A sigla em inglês AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
. Causada pelo vírus HIV, é uma doença infectocontagiosa que destrói o sistema imunológico do seu portador. Sem essa proteção natural do organismo, o sujeito fica exposto a vários tipos de doenças.
A AIDS é uma DST- Doença Sexualmente Transmissível, mas também pode ser transmitida de outras maneiras. O tratamento para a doença está avançando a cada dia, mas ela ainda não possui cura.
Como acontece a infecção pelo HIV
O vírus HIV, causador da AIDS, pode ser transmitido de várias maneiras. Sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno podem carregar uma quantidade suficiente do vírus para causar a sua transmissão.
Para que isso aconteça, é necessário que o material infectado de uma pessoa, penetre o organismo de outra.
Portanto, a transmissão pode acontecer através do ato sexual desprotegido, no compartilhamento de seringas, agulhas, ou qualquer material cortante, na transfusão de sangue e na transmissão vertical, da mãe infectada para o feto, no momento do parto normal, a chamada AIDS congênita. Também pode ocorrer durante a gestação e no momento da amamentação.
O vírus HIV pode sobreviver no ambiente por alguns minutos, mas a sua transmissão só acontece a partir do contato com as mucosas ou áreas feridas do corpo.
A AIDS não pode ser transmitida através do beijo, pelo ar, pelo suor, uso de banheiros públicos, banho de piscina ou picada de mosquito, por exemplo.
Uma questão importante é que todo paciente com AIDS é um HIV positivo, mas nem todo HIV positivo é portador da AIDS. O vírus pode levar até dez anos no organismo sem apresentar nenhum sintoma, por isso algumas pessoas acabam o transmitindo aos seus parceiros.
Diagnóstico e sintomas da AIDS
Podem ser feitos dois tipos de exames de sangue para detectar a presença do vírus. O mais utilizado é o Elisa. Ele pode registrar a infecção vinte dias após o contágio, e leva alguns dias para ficar pronto.
A outra opção é o teste rápido, que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). O resultado sai em 30 minutos. Ele também deve ser feito a partir de duas semanas do possível contágio.
Os dois testes podem dar resultados falso positivos, por conta da interferência de outras doenças, como lúpus, câncer e artrite reumatoide. É importante que, caso positivo, o teste seja feito novamente.
Na maioria dos casos de infecção, os pacientes apresentam, inicialmente, sintomas como um mal estar ou uma virose, mas isso varia de acordo com o sistema imunológico de cada um.
Esses sintomas podem demorar entre três e seis semanas para surgirem. Os mais comuns são: febre, fraqueza, diarreia, manchas na pele, calafrios e dores de cabeça.
Com o tempo, alguns sintomas mais graves vão surgindo, como: anemia, perda de peso, além das doenças oportunistas, como a pneumonia, tuberculose e meningite, por exemplo.
Veja um pouco mais no vídeo a seguir:
Tratamento
A AIDS não tem cura, mas existem diversas formas de tratamento que contribuem para a qualidade de vida de quem convive com o vírus.
O uso de comprimidos como o AZT, por exemplo, só passou a ser prescrito a partir de 1995, e mudou a concepção de AIDS que existia até então. Os pacientes, que morriam pouco tempo após o diagnóstico, agora já conseguem conviver com o vírus por muitos anos e ter uma vida normal.
Quanto antes for descoberta a doença, maiores as chances de evitar danos ao sistema imunológico do paciente. Hoje já é possível fazer um controle maior da doença. O coquetel anti-HIV, por exemplo, é uma combinação de drogas que ataca o vírus, evitando maiores complicações.
Esse coquetel antirretroviral pode ser receitado antes da doença se manifestar, aumentando a sobrevida e melhorando a qualidade de vida do portador. Os efeitos colaterais do uso da medicação são: diarreia, náusea, insônia e vômito. O uso contínuo de remédios também pode causar problemas nos rins e no fígado.
O uso da medicação não pode ser interrompido pelo paciente por conta própria.
É importante manter o acompanhamento médico, já que outras doenças estão sujeitas a aparecer por conta da quantidade de medicação. É recomendado também que o paciente se adapte a um estilo de vida saudável, com prática de atividade física e alimentação balanceada.
Existe também a profilaxia pós-exposição. Conhecida como “coquetel do dia seguinte” é o tratamento iniciado entre 2 e 72 horas após o risco de contágio. O tratamento dura 28 dias e possui os mesmos efeitos colaterais do tratamento para um paciente já infectado.
Como se prevenir?
A forma mais eficaz de prevenção da AIDS é o uso de camisinha durante as relações sexuais. Outra maneira é não compartilhar agulhas, seringas e demais objetos cortantes. Os materiais usados em tatuagens e piercings, por exemplo, devem ser descartáveis.
É importante fazer o teste de HIV periodicamente, pois quanto antes o vírus for detectado, melhor a qualidade de vida do paciente.
A grávida deve fazer o teste durante o pré-natal, e caso esteja infectada, deve iniciar o tratamento o quanto antes, podendo evitar que o vírus seja transmitido para o feto.
Caso já tenha a doença, é importante tomar a medicação nas doses e horários receitados pelo médico, apesar dos efeitos colaterais. Quem faz o tratamento deve dormir e se alimentar corretamente, não exagerando no álcool e no cigarro.
Hoje, ao contrário de antigamente, a AIDS não é mais considerada uma sentença de morte. É uma doença que, apesar de não ter cura, pode ser controlada e o paciente ter conviver com ela normalmente, de maneira saudável e com qualidade de vida.