Prova da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Produtor Cultural - PR-4 UFRJ (2014) - Questões Comentadas

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Em 27 de março último, o Conselho Universitário da UFRJ aprovou a criação do Ano da Memória e Verdade da universidade. Especialmente entre 1º de abril de 2014 e 1º de abril de 2015, diversas iniciativas coordenadas pela Comissão da Memória e Verdade da instituição discutirão os anos de ditadura militar marcados por graves violações de direitos na sociedade, nas instituições universitárias, em geral, e na UFRJ, em especial. O texto adiante é o da Nota Pública da COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE publicada em 30 de março de 2014. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta a seguir.

50 anos do golpe de Estado de 1964

Há cinquenta anos um golpe de estado militar destituiu o governo constitucional do presidente João Goulart. Instaurou por longo tempo no país um regime autoritário que desrespeitava os direitos humanos; no qual os direitos sociais de muitos eram ignorados; em que os opositores e dissidentes foram rotineiramente perseguidos com a perda dos direitos políticos, a detenção arbitrária, a prisão e o exílio; onde a tortura, os assassinatos, os desaparecimentos forçados e a eliminação física foram sistematicamente utilizados contra aqueles que se insurgiam. Neste cinquentenário, a Comissão Nacional da Verdade quer homenagear essas vítimas e reafirmar sua determinação em ajudar a construir um Brasil cada vez mais democrático e mais justo.

A Comissão Nacional da Verdade nasceu com o objetivo de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período. (1) Baseia-se na convicção de que a verdade histórica tem como objetivo não somente a afirmação da justiça, mas também preparar a reconciliação nacional, como vem assentado no seu mandato legal. Esteia-se na certeza de que o esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte, desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, a identificação de locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações graves de direitos humanos, constituem dever elementar da solidariedade social e imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país. (2) Não deveria haver brasileiro algum ou instituição nacional alguma que deles se furtassem sob qualquer pretexto.

No ano passado comemoramos os vinte cinco anos da promulgação da Constituição Brasileira de 1988. Oitenta e dois milhões de brasileiros nasceram sob o regime democrático. Mais de oitenta por cento da população brasileira nasceu depois do golpe militar. O Brasil que se confronta com o trágico legado de 64, passados cinquenta anos, é literalmente outro. O país se renovou, progrediu e busca redefinir o seu lugar no concerto das nações democráticas. Não há por que hesitar em incorporar a esta marcha para adiante a revisão de seu passado e a reparação das injustiças cometidas. (3) Pensamos ser este o desejo da maioria. É certamente o sentido do trabalho da Comissão Nacional da Verdade.


Os trechos (1) Baseia-se na convicção de que a verdade histórica tem como objetivo não somente a afirmação da justiça, mas também preparar a reconciliação nacional, como vem assentado no seu mandato legal e (3) Pensamos ser este o desejo da maioria, destacados na Nota Pública, indicam o entendimento da Comissão Nacional da Verdade de que:
  • A a investigação do período da ditadura militar divide o país ao meio, razão pela qual a maioria deve apoiar o mandato legal dado à Comissão para apurar e punir os crimes cometidos no período.
  • B com o apoio da maioria de esquerda e de um mandato legal, a apuração dos crimes praticados no período ditatorial deve ser levada às últimas consequências, haja o que houver, doa em quem doer
  • C mais do que fazer justiça, a investigação dos crimes praticados pela ditadura militar deve punir exemplarmente os agentes e autoridades responsáveis, a fim de que nunca mais se repitam as barbaridades daquele período.
  • D uma vez que a investigação do período da ditadura militar divide profundamente o país, as prioridades devem ser a de evitar o confronto com a minoria que apoiou o regime e reconciliar a maioria dos brasileiros com esses grupos ainda muito influentes e poderosos.
  • E os anos de ditadura militar no Brasil dividiram opiniões no país, o estabelecimento da verdade é decisivo para a promoção da justiça e da democracia e a investigação desse período ditatorial, na atualidade, tem apoiadores, em maior número, e opositores, em minoria.
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Em 27 de março último, o Conselho Universitário da UFRJ aprovou a criação do Ano da Memória e Verdade da universidade. Especialmente entre 1º de abril de 2014 e 1º de abril de 2015, diversas iniciativas coordenadas pela Comissão da Memória e Verdade da instituição discutirão os anos de ditadura militar marcados por graves violações de direitos na sociedade, nas instituições universitárias, em geral, e na UFRJ, em especial.
O texto adiante é o da Nota Pública da COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE publicada em 30 de março de 2014. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta a seguir.

50 anos do golpe de Estado de 1964

Há cinquenta anos um golpe de estado militar destituiu o governo constitucional do presidente João Goulart. Instaurou por longo tempo no país um regime autoritário que desrespeitava os direitos humanos; no qual os direitos sociais de muitos eram ignorados; em que os opositores e dissidentes foram rotineiramente perseguidos com a perda dos direitos políticos, a detenção arbitrária, a prisão e o exílio; onde a tortura, os assassinatos, os desaparecimentos forçados e a eliminação física foram sistematicamente utilizados contra aqueles que se insurgiam. Neste cinquentenário, a Comissão Nacional da Verdade quer homenagear essas vítimas e reafirmar sua determinação em ajudar a construir um Brasil cada vez mais democrático e mais justo.

A Comissão Nacional da Verdade nasceu com o objetivo de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período. (1) Baseia-se na convicção de que a verdade histórica tem como objetivo não somente a afirmação da justiça, mas também preparar a reconciliação nacional, como vem assentado no seu mandato legal. Esteia-se na certeza de que o esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte, desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, a identifcação de locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações graves de direitos humanos, constituem dever elementar da solidariedade social e imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país. (2) Não deveria haver brasileiro algum ou instituição nacional alguma que deles se furtassem sob qualquer pretexto.

No ano passado comemoramos os vinte cinco anos da promulgação da Constituição Brasileira de 1988. Oitenta e dois milhões de brasileiros nasceram sob o regime democrático. Mais de oitenta por cento da população brasileira nasceu depois do golpe militar. O Brasil que se confronta com o trágico legado de 64, passados cinquenta anos, é literalmente outro. O país se renovou, progrediu e busca redefinir o seu lugar no concerto das nações democráticas. Não há por que hesitar em incorporar a esta marcha para adiante a revisão de seu passado e a reparação das injustiças cometidas. (3) Pensamos ser este o desejo da maioria. É certamente o sentido do trabalho da Comissão Nacional da Verdade.

O trecho (2) Não deveria haver brasileiro algum ou instituição nacional alguma que deles se furtassem sob qualquer pretexto, destacado na Nota Pública, revela que a Comissão Nacional da Verdade:
  • A não permitirá a falta de cooperação de quaisquer indivíduos ou instituições que prejudique as apurações e o consequente cumprimento do dever elementar da solidariedade social e do imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país.
  • B faz um apelo ingênuo pela colaboração de todos os brasileiros e instituições do país com os trabalhos de investigação das violências praticadas pelo Estado ditatorial e com a punição justa dos responsáveis, sob qualquer pretexto.
  • C entende que o dever elementar da solidariedade social e o imperativo da decência estão acima do esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte, desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, à identificação de locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações graves de direitos humanos praticados no período ditatorial.
  • D reconhece e critica a existência de brasileiros e instituições do país que se opõem ao esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte, desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, à identificação de locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações graves de direitos humanos praticados no período ditatorial.
  • E chama a atenção, firmemente, para a possibilidade de adoção de medidas necessárias para evitar a atuação de brasileiros e instituições que, sob qualquer pretexto, se furtem a cumprir o elementar da solidariedade social e a respeitar o imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país.

O texto adiante é um trecho de entrevista de Jean Marc Van der Weid – ex-estudante de Engenharia Química da UFRJ (1966) e presidente da UNE (1969) – que integra publicação da UFRJ. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta a seguir.

“Em 68, por exemplo, uma parte significativa das lideranças do movimento estudantil vai para a luta armada, para a clandestinidade e sofre as conseqüências dessa opção, por que as relações de forças eram extremamente negativas, e há um massacre. A esquerda simplesmente deixa de existir como força organizada por um período significativo, eu diria até, 76, 77. No fnal de 78, a esquerda está reduzida a quase nada, com ações muito fragmentadas aqui e ali. Então uma parte dessa vanguarda do movimento estudantil some nesse momento. Outros foram encontrando outros caminhos (...)”.

Quanto à tipologia textual, podemos afirmar que no trecho predominam as características do texto:

  • A narrativo.
  • B dissertativo.
  • C descritivo.
  • D descritivo-argumentativo.
  • E narrativo-descritivo

O fragmento adiante é uma adaptação do texto “Da Vaia em Castelo ao Massacre da Praia Vermelha”, do pesquisador José Arthur Poerner, publicado em Invasão da FNM 40 anos (2006), parte da Série Memorabilia, editada pela Superintendência de Comunicação da UFRJ. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta a seguir.

&nbspEnquanto a União Metropolitana de Estudantes (UME) preparava um plebiscito nacional sobre a Lei Suplicy de Lacerda, que interveio na livre organização estudantil; “Castelo Branco1 recebia uma estrondosa vaia, na presença do corpo (1) diplomático, na aula inaugural da Universidade do Brasil, em março de 1965, na Escola Nacional de Arquitetura, na Ilha do Fundão. Cinco dos estudantes que vaiaram o chefe do governo foram presos pela Polícia do (2) Exército (...) O Conselho Universitário aprovou (...) a suspensão de 30 dias, recomendada para os estudantes pela comissão especial incumbida de apurar as origens da vaia a Castelo Branco.”

1 O general Humberto de Alencar Castelo Branco foi o primeiro ditador empossado na Presidência da República em consequência do golpe civil-militar que, em 1° de abril de 1964, depôs o presidente constitucional João Goulart.

Quanto às palavras (1) e (2) sublinhadas no texto podemos afirmar que:

  • A estão incorretamente acentuadas, uma vez que ambas são proparoxítonas.
  • B estão incorretamente acentuadas, uma vez que ambas são paroxítonas.
  • C estão corretamente acentuadas, uma vez que ambas são proparoxítonas.
  • D a palavra (1) está corretamente acentuada, uma vez que é proparoxítona, e a palavra (2) está incorretamente acentuada, uma vez que é paroxítona.
  • E a palavra (1) está incorretamente acentuada, uma vez que é oxítona, e a palavra (2) está também incorretamente acentuada, já que é proparoxítona.
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Leia o texto a seguir e responda a questão:

Greve na UFRJ reúne 16 mil alunos de todas as Faculdades

Reuniões

“As Faculdades da Praia Vermelha realizaram ontem (1) a tarde assembléias para discutir (2) a política educacional do Governo, sob (3) a vigilância de um choque da PM e de diversos agentes do DOPS, sem se registrarem incidentes.(...) Os presidentes das extintas UNE e UME, Vladimir Palmeira e Luís Travassos, percorreram ontem durante o dia diversas faculdades e realizaram assembléias para permitir maior participação dos estudantes na greve. (...)".

“O Secretário de Segurança, General França de Oliveira, afirmou ontem que não permitirá (4) a concentração programada pelos universitários para o dia 11, no pátio do MEC, 'porque é ilegal, e os que insistirem em realizá-la serão presos e processados dentro da Lei de Segurança Nacional'. Segundo o General França de Oliveira, '(5) a concentração está sendo organizada por estudantes comunistas, da linha chinesa, e, portanto, é subversiva' ".

Jornal do Brasil, 06 de junho de 1968.

O texto dado é uma transcrição adaptada da matéria publicada na edição do Jornal do Brasil de 06 de junho de 1968, conforme o fac-símile reproduzido. Dentre as alternativas adiante, assinale aquela que apresenta a sequência correta quanto ao emprego do sinal indicativo da crase.
  • A (1) à; (2) a; (3) à; (4) a; (5) a.
  • B (1) a; (2) a; (3) a; (4) a; (5) a.
  • C (1) a; (2) a; (3) à; (4) à; (5) a.
  • D (1) à; (2) a; (3) a; (4) a; (5) a.
  • E (1) a; (2) a; (3) à; (4) a; (5) a.