Prova da Universidade do Estado do Amapá (UEAP) - Assistente Administrativo - CS-UFG (2014) - Questões Comentadas

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O texto de Larissa Veloso é do tipo dissertativo-argumentativo e tem o objetivo de

  • A contrapor o modelo de consumismo brasileiro com o modelo de consumismo norte-americano do século XXI.
  • B persuadir o leitor a reduzir as despesas mensais com o objetivo de induzi-lo a reservar parte de sua receita para fundos de investimento.
  • C divulgar o comportamento de algumas pessoas que optaram por fazer um consumo consciente para tornar a vida mais feliz.
  • D advertir o interlocutor com relação às propagandas enganosas que anunciam um tipo de produto e vendem outro de qualidade inferior.

Leia o texto II, a seguir, para responder à questão.

Texto II

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Disponível em: < http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportamento/viver-com-menos >. Acesso: 5 fev. 2014.

No texto, a repetição do verbo “querer" e a única ocorrência do verbo “precisar" colocam em evidência

  • A a oposição entre a variedade dos desejos dos indivíduos e as suas necessidades mínimas reais.
  • B o significado indistinto entre os dois verbos que se traduz pelo excesso de vontade por algo implícito na imagem.
  • C o dinamismo do enunciador expresso pelas múltiplas necessidades apresentadas por ele para atender os diversos setores de sua vida.
  • D a remissão ao gênero textual “bilhete" como forma de evitar que o interlocutor potencial se esqueça de comprar o produto pedido pelo enunciador.

Releia o texto I e o texto II para responder à questão, a seguir.

Texto I

Viver com menos

Alguns nadam contra a corrente do consumismo e pregam que
a vida com poucos bens materiais é bem mais satisfatória.

De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular,cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção: um carro que quebra, o smartphone sem sinal, a tevê que ficou muda e – graças a Deus – ainda não saiu da garantia. E lá vamos atrás da assistência técnica ou de uma loja.
O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas num engarrafamento do que andar de transporte público", exemplifica Estanislau Maria, assessor técnico de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo consumo consciente. Estanislau não tem dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e do desperdício. É o modelo de vida norte-americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil", afirma.
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamento a sério e decididam repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos coisas possuímos, mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter um determinado produto", explica a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir sobre o que lia em blogs pela internet, ela decidiu que estava pronta para colocar em prática um desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. É claro que algumas exceções estavam contempladas, como alimentos, remédios e produtos de limpeza. Mas os itens que ela estava acostumada a adquirir todo mês, como livros, revistas, DVDs, roupas, produtos de beleza e utensílios domésticos, foram sumariamente cortados.
No fim de maio de 2012, o teste foi concluído. Olhando para trás, Marina recorda que o mais difícil não foi resistir à tentação de lojas e promoções, mas adquirir novos hábitos. “Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas", relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados para atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. De certa maneira, a psicóloga acha que trocou a aquisição de novos bens materiais por um pouco mais de felicidade. “Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente", conta.
[...]
Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René, coordenador da pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e outra que eu gosto de chamar de 'necejos', os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade", define Mário.
[...]
Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto.
Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo" ou “simplicidade voluntária" – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático.

VELOSO, Larissa. Revista Planeta. Seção Comportamento. Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2014.

Texto II
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Disponível em: < http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportam... ver-com-menos >. Acesso: 5 fev. 2014.

No texto II, os verbos “querer" e “precisar" estão no mesmo tempo verbal de qual dessas sentenças retiradas do texto I, de Larissa Veloso?
  • A [...] mais descomplicada e feliz será a vida.
  • B Algumas pessoas levaram esse questionamento a sério e decidiram mudar seus hábitos de consumo.
  • C [...] antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas.
  • D Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos.

Texto III

Leia o texto III, a seguir, para responder à questão.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=tiras+consumismo >. Acesso em: 5 fev. 2014.

O humor do texto é gerado pela

  • A relação entre o uso de certos produtos e o alcance da felicidade.
  • B expressão de espanto da personagem Miguelito ao comentar o que viu na tevê.
  • C possibilidade de o programa televisivo ter feito um xingamento.
  • D inocência da personagem Mafalda ao usar a palavra “boa" no texto.

Texto III

Leia o texto III, a seguir, para responder à questão.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=tiras+consumismo >. Acesso em: 5 fev. 2014.

O conhecimento de que as tiras da Mafalda refletem sobre a humanidade, a paz e o estado atual do mundo e a aparente ingenuidade de Miguelito no último quadrinho da tira contribuem para que o leitor atento

  • A sorria de modo despropositado por se tratar de um texto humorístico.
  • B tenha uma visão crítica em relação às investidas consumistas da mídia.
  • C chegue à conclusão de que uma das personagens exagera em sua interpretação.
  • D perceba que a felicidade propagada consiste em realizar atividades simples do cotidiano.