A argumentação que Descartes desenvolve nos textos apresentados encontra seu ápice em dois trechos:
“[...] esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito”. (Texto 1: linhas 53-55)
“E, notando que esta verdade – eu penso, logo existo – era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.” (Texto 2: linhas 17-20)
Nesses excertos, Descartes está
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A negando a existência dos seres irracionais, já que a capacidade de pensar é pré-requisito para a existência de qualquer ser.
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B reconhecendo que o indivíduo, quando consciente da própria existência perante os demais seres humanos, está em uma situação social e juridicamente vantajosa.
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C provando racionalmente que a proposição aristotélica de que “o homem é um animal racional” é verdadeira, na medida em que o homem é dividido em corpo e alma.
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D defendendo que a linguagem é fundamental para a elaboração e transmissão do conhecimento, razão pela qual a lógica e a retórica são tão valorizadas em seu método filosófico.
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E mostrando, por vias racionais, que é possível atingir, apenas pelo uso da razão, um conhecimento claro e evidente, a que qualquer ser humano pode chegar sem grandes dificuldades.