Em virtude do ideal de objetividade associado à ciência, textos científicos demonstram preferência por estruturas sintáticas que permitem evitar a 1ª pessoa gramatical. O texto 1, embora pertença a um gênero jornalístico, aproxima-se do discurso científico ao empregar reiteradamente algumas dessas estruturas.
Uma das evidências dessa aproximação é a recorrência, no texto 1, de orações:
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A com infinitivo flexionado, como em “para assim chegarmos a soluções terapêuticas”;
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B na voz passiva, como em “Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina [...]”;
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C com valor de finalidade, como em “A hipótese mais provável para explicar essa diferença nos resultados [...]”;
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D em ordem inversa, como em “Em camundongos, foi observado que a micróglia [...] pode limitar a perda de capacidade motora e a morte neuronal”;
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E com locuções de tempo composto, como em “A descoberta contradiz o que os próprios pesquisadores do ICB e outros estudiosos da área haviam visto anteriormente sobre essas células”.