Prova do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJ-AP) - Estatístico - FGV (2024) - Questões Comentadas

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O dicionário de Antônio Houaiss, na pág. 284, registra no verbete “biblioteconomia”: “1. parte da bibliotecologia que trata dos aspectos da armazenagem, do acesso e da circulação das coleções de livros, 2. conjunto de conhecimentos e técnicas necessários à gestão de uma biblioteca. ETIM fr. bibliothéconomie.”

Sobre a estruturação e conteúdo desse verbete, é correto afirmar que:

  • A sendo uma definição, o segmento 1 parte de um termo geral e acrescenta especificações;
  • B os segmentos numerados mostram, em ordem cronológica, os significados adquiridos pelo termo “biblioteconomia”;
  • C apesar de veiculado em linguagem culta, o verbete traz um erro de concordância nominal;
  • D segundo o que se apreende do verbete, a bibliotecologia faz parte da biblioteconomia;
  • E a informação sobre a etimologia da palavra “biblioteconomia” nos indica o significado dos segmentos componentes do vocábulo.

Um conto moderno do escritor paranaense Dalton Trevisan começa com a seguinte frase:

“Primeira noite ele conheceu que Santina não era moça.”

A marca essencial desse segmento que o insere no conjunto dos textos literários de ficção e não entre os textos informativos, é:

  • A a seleção vocabular de linguagem erudita;
  • B a absoluta correção gramatical na estruturação das frases;
  • C o emprego da linguagem popular como sinal de inclusão;
  • D a presença inicial de termos sem referentes na realidade;
  • E a necessidade de situar no tempo e no espaço o fato referido.

Os textos, independentemente de seu modo de organização, possuem um conjunto de marcas específicas; entre as frases abaixo, aquela que mostra coesão e coerência, é:

  • A O invisível é real. As almas têm seu mundo;
  • B A palavra é dom de todos. A sabedoria cabe a Deus;
  • C Em qualquer abundância há falta;
  • D A melhor maneira de ir devagar é não ir;
  • E O caminho que sobe é o mesmo que desce.

Em muitas frases podemos optar entre a presença de um termo preposicionado ou de um só vocábulo: tempo de escola = tempo escolar. 

A frase abaixo em que o termo preposicionado sublinhado pode ser adequadamente substituído por um só termo, é:

  • A A sabedoria dos velhos é um grande erro. Não chegam a ser mais sábios, apenas mais prudentes;
  • B Abrace muito, beije e ria, já que a vida é de graça;
  • C Tente colocar bom senso na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice;
  • D O ótimo é inimigo do bom;
  • E Quem se senta no fundo de um poço vai achar pequeno o céu.

Um romance mostra o seguinte segmento: 



“Eu pergunto que tipo de história a menina deseja. Ela responde categoricamente que quer uma história de amor e de ficção científica. Então, comecei: ‘Um robô encontra uma jovem...’ Mas ela não me deixa prosseguir. ‘Você não sabe contar histórias’, disse ela. Uma verdadeira história é obrigatoriamente no passado.



- Tá bom, se você quer: “Um robô encontrou uma jovem...”


- Não, tem que ser no passado histórico...


- Bom, lá vai: “Outrora, há muito tempo, um robô muito inteligente, ainda que totalmente metálico, encontrou num baile uma jovem da nobreza. Eles dançaram e ele lhe disse coisas gentis. Ela ficou corada. Ele se desculpou e recomeçaram a dançar. Ela o achou um pouco ousado, mas encantador... Eles se casaram pouco tempo depois, receberam muitos presentes e partiram em viagem de lua de mel.”



Sobre esse fragmento narrativo, é correto afirmar que: 

  • A o aspecto de ficção científica da história narrada se restringe ao personagem robô e a suas ações mecânicas;
  • B a observação de que uma história deve obrigatoriamente ser narrada no passado é verdadeira, mostrando o conhecimento textual da menina;
  • C o passado histórico solicitado pela menina foi realizado por meio de expressões de tempo distante e de ambientes literariamente idealizados;
  • D o texto narrativo produzido pelo narrador mostra a preocupação de limitar-se ao absolutamente essencial do enredo;
  • E o narrador da versão final da história mostra preocupações de usar a linguagem informal, adequada à pouca idade da leitora.