Prova do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE) - Analista Judiciário - FCC (2022) - Questões Comentadas

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Ao buscar caracterizar o trabalho específico de um cronista e sua repercussão junto ao público, Vinícius de Moraes

  • A compara a crônica com o romance, para concluir que neste, ao contrário daquela, a relação entre os fatos ou personagens tratados é mais aleatória ou casual.
  • B estabelece uma oposição entre o cronista de estilo simples e direto e aquele que conquista seu público por conta de uma linguagem mais pausada e mais trabalhada.
  • C opõe os cronistas tristes aos modestos, mostrando que os melancólicos se caracterizam pelo ocultamento dos traços principais de sua personalidade.
  • D considera que a leitura de crônicas, por mais variadas que sejam em sua forma e em seu espírito, já se incorporou aos hábitos cotidianos de seu público.
  • E conclui que a prática da crônica leva um escritor a ter facilidade em cultivar uma linguagem literária que ele desempenha de modo mecânico.

O autor da crônica, ao se valer da expressão

  • Aprosa fiada” (1º parágrafo), qualifica uma linguagem que constitui o desafio maior de um cronista que deseja se passar por um romancista.
  • Btacam o peito” (2º parágrafo), refere-se ao modo como os cronistas se aproveitam de uma inspiração sublime para escrever.
  • Cou vai ou racha” (2º parágrafo), alude à autodeterminação que um cronista deve ter em sua específica rotina de escritor.
  • Dmarginais da imprensa” (4º parágrafo), alude a seus colegas de ofício que desvirtuam a dignidade do jornalismo.
  • Enão baixa” (5º parágrafo), considera o caso em que o tema encontrado pelo cronista lhe parece erudito demais para ser desenvolvido.

Ao afirmar que todos os cronistas têm o seu papel a cumprir (4º parágrafo), o autor se apoia no seguinte argumento:

  • A ocultam cuidadosamente a própria personalidade (3º parágrafo).
  • B colocam-se como a personagem principal de todas as situações (3º parágrafo).
  • C os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa (3º parágrafo).
  • D é preciso um pouco de tudo para fazer um mundo (4º parágrafo).
  • E escrevem de maneira simples e direta (2º parágrafo).

Considerando o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

  • A pequenos achados que são sua marca registrada (2º parágrafo) = detalhes criativos que fazem seu estilo.
  • B infundir vida e alegria em seus leitores (3º parágrafo) = dirimir a vitalidade e a euforia de seu público.
  • C com o fito exclusivo de desanimar (3º parágrafo) = no intento fortuito de desacreditar.
  • D os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa (3 parágrafo) = os orgulhosos se penitenciam pelo descuido pronominal.
  • E Uns afagam vaidades, outros as espicaçam (4º parágrafo) = uns propiciam futilidades, outros se ressentem de sua falta.

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

  • A Não cabem aos cronistas se deixarem levar, em sua prosa informal, pelos mesmos recursos que mobilizam um romancista.
  • B É com desafios diários de criatividade que um cronista se depara, para bem cumprir as funções que espera dele seu público cativo.
  • C As várias modalidades de crônica que ressaltam esse texto deve-se à preocupação do autor em tipificar a diversidade dos cronistas.
  • D Aos chamados “marginais da imprensa”, criativos cronistas de jornal, cumprem prestigiar a oralidade e a simplicidade da linguagem
  • E Quando não ocorre aos cronistas quaisquer temas de alguma relevância, podem surgir-lhes como saída ficar falando da falta de assunto.