Prova do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região - Bahia - Arquiteto - FCC (2013) - Questões Comentadas

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Considerando-se o desenvolvimento do texto, está correto o que se afirma em:

  • A Jorge Amado, num discurso de caráter didático, busca transmitir a uma amiga leitora suas próprias convicções sobre a atuação de jovens - que podem ser encontrados nas ruas de qualquer cidade, no quarto de qualquer casa - que participam da luta em defesa de seus ideais.
  • B Jorge Amado, numa fala de caráter bastante pessoal, uma "canção sentida", como se lê de início, se posiciona a respeito de Castro Alves, impetuoso defensor de seus ideais humanitários, procedimento peculiar da juventude, que pode ser observado em todo lugar.
  • C Tomando como exemplo a vida de Castro Alves, Jorge Amado se detém na necessidade de se reconhecer, ainda hoje, a importância do belo espetáculo de juventude oferecido até mesmo pelos moleques de rua, tema que já havia abordado anteriormente.
  • D Em um extenso monólogo, Jorge Amado busca entender as razões que hoje e sempre impulsionaram e impulsionam a juventude - com o exemplo de Castro Alves, que começou muito moço e muito moço terminou -, a eternizar seus ideais em palavras impetuosas ou de amor.
  • E Segundo Jorge Amado, a defesa da liberdade que, embora surja dos desejos do povo, das necessidades do povo, foi, à época de Castro Alves, um ideal que durou um instante na medida do tempo, tal como um forte vento que tudo destrói à sua passagem.
É a sua voz, negra, é a voz do cais inteiro e da cidade lá atrás também. (4º parágrafo)

Da afirmativa transcrita acima decorre a seguinte inferência:
  • A A população mais pobre de uma cidade, que vive em zonas degradadas como a do cais, dificilmente tem voz para defender seus direitos.
  • B Em toda a Bahia, poucos se fazem ouvir, até mesmo aqueles mais aquinhoados pela sorte, que vivem melhor nas cidades.
  • C É verdadeiramente livre a cidade em que os anseios da camada mais rica se equivalem aos dos mais necessitados.
  • D Os negros, os oprimidos, os carentes de proteção falam nos poemas de Castro Alves, cujos versos primam pela defesa da liberdade.
  • E Todas as pessoas, pobres ou não, ouvem os versos de Castro Alves, que falam dos oprimidos e, também, das atribulações da vida citadina.

... e é impossível esquecê-lo porque tudo mudou na face das coisas: é outra a fisionomia do cais e o ar que se respira é mais puro. (2º parágrafo)

A afirmativa introduzida pelos dois-pontos deve ser entendida como

  • A justificativa dos resultados da destruição provocada pelo ímpeto de uma ventania, como fez Castro Alves, em sua época, com seus poemas.
  • B demonstração da força da natureza quando se desencadeia sem controle, como se vê na obra de Castro Alves, poeta muito jovem e ainda imaturo.
  • C detalhamento do cenário que vem sendo descrito, numa associação direta com o ímpeto versificador de Castro Alves nos temas tratados por ele.
  • D enumeração dos estragos decorrentes de um cataclismo, que o relaciona com a revolução embutida nos poemas libertários de Castro Alves.
  • E comentário auxiliar que, assim como ocorre com os fenômenos naturais, se propõe a minimizar os efeitos contestadores dos poemas de Castro Alves.
Ambos os verbos flexionados nos mesmos tempo, modo e pessoa estão grifados em:
  • A No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa orquestra. Lembras-te da hora em que os músicos...
  • B São homens valentes que morreram.
  • C Faz tempo que não te conto uma história na beira deste cais.
  • D Vês aquela estrela lá longe... Já viste da beira do cais o vento noroeste...
  • E no céu... ouve o ABC do poeta.
Esta questão foi anulada pela banca organizadora.

Considerando-se outras possíveis alterações, o verbo que se mantém corretamente no singular, com as propostas entre parênteses no final da frase para o segmento nela grifado, é:

  • A ... como nenhum de nós falaria . (ninguém mais dentre os poetas)
  • B ... fica a sua lembrança... (as marcas de sua lembrança)
  • C ... porque tudo mudou na face das coisas... (uma e outra situação)
  • D ... que sua voz ficou soando para sempre... (os ecos de sua voz)
  • E ... aparece, tranquilo e terrível, demoniacamente belo, justo e verdadeiro, um gênio. (os gênios)