Prova da Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU-ES) - Pedagogo - FCC (2022) - Questões Comentadas

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O texto permite inferir que

  • A as notícias tristes trazidas de Cachoeiro do Itapemirim aludem à falta de discernimento do viajante moderno, que deixa de apreciar os detalhes bucólicos da paisagem.
  • B as reminiscências infantis do cronista impedem-no de analisar com clareza o lugar onde passou a infância.
  • C a lucidez e o espírito crítico advindos da velhice fazem com que o “velho Braga” se retraia em si mesmo, inconformado pela impossibilidade material de construir a casa dos seus sonhos.
  • D os problemas cotidianos enfrentados pelo cronista deixam-no indiferente às notícias trazidas de sua terra natal, imerso que está na labuta diária.
  • E o cronista, ao divagar sobre lugares presentes na infância, dos quais se afastou, constrói, por meio da imagem de uma casa idealizada, um ponto de fuga imaginário reconfortante.

No segmento

  • A Mas nem sequer o pedaço de terra ainda é meu (4° parágrafo), o autor confessa sua desilusão em meio à expectativa de que o ofício de escritor lhe proporcione melhores condições financeiras.
  • B A terra certamente é ruim, além de pequena, e eu talvez não possa ter uma fruta-pão nem um jenipapeiro (4° parágrafo), o pessimismo do autor supera a capacidade que adquirira de devanear.
  • C meus títulos de propriedade são apenas esses devaneios que oscilam entre a infância e a velhice (4° parágrafo), aponta-se para a tentativa de escapar das questões cotidianas, voltando-se a atenção tanto para o passado quanto para o futuro.
  • D há alguns metros, nestes 8 mil quilômetros de costa, onde posso plantar minha casa (6° parágrafo), percebe-se a concretude do imóvel a que se refere o escritor.
  • E Ali plantará árvores e armará sua rede e meditará talvez com tédio e melancolia (3° parágrafo), o tempo verbal empregado indica uma hipótese.

Considerando-se o contexto, o segmento Que rei sou eu, Braga Sem Terra, Rubem Coração de Leão de Circo (5° parágrafo) estabelece um contraponto, em termos de sentido, ao que se encontra em:

  • A Mas me sinto subitamente sólido (6° parágrafo).
  • B triste circo desorganizado e pobre (5° parágrafo).
  • C a luz das estrelas e a água da chuva atravessam o pano encardido e roto... (5° parágrafo).
  • D Ouço nomes de velhos amigos e fico sabendo de histórias novas (1° parágrafo).
  • E e que a ninguém sequer ocorra que ela foi construída (3° parágrafo).

Como recurso expressivo, o cronista recorre ao eufemismo, ou seja, à substituição de uma expressão que possa ter sentido triste ou desagradável por outra de sentido mais suave, no seguinte segmento:

  • A e meditará talvez com tédio e melancolia na vida que passou (3° parágrafo).
  • B Mas não são apenas notícias tristes que me chegam da terra (2° parágrafo).
  • C Ali, um dia, o velho Braga, juntando os tostões que puder ganhar batendo em sua máquina, levantará a sua casa perante o mar da infância (3o parágrafo).
  • D e os coqueiros farfalham, um sabiá canta meio longe, e me afundo na rede, e posso dormir para sempre ao embalo do mar (6° parágrafo).
  • E Mas é doce pensar que o nordeste está lá, jogando as ondas bravas e fiéis contra as pedras de antigamente (3° parágrafo).

Está coerente e correta a redação do seguinte comentário:

  • A O confronto entre aquilo que se tem na imaginação e a realidade, a depender do ponto de vista de quem as vê, tornam determinada paisagem melancólica.
  • B Apenas o despojamento de mangueiras e coqueiros, desde que deles se extraia sombra e música bastam para alguns.
  • C A cobiça, aliada a estupidez dos homens, são explicações para a tendência de se devastarem a terra.
  • D As notícias que chegam de certos lugares o qual nos remete à paisagens da infância, podem trazer com elas um sentimento de melancolia.
  • E Muitos gostam de devanear a respeito de um local onde se possa encontrar a tranquilidade e superar as adversidades.