Resumo de Biologia - Adrenalina

A adrenalina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano através das glândulas suprarrenais. A substância, também chamada de epinefrina, funciona como um mecanismo de defesa do organismo, sendo liberado toda vez que o corpo precisa responder a algum estímulo externo.

Composição química da adrenalina

A fórmula química da adrenalina é C9H13NO3.  Ela é produzida pela glândula adrenal, também chamada de glândula suprarrenal, localizada acima dos rins. Seu nome foi inventado pelo bioquímico japonês Jokichi Takamine, primeiro cientista a realizar o isolamento e purificação do hormônio.

O nome surgiu do prefixo “ad”, referente as glândulas adrenais, que indica proximidade, mais o sufixo “ina”, que é o sufixo usado na nomenclatura de compostos do grupo das aminas. A sua molécula possui dois enantiômeros (isômeros) compostos com a mesma fórmula molecular, mas que se distinguem em relação a atividade óptica.

Um isômero é responsável pelo desvio do plano de luz polarizada para a direita, denominado de adrenalina dextrogira, enquanto o outro desvia o plano da luz polarizada para a esquerda, sendo chamado de adrenalina levogira.

A diferença entre os dois isômeros costuma ser bem aparente com relação à maneira como agem no organismo. Nos isômeros da adrenalina, por exemplo, a atividade hormonal é realizada com mais frequência pela adrenalina levogira.

Glândulas suprarrenais

As glândulas suprarrenais ou adrenais são as duas glândulas endócrinas do corpo. Elas são responsáveis pela produção e por secretarem os dois hormônios. Um deles é a adrenalina da qual estamos falando. O outro é o noradrenalina, hormônio relacionado com o raciocínio e as emoções. Sua função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.

Os dois hormônios atuam em reações psíquicas e físicas geradas por situações emocionais fortes, principalmente àquelas relacionadas ao estresse.

A glândula suprarrenal da direita tem o formato triangular, já a da esquerda possui o formato de meia-lua. Elas estão divididas entre duas regiões: o córtex suprarrenal externo, correspondente a cerca de 85% da glândula, e a medula suprarrenal, que é interna.

No córtex suprarrenal, essas glândulas produzem hormônios esteroides que regulam a concentração de água e sais no corpo (homeostase mineral).

Além dessa função, produzem hormônios que atuam na transformação da gordura em glicose pelo fígado. Um exemplo disso é o glicocorticoide, conhecido como cortisol, que atua na degradação dos triglicerídeos.

Ação da adrenalina no corpo

Como foi mencionado, quando é liberada, a adrenalina prepara o corpo para um determinado esforço sempre que ele é exposto a uma situação de emergência, como medo, stress, fortes emoções, etc., e precisa reagir.

Com isso, ela pode provocar algumas reações que, na maioria das vezes, são involuntárias:

  • Palidez;
  • Sudorese excessiva;
  • Aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia);
  • Contração dos vasos sanguíneos (vasoconstrição);
  • Tremores involuntários;
  • Dilatação das pupilas e brônquios;
  • Relaxamento ou contração de músculos;
  • Aumento da glicose no sangue;
  • Aumento da frequência respiratória e pressão arterial.

No vídeo abaixo, acompanhe como essas reações acontecem:

Funções

Além de hormônio, a adrenalina é um neurotransmissor. Entre os efeitos mais importantes causados por essa substância está o que ela exerce sobre o sistema cardiovascular.

Isso porque, agindo como hormônio, ela mantêm a frequência cardíaca e a pressão arterial equilibrada, tanto quando a pessoa é exposta a situações de estresse, como quando ela está em repouso.

A adrenalina levogira, citada acima, age como um importante hipertensor e vasoconstritor. Assim, ela pode ser usada como medicamento para controlar a frequência cardíaca, a pressão arterial, a broncodilatação e como vasoconstritor, quando uma anestesia é aplicada.

A adrenalina ainda é responsável por estimular a secreção de hormônios tais como a insulina, a gastrina, a glucagon, dentre outras. Ela participa da degradação de triacilgliceróis, encontrados no tecido adiposo, e também promove a fosforilação de proteínas no fígado, envolvidas na regulação do metabolismo do glicogênio.

Além disso, está relacionada com o orgasmo, uma vez que aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos relacionados com as atividades sexuais, acelerando os batimentos cardíacos e a respiração.

Sistema endócrino

Em ação com o sistema nervoso, o sistema endócrino é responsável pela regulação e controle das funções do organismo. Entre as atribuições desse sistema é possível citar a sua atuação no crescimento de tecidos, no metabolismo de carboidratos e no equilíbrio hídrico do corpo.

Ele é composto por diversas glândulas, chamadas de glândulas endócrinas, como é o caso das glândulas suprarrenais que produzem a adrenalina. Os hormônios assumem o papel de estimular ou inibir determinadas funções metabólicas. Além disso, cada hormônio atua apenas sobre alguma célula específica, denominadas de células-alvo.

No caso da adrenalina, suas células-alvo são: o músculo, o fígado, o coração, o cérebro, os vasos sanguíneos e o intestino. Além das glândulas suprarrenais, existem outras glândulas no sistema, como a pineal, a hipófise, a tireoide, a paratireoides, o pâncreas, os ovários(mulheres) e os testículos(homens).