Observe a pequena narrativa a seguir:
“A raposa e o leão
Tinha a Raposa o seu covil bem fechado e estava lá dentro a gemer, porque estava doente; chegou à porta um leão e perguntou-lhe como estava, e que o deixasse entrar, porque a queria lamber, que tinha virtude na língua, e lambendo-a, logo havia de sarar.
Respondeu a Raposa de dentro:
— Não posso abrir, nem quero. Creio que a tua língua tem virtude; porém é tão má vizinhança a dos dentes, que lhe tenho grande medo, e, portanto, antes quero sofrer com o meu mal. E permaneceu em seu covil.”
As opções a seguir apresentam cinco marcas dos textos narrativos.
Tendo em vista o texto acima, assinale a opção que indica a marca que está erradamente exemplificada.
- A ações em sequência cronológica: “Tinha a Raposa o seu covil bem fechado e estava lá dentro a gemer”.
- B um estado inicial que, nesse caso, não se altera ao final da narrativa: “Tinha a raposa o seu covil bem fechado”.
- C um narrador, que relata os fatos sem interferir neles: “Respondeu a Raposa de dentro”.
- D uma sequência de acontecimentos que, no caso desta fábula, ocorre no terreno do discurso, como em: “perguntou-lhe como estava, e que o deixasse entrar, porque a queria lamber, que tinha virtude na língua, e lambendo-a, logo havia de sarar”.
- E a coerência, nesse caso, é interna, em função do tipo de texto: uma fábula, em que os animais são representações dos seres humanos: “perguntou-lhe” e “Respondeu”, não havendo incoerência no fato de os animais falarem.