Resumo de Biologia - Algas

As algas têm a aparência similar com a de uma planta e possuem o ambiente marinho como principal habitat. Elas fazem parte do reino Protista, que agrupa os organismos considerados inferiores em escala evolutiva.

Os tipos de algas mais comuns são verdes (mais de 1.800 espécies), marrons (cerca de 2.000 espécies) e vermelhas (mais de 7.200 espécies).

O nome “algas” é usado para designar o grupo de várias espécies macroscópicas e multicelulares. Esse conjunto inclui tipos como Rhodophyta (vermelha), Phaeophyta (marrom) e Chlorophyta (verde).

As espécies como kelps servem de habitat para a pesca e outras espécies marinhas, protegendo assim as fontes alimentares.

Outras espécies desempenham um papel na captura de carbono (C), produzindo até 90% do oxigênio do planeta Terra. As marinhas funcionam como uma fonte de compostos biologicamente ativos, como proteínas e polissacarídeos.

Utilidades das algas

Muitos alimentos processados e consumidos no dia a dia, como iogurtes, achocolatados e cerveja preta, podem conter polissacarídeos de algas marinhas, como ágar, carragena e alginatos.

Esses organismos não são venenosos e algumas espécies, inclusive, são usadas como alimento humano em países asiáticos como Japão, China e Coréia.

As principais espécies comestíveis são Nori ou Zicai, Porphyra, Kombu, Kunbu ou Haidai, Laminaria ou Saccharina e alga Wakame, todas cultivadas pela aquacultura.

Elas também são usadas para aplicações industriais e servem como fertilizante. Sua utilização no setor industrial concentra-se, principalmente, na extração de ficocolóides e de certos compostos bioquímicos.

Elas são usadas, ainda, em cosméticos e como fertilizantes orgânicos. Na Irlanda e Grã-Bretanha esses organismos servem como fonte para banhos terapêuticos. O uso de algas marinhas como biocombustível é estudado como uma opção possível para o futuro.

Características e classificações

Os critérios de classificação são feitos com base no tipo de pigmento que possuem. Elas podem ser eucariontes (com membrana nuclear) e autótrofos (com capacidade para produzir o próprio alimento) por meio da fotossíntese.

Esses organismos apresentam grandes diferenças em suas estruturas anatômicas. Por isso, para as suas identificações, são classificados em grupos ou filos.

Grupo Clorofíceas

As espécies do grupo clorofíceas, conhecidas popularmente como algas verdes, podem ser encontradas nos oceanos, nas águas doces ou associadas a outros organismos como os fungos.

Apresentam, predominantemente, clorofilas com pigmentos fotossintetizantes, o que dá a cor verde nesses organismos, além de possuírem apenas celulose em sua parede celular e amido como reserva energética.

Grupo Feofíceas

Desse grupo fazem parte as popularmente chamadas de algas pardas ou algas marrons. Elas são pluricelulares e flutuantes, com estruturas formadas por bolhas de ar.

A parede celular  possui celulose e algina, que apresenta propriedades espessantes. As feofíceas apresentam como pigmentos fotossintetizantes a clorofila C, responsável pelo pigmento amarronzado.

Filo Chlorophyta

Inclui, aproximadamente, 17.000 espécies de algas verdes, divididas em 450 gêneros, encontradas em água doce, salgada e, também, no ambiente terrestre. Possuem representantes unicelulares e pluricelulares, sendo que a maioria é microscópica.

Filo Phaeophyta

Inclui cerca de 1.500 espécies de algas pardas. Esse filo possui, apenas, espécies marinhas. A diferença física dos demais tipos consiste em ter um corpo que lembra caules e folhas e tecidos condutores que lembram os das plantas.

Filo Rhodophyta

Inclui cerca de 6.000 espécies de algas vermelhas que vivem em ambientes marinhos, água doce e em locais úmidos.

Estrutura das algas

Popularmente, as algas marinhas são associadas às plantas arbóreas devido a sua aparência. A anatomia das algas inclui:

  • Thallus: corpo de algas.
  • Lamina ou lâmina: estrutura achatada, semelhante a uma folha.
  • Stipe: estrutura de haste presente em algumas espécies.
  • Kelp, float: órgão que auxilia na flutuação entre a lâmina e o stipe.
  • Fuco, bexiga de ar: órgão que auxilia na flutuação da lâmina.
  • Sorus: cluster de esporos.
  • Holdfast: estrutura que fornece fixação a um substrato.
  • Haptera: extensão que ancora em um substrato bentônico.

Nota: stipe e lâmina são também conhecidas como fronde.

Habitat das algas

A maioria dos organismos dessa espécie é encontrada no mar e na água doce, mas existem espécies que podem ser encontradas no meio terrestre úmido. Em ambiente marinho as algas podem constituir comunidades conhecidas como fitoplâncton e fitobentos.

Por fitoplâncton entende-se que é uma comunidade formada, principalmente, por muitas microalgas que flutuam livremente na água.

Os fitoplânctons são essenciais para a produção de alimentos orgânicos e liberação de oxigênio para a água e atmosfera. Eles formam a base das cadeias alimentares aquáticas, servindo de comida para os animais marinhos.

Já os fitobentos formam uma comunidade de algas, em sua maioria macroscópicas, que encontram-se fixas no solo marinho como rochas.