Prova do - UECE-CEV (2021) - Questões Comentadas

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Atente para o seguinte excerto do Tratado teológico-político de Baruch Espinosa: “Tudo o que até agora afirmei resulta da própria Escritura. E em parte alguma eu li que Deus apareceu a Cristo, ou que lhe falou, mas sim que ele foi revelado por Cristo aos apóstolos, que Cristo é o caminho da salvação e, finalmente, que a lei antiga foi anunciada por um anjo e não diretamente por Deus etc. Por conseguinte, enquanto Moisés falava com Deus face a face, tal como um homem fala habitualmente com um seu companheiro (isto é, mediante os seus corpos), Cristo comunicou-se com Deus de mente para mente”.
Espinosa, B. Tratado teológico-político, capítulo I: Da profecia. Trad. bras. Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Considerando os trechos “Moisés falava com Deus face a face” e “Cristo comunicou-se com Deus de mente para mente”, é correto concluir que

  • A Moisés teve um conhecimento imaginativo de Deus e Cristo, intuitivo.
  • B Moisés teve um conhecimento racional de Deus e Cristo, intuitivo.
  • C Moisés teve um conhecimento racional de Deus e Cristo, imaginativo.
  • D Moisés teve um conhecimento imaginativo de Deus e Cristo, racional.

Sejam os conjuntos K = { x ∈ N tais que 0 < x < 100 }, X = { x ∈ K e x é múltiplo de 2} ,Y = { x ∈ K e x é múltiplo de 3}, Z = { x ∈ K e x é múltiplo de 5}. Se V = X ∩ Y ∩ Z, então, o número de subconjuntos de V é

  • A 8.
  • B 16.
  • C 12.
  • D 20.

Quanto ao gênero textual, o texto 1 é classificado como

  • A artigo de opinião, porque nele há a defesa de um ponto de vista, de alguém ou de um grupo, por meio de argumentos.
  • B crônica, porque nele há a narrativa de um acontecimento corriqueiro do cotidiano com personagens e um enredo.
  • C notícia, porque nele há informações sobre acontecimentos e demonstra imparcialidade dos fatos.
  • D relato, porque nele há uma narrativa de alguém discorrendo sobre a discriminação racial.

O texto 1 tem como propósito

  • A discutir o comportamento feminino nas Olimpíadas de Tóquio.
  • B abordar o problema das drogas entre as atletas olímpicas.
  • C expressar o papel feminino na quebra de paradigmas também no esporte.
  • D elencar as histórias de vida das mulheres participantes dos jogos.

“Pois uma estátua não é apenas um documento histórico. Ela é sobretudo um dispositivo de celebração. Como celebração, ela naturaliza dinâmicas sociais, ela diz: ‘assim foi e assim deveria ter sido’. Um bandeirante com um trabuco na mão e olhar para frente é a celebração do ‘desbravamento’ de ‘nossas matas’. [...] Quando a ditadura militar criou o mais vil aparato de crimes contra a humanidade, dispositivo de tortura de Estado e assassinato financiado com dinheiro do empresariado paulista, não por acaso seu nome foi: Operação Bandeirante. Sim, a história é implacável. Como disse no início, o passado é o que não cessa de retornar.”

SAFATLE, Vladimir. Do direito inalienável de derrubar estátuas. In: El país, em 26-07-2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-07-26/do-direito-inalienavel-de-derrubar-estatuas.html.


Nas passagens acima citadas de seu artigo de opinião, o filósofo Vladimir Safatle faz uso, por duas vezes, do conceito de dispositivo. Sobre este conceito, formulado por Michel Foucault (1926-1984), é correto afirmar que

  • A expressa uma forma de poder que se opõe aos sujeitos e às formas de constituição de subjetividade.
  • B são práticas, as mais diversas, que atuam na constituição, no controle e na dominação dos sujeitos.
  • C é sempre um instrumento de exercício de violência física do poder contra os dominados.
  • D mostra como o poder atua somente simbolicamente, conduzindo a uma dominação consentida.