colo uterino aberto ao toque vaginal.
  • C a cesariana prévia há menos de 5 anos é considerada um fator de alto risco.
  • D a paciente é candidata à transfusão sanguínea, pois apresenta o índice de choque maior que 0,9.
  • E o balão para hemorragia pós-parto, também conhecido como balão de Bakri, pode ser utilizado em caso de não resposta às medicações, já que o balão seria contraindicado se o parto fosse cesariano.

O ultrassom obstétrico realizado entre 11.0 e 13.6 semanas é um exame utilizado para rastreamento de alterações cromossômicas e genéticas fetais. Nesse ultrassom, são avaliados marcadores biofísicos como transluscência nucal (TN), frequência cardíaca fetal (FCF), osso nasal (ON), ducto venoso (DV) e regurgitação de tricúspide (RT).
Em relação ao exame acima e à interpretação desses marcadores, analise as afirmativas a seguir.

I- TN aumentada está associada à trissomia do cromossomo 21, à síndrome de Turner, a outras anomalias cromossômicas e à cardiopatia congênita. Quanto menor a medida da TN, maior o risco de anomalias cromossômicas.
II- A FCF acima do percentil 95 está associada à trissomia do cromossomo 13, à síndrome de Turner, à trissomia do cromossomo 18 e às triploidias, enquanto a FCF abaixo do percentil 5 está associada à trissomia do cromossomo 21 e à síndrome de Morris.
III- A ausência do osso nasal está associada à síndrome de Down e a outras anomalias cromossômicas.
IV- O DV com fluxo anormal, isto é, a onda à reversa, associa-se a anomalias cromossômicas, cardiopatias congênitas e óbito fetal.
V- RT associa-se a anomalias cromossômicas, cardiopatias congênitas e más-formações do tubo gastrointestinal.

Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)

  • A I, II, III e IV, apenas.
  • B I, III e IV, apenas.
  • C I, III, IV e V, apenas.
  • D III, apenas.
  • E III e IV, apenas.

Primigesta, 30 anos, comparece para a primeira consulta de pré-natal com 18 semanas de gestação. Assintomática, foi realizado o teste rápido para toxoplasmose, com os seguintes resultados:

• IgG para Toxoplasma gondii: positivo.
• IgM para Toxoplasma gondii: positivo.

Relata que nunca havia realizado exames de toxoplasmose anteriormente. Não tem histórico de contato com gatos ou consumo de alimentos crus recentemente.
A conduta inicial nesse caso é

  • A iniciar pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico.
  • B iniciar espiramicina e solicitar amniocentese, para verificar a presença de DNA do Toxoplasma gondii no líquido amniótico.
  • C solicitar um teste de avidez de IgG.
  • D solicitar amniocentese para verificar a presença de anticorpos e material genético do Toxoplasma gondii no líquido amniótico.
  • E solicitar novo exame de IGG e IGM para toxoplasmose pelo método Elisa, para confirmação diagnóstica.

Primigesta, com diagnóstico prévio de hipertensão arterial crônica, comparece à consulta de pré-natal com 14 semanas de gestação. Ela está em acompanhamento regular e realizou recentemente uma ultrassonografia obstétrica com doppler das artérias uterinas, que mostrou fluxo normal, sem sinais de resistência aumentada. Está em uso de metildopa 250 mg de 8/8 horas, com a pressão arterial mantendo em média de 120/85 mmHg. A paciente relata medo de ter pré-eclâmpsia (PE) porque a sua pressão já é alta.
A conduta para essa paciente é

  • A iniciar o AAS e solicitar a dosagem de cálcio sanguíneo, para avaliar a necessidade de utilização do cálcio, pois ele deve ser utilizado em todas as pacientes com baixa ingestão de cálcio.
  • B iniciar o AAS e o cálcio, pois ambos são indicados para todas as gestantes brasileiras com hipertensão crônica, independentemente dos achados de doppler.
  • C iniciar apenas o AAS 150 mg à noite, uma vez que a hipertensão crônica é um fator de risco para pré-eclâmpsia.
  • D prescrever AAS e cálcio, pois ambos são indicados para gestantes com hipertensão crônica, independentemente dos achados de doppler, sendo que o AAS deve ser iniciado após 16 semanas, devido à sua teratogênese.
  • E tranquilizá-la, pois o doppler das artérias uterinas está normal, logo ela não apresenta um risco aumentado para PE.

O Consenso de Princeton, em 2001, definiu a síndrome da deficiência androgênica feminina (SDAF) como um conjunto de sintomas clínicos na presença de biodisponibilidade diminuída de testosterona e níveis normais de estrogênios. A queixa mais comum relacionada a essa síndrome é a redução da libido e da receptividade sexual e do prazer, mas outros sintomas e sinais também podem estar associados.
Em relação aos outros sintomas e a sinais associados à SDFA, analise as afirmativas a seguir.

I- Diminuição da sensação de bem-estar.
II- Insônia ou sono não reparador.
III- Fadiga persistente de causa desconhecida.
IV- Sintomas vasomotores e diminuição da lubrificação vaginal pós-menopausa, mesmo com adequada reposição estrogênica.
V- Rarefação e afinamento dos pelos pubianos e queda de pelos do corpo.

Estão CORRETAS as afirmativas

  • A I, II, III e IV, apenas.
  • B I, II, III, IV e V.
  • C I, III e IV, apenas.
  • D I, III, IV e V, apenas.
  • E II, IV e V, apenas.