Prova do - VUNESP (2019) - Questões Comentadas

Limpar Busca

A anomalia dos pés às avessas deve parecer uma espécie de privilégio sobrenatural entre povos andejos. É bem compreensível o fato de esse privilégio surgir associado com frequência a entidades mitológicas dotadas de força mágica. Na Amazônia, o curupira aparece como um caboclinho calvo, de enormes orelhas e um só olho. A preocupação constante entre os índios de dissimular ao inimigo todas as pistas de sua marcha transparece em tais lendas.
(Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras, 1994. Adaptado.)
De acordo com o excerto, o mito do curupira é

  • A a expressão de modos de existência de populações em constantes deslocamentos em uma natureza cheia de mistérios.
  • B a cristalização de um conjunto de narrativas urbanas sobre os habitantes dos territórios mais pobres do país.
  • C a síntese das culturas indígenas, negras e europeias formadoras da nacionalidade brasileira nos tempos coloniais.
  • D a versão ameríndia de lendas das civilizações greco-romanas transferidas para o novo mundo pelos colonizadores.
  • E a representação medieval das feições do demônio ensinadas às populações americanas pelos padres católicos.

Um lojista abriu sua primeira loja. Dois anos depois, inaugurou sua segunda loja e, dois anos após essa inauguração, abriu sua terceira loja, procedendo sempre da mesma maneira até chegar à oitava e última loja. Ou seja, todas as lojas foram inauguradas observando-se sempre o mesmo intervalo de tempo, de exatos dois anos, entre cada inauguração. Hoje, o tempo de atividade da primeira loja é igual ao quíntuplo do tempo de atividade da oitava loja. Desse modo, hoje, o tempo de atividade da oitava loja é de

  • A 2 anos.
  • B 2,5 anos.
  • C 3,5 anos.
  • D 4 anos.
  • E 3 anos.

A tirinha expressa de maneira ácida a ideia de que

  • A as populações mais pobres estão sujeitas à violência policial.
  • B a violência policial contra a população é justificável em determinados casos.
  • C os bancos deveriam dar atendimento preferencial aos idosos.
  • D as filas dos bancos devem ser respeitadas a fim de garantir os direitos sociais a todos.
  • E a polícia deveria tratar os idosos como trata os jovens.

Ao colher frutos diretamente da árvore, uma estudante notou diversas larvas de insetos em seu interior (I). Imaginou, então, que alguma espécie de mosca deveria ter colocado seus ovos nos frutos quando estes ainda estavam em processo de maturação (II). Logo, pensou que se alguém tivesse ensacado os frutos, antes da postura dos ovos das moscas, as larvas seriam evitadas (III). Assim, realizou esse procedimento com outros frutos (IV). Após algum tempo, ao abrir alguns frutos ensacados e já maduros, notou que realmente seu pensamento estava correto (V).
Com relação ao método de investigação científica, é correto afirmar que

  • A II corresponde ao fato verificado.
  • B IV corresponde à dedução imaginada.
  • C V corresponde ao resultado analisado.
  • D III corresponde ao experimento testado.
  • E I corresponde à hipótese levantada.

Com a instalação de uma nova classe dominante, originada dos bárbaros ou, com mais frequência, da fusão entre populações romanas antigas e populações bárbaras estabelecidas no território do antigo Império Romano, aparece uma forma de poder cujas origens são germânicas e que se denomina a banalidade, o direito de banalidade. É um direito de comando bastante geral, que inclui direitos de justiça, mas, sobretudo, direitos econômicos.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998.)
O direito de banalidade derivava

  • A das relações pessoais de mando e de exploração social típicas do sistema feudal da Idade Média Ocidental.
  • B das transformações da sociedade rural europeia e da economia de consumo imediato para uma produção para mercado.
  • C da associação de povos invasores com o Imperador romano e da complexa burocracia imperial com os chefes militares.
  • D da sobrevivência das cidades comerciais no Império Romano do Ocidente e da arrecadação de impostos na forma de moedas.
  • E da prestação de serviço militar da nobreza à Igreja romana e de auxílios financeiros do Alto Clero aos cavaleiros medievais.