Leia o texto a seguir para responder à questão .
Minha contribuição mais significante como geógrafo, ao longo da segunda metade do século XX, foi, sem dúvida, dirigida à Climatologia. Até então, mais personificado como “Rudimentos de Meteorologia”, o estudo do Clima, no âmbito da Geografia, tinha mais a ver com uma quantificação dos elementos atmosféricos sem a necessária qualificação genética e dinâmica comportamental dos processos. Contra o procedimento geral, lancei-me à procura de uma revisão conceitual e das práticas comportamentais (dinâmicas), já iniciadas pela Teoria da Frente Polar (1917). Lenta, mas persistentemente, elaborei uma série de artigos, capítulos de livros, aconselhamentos didáticos para o ensino de grau médio, até chegar a trabalhos especiais, teses e especulações teóricas visando à produção de um novo paradigma que saísse do domínio estático, exclusivo das médias, para a dinâmica do ritmo. A esta altura de minha vida, ultrapassados os oitenta anos, apelei para os co-autores do presente trabalho, a fim de discutirmos a diretriz a ser tomada sobre a “divulgação” de uma obra que tem demorado a atingir uma prática mais efetiva, já que se desenvolve por mais de meio século. Espero que o presente esforço de divulgação surta algum efeito em benefício dos estudantes de Geografia e jovens geógrafos, e que, no exterior, ele possa merecer alguma atenção como meio de constatar que, no hemisfério sul, na América Latina e, mais especificamente, no Brasil – em esforço de desenvolvimento econômico e cultural –, também podemos propor algo relativo à área. Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro Fonte: MONTEIRO, C. A.F., MENDONÇA, F.A, SANT´ANNA NETO, ZAVATINNI, J.A. A Construção da Climatologia Geográfica no Brasil. Campinas, Alínea, 2015.
No texto do grande geógrafo Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, são apresentadas contribuições ao estudo do clima. Em sua obra, defende:
- A A abordagem separatista dos elementos que compõem o clima com a finalidade de saber o comportamento do estado médio da atmosfera sobre um dado lugar.
- B A compreensão dinâmica a partir da proposição de técnicas paradigmáticas de análise de 50 anos para definição de uma classificação do clima das regiões do Brasil.
- C A integração sistêmica que definiu o estudo geográfico do clima no Brasil e no mundo, a partir da quantificação dos elementos do clima e seu estado médio da atmosfera.
- D O entendimento do clima através de seu ritmo e sua avaliação é realizada por meio da técnica da análise rítmica, a qual visa para relacionar as variáveis meteorológicas com a dinâmica da atmosfera.
- E A incorporação de estudos realizados por pesquisadores estrangeiros do conceito de anos-padrão, ou seja, aqueles afetados por irregularidades na circulação atmosférica.