África Subsaariana é o termo usado para explicar as nações africanas situadas na região sul do deserto do Saara. É uma das regiões mais pobres do planeta Terra, por isso apresenta altos índices de mortalidade infantil, analfabetismo e baixa expectativa de vida.
Desde o século XIX, essa região do planeta começou a ser chamada de África Negra pelos ocidentais. Esse nome remetia ao local habitado por indivíduos da negros que ainda não tinham sido colonizados pelos europeus. O termo caiu em desuso e foi classificado como pejorativo.
A região é vista como o berço da humanidade.
Nações da África Subsaariana
A África Subsaariana é composta pelos seguintes países:
País | Capital |
África do Sul | Cidade do Cabo, Pretória, Bloemfontein |
Angola | Luanda |
Benin | Porto Novo |
Botsuana | Gaborone |
Burkina Faso | Uagadugu |
Burundi | Gitega |
Camarões | Yaoundé |
Cabo Verde | Praia |
Chade | Djamena |
Congo | Brazzaville |
Costa do Marfim | Yamussucro |
Djibuti | Djibuti |
Guiné Equatorial | Malabo |
Eritreia | Asmara |
Etiópia | Addis Ababa |
Gabão | Libreville |
Gâmbia | Banjul |
Gana | Acra |
Guiné | Conakri |
Guiné-Bissau | Bissau |
Ilhas Comores | Moroni |
Lesoto | Maseru |
Libéria | Monróvia |
Madagáscar | Antananarivo |
Malauí | Lilongwe |
Mali | Bamako |
Mauritânia | Nouakchott |
Maurício | Porto Luís |
Moçambique | Maputo |
Namíbia | Windhoek |
Níger | Niamei |
Nigéria | Abuja |
Quênia | Nairóbi |
República Centro | Africana – Bangui |
Ruanda | Kigali |
República Democrática do Congo | Kinshasa |
São Tomé e Príncipe | São Tomé |
Senegal | Dacar |
Seychelles | Victória |
Serra Leoa | Freetown |
Somália | Mogadíscio |
Sudão | Cartum |
Suazilândia | Mebabane, Lobamba |
Tanzânia | Dodoma |
Togo | Lomé |
Uganda | Kampala |
Zâmbia | Lusaka |
Zimbábue | Harare |
Contexto histórico
O começo da história da África Subsaariana está ligado ao processo de colonização realizado pelos europeus. No decorrer do século XX, a Europa passou por uma grande onda de industrialização, isso aumentou a necessidade de matérias-primas baratas e mercado consumidor
.
Todos os países que se industrializavam queriam garantir suas posses coloniais no mundo. Entre os anos de 1884 e 1885 aconteceu a Conferência de Berlim, na qual as potências europeias queriam encerrar as brigas pelos territórios africanos. Cada nação europeia tinha que avisar às outras sobre o interesse de colonização as terras.
Com isso, começou uma corrida imperialista cujas potências europeias estabeleceram os limites das colônias através de acordos entre si, não levando em consideração a história e as necessidades do povo africano.
As terras de vários povos foram divididas e diversas tribos reunidas em colônias que, anos depois, se transformariam em países.
Após essa divisão, desenvolveu-se a implantação de economias agroexportadoras, fazendo a população deixar de lado a economia tradicional de subsistência para desenvolver o sistema plantation.
Explorando a mão de obra de baixo custo nas plantações direcionadas para a exportação, o povo ficou muito dependente desses pagamentos para garantir a sobrevivência
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Depois da Segunda Guerra Mundial e, essencialmente, na década de 1960, grande parte das colônias europeias na África deu espaço a países independentes, contudo a situação piorou. A construção de fronteiras artificiais provocou guerras civis e conflitos separatistas entre as tribos rivais dentro de cada país.
Outro ponto que agravou a pobreza depois da Segunda Grande Guerra foi a diminuição dos preços internacionais dos produtos do setor primário cultivados naqueles países. O algodão, o café, o açúcar, o cacau e as frutas tropicais foram os mais afetados.
A inconsistência política associada ao sistema plantation com lucros cada vez menores provocou crises de fome no continente. O problema e a fome levaram a expansão da violência, das guerras, dos conflitos separatistas e das epidemias de doenças, principalmente da AIDS.
População
A população da África é de aproximadamente 889 milhões de habitantes, a maioria deles – 500 milhões – habitam a África Subsaariana. Essa população cresce anualmente 2,5%.
O rápido crescimento populacional tem desenvolvido grandes preocupações como a falta de alimentos para todos.
A população da África Subsaariana apresenta os piores índices socioeconômicos do mundo. Para ter um exemplo, a população dos países desenvolvidos tem expectativa de vida superior a 70 anos, enquanto nessa parte do planeta a média não ultrapassa os 45 anos.
A baixa expectativa de vida é resultado da má nutrição, falta de assistência médica e ausência de saneamento básico nos meios rurais.
Economia da África Subsaariana
O extrativismo é a principal atividade econômica da África Subsaariana. Nessa parte do continente africano ficam guardadas 7% das reservas de petróleo do planeta e importantes reservas de fosfato, cobre e cobalto.
O turismo é um setor que vem crescendo muito nos últimos anos, porque as praias da Tanzânia e as reservas naturais do Quênia despertam o interesse dos visitantes europeus e americanos.
A África Subsaariana vem recebendo grandes investimentos dos chineses para garantir matéria-prima e terras para alimentar sua população. A região cresceu muito no início do século XXI por causa do crescimento nas exportações.
Doenças da região
Além da pobreza extrema, que afeta as regiões pelas frequentes guerras civis, a África sofre com uma pandemia de AIDS.
Nos países da África Subsaariana existe uma grande quantidade de órfãos de pais que morrem ainda jovens devido ao agravamento da doença.
A África do Sul tem aproximadamente 4 milhões de órfãos por causa desse grave problema. No Malawi é possível encontrar crianças e adolescentes que já são chefes de família, pois os pais morreram em consequência da doença.
Entre os motivos os altos índices de contaminação está a exploração sexual e o não tratamento às mulheres, que são vistas como inferiores.