Resumo de Educação Artística - Arquitetura

A arquitetura é a ciência por trás das construções, desde sua projeção até a sua estruturação. Em outras palavras, a arquitetura trata de todas as etapas do planejamento de um local, pensando em questões de organização, estética e, principalmente, habitação.

A palavra deriva do grego “arkhé”, que quer dizer “primeiro ou principal”, e “tékhton”, que significa “construção”. Ela existe desde que os seres humanos passaram a buscar locais para se abrigar, seja para se proteger de animais, inimigos e das intempéries do tempo.

A formação em arquitetura é essencial para o profissional que, a partir de então, vai cuidar dos detalhes do projeto que envolvem técnicas. Entre essas particularidades está a utilização de material para que a obra seja viável, além de questões dimensionais para o uso dos espaços pelas pessoas.

A evolução da arquitetura

A arquitetura, como forma de arte, pode ser encontrada nas primeiras grandes obras da antiguidade. Entretanto, os primeiros sinais de que o homem buscava projetar espaços para se abrigar existem desde a Pré-História.

É possível encontrar ainda períodos em que a história da arquitetura se confunde e se mistura com a história da arte. Períodos em que as estéticas de ambas as áreas se juntam e correm juntas.

Não existe uma definição exata de quando ela começou. Mas construções feitas com tijolos de lama, por exemplo, são encontradas no Oriente Médio e na Ásia Central, datadas de cerca de sete milênios a.C.

Desde o período rupestre que os homens das cavernas já buscavam locais para se abrigar. Desde que passaram a ficar eretos, eles buscavam espaços como cavernas. Mas é ainda na Pré-História que o homem começa a usar a pedra para construir abrigos projetados.

O período Neolítico é marcado pelo surgimento de povos em diversas regiões. Esses, já começavam a desenvolver seus abrigos utilizando ainda a pedra, mas com novos formatos e novas formas de sustentar as estruturas.

Outros materiais passam a ser utilizados e novos formatos de construções começam a surgir. Muitos teóricos da antiguidade acreditavam em um mito que dizia que os humanos haviam recebido uma mensagem dos deuses, com instruções sobre como fazer os novos abrigos.

Arquitetura na antiguidade

O avanço da humanidade trouxe novas necessidades de moradias, assim como novas ameaças, o que fez com que a arquitetura se desenvolvesse com foco na proteção contra esses novos perigos.

Surge, assim, a arquitetura militar medieval, que tinha como foco a estruturação e construções de edificações como castelos e fortalezas.

Ainda nessa época, as civilizações viviam sem conhecimentos científicos, o que fazia com que muitas delas se baseassem apenas em devoção a deuses ou forças sobrenaturais. Por isso, a arquitetura e outras áreas da sociedade se desenvolviam com base em adoração ou respeito a essas forças.

Nas diferentes civilizações é possível encontrar templos e construções que revelam como as construções eram empregadas nesse sentido. Alguns exemplos são a arquitetura egípcia, persa, babilônica, etrusca, minoica, micênica, entre outras.

Na antiguidade, surgem duas das civilizações que mais contribuíram apara a história da arquitetura: a grega e a romana. Enquanto a arquitetura de outras grandes civilizações se desenvolvia apenas com foco em construções militares, residencial e religiosa, essas duas constituíam as cidades com diferentes espaços.

Nesse contexto, a arquitetura grega e a arquitetura romana começam a construir espaços com foco na vida em sociedade. Surge a pólis, palavra que descreve as cidades gregas, construídas como comunidades organizadas e integradas pelos cidadãos nascidos nessas regiões.

Surgem então os grandes templos e espaços como a ágora, que eram espaços onde se realizavam reuniões distintas e que unia cidadãos da pólis. Surge ainda a acrópole, as cidades feitas nas partes mais altas das regiões, com significados religiosos e estratégicos, uma vez que do alto a cidade era melhor defendida em casos de invasão.

Idade média

A arquitetura da idade média é marcada pela evolução do cristianismo, o que fez com que crescessem o número de construções de catedrais. Muitas das artes dessa época estão associadas com as obras arquitetônicas. As linhas de construção, o uso de materiais e artigos decorativos se misturam às estruturas das obras.

Do início dessa época destacam-se a arquitetura paleocristã e a arquitetura românica, duas das principais linhas do período. Mais tarde, ainda na Idade Média, essas linhas viriam a ser substituídas pela arquitetura gótica.

Nessa fase, as construções que eram pesadas, com pouca iluminação e poucas entradas, passam a ser maiores, mais altas e com mais entradas.

Mas a arquitetura da Idade Média viu ainda o estilo bizantino, mourisca e moçárabe.

Idade moderna

Nesse período, as obras voltam a ter influências do estilo românico, mas não chegou a imitá-lo. Alguns elementos eram utilizados, mas somados às possibilidades de inovações técnicas e novos materiais.

Na arquitetura do renascimento eram valorizadas a proporção, a simetria e a regularidade. As obras contêm colunas e pilastras, arcos, e outros elementos que tonam as obras mais complexas e regulares do que as construções anteriores.

Ainda nessa época surge o maneirismo, cuja arquitetura desconstruía muitos dos ideais arquitetônicos do Renascimento. Mas esse estio foi perdendo força com os anos e acabou dando lugar a um novo estilo, que veio com mais força na arquitetura e em outras áreas.

A arquitetura barroca surge, principalmente, na construção de igrejas, mas não se limita e ela. As obras vão contra a simetria do Renascimento e traz construções com efeitos visuais, como espirais que eram usados nas fachadas e nas partes internas das construções.

As obras do período, que acompanhava tensões religiosas, se destaca na construção de templos religiosos. É o caso da Igreja chamada de Santissimo Nome di Gesù all’Argentina ou apenas Igreja de Jesus, em Roma. A obra, também chamada de Gesù, é considerada a primeira obra com elementos da arte barroca.

Ainda na Idade Média, surgem novos materiais que permitem novos tipos de construções. Com isso, o estilo barroco dá lugar à arquitetura neoclássica. Com o uso de materiais como metal e concreto, as obras deixam o exagero do barroco e passam a ser mais racionais e formais.

Com isso, são resgatados detalhes dos estilos anteriores, o que não torna o estilo uma inovação. A ideia do movimento era resgatar influência de estilos anteriores, unindo isso às possibilidades atuais.

Ainda nessa fase, surgiu o movimento Rococó, quando a arquitetura passa a utilizar mármore nas obras. O gesso e a madeira são utilizados também, pois permite melhor fixação das cores.

Arquitetura na contemporaneidade

Nos últimos séculos, novas tecnologias trouxeram inúmeras possibilidades para a arquitetura. Novos materiais, máquinas, modelos de projetos e outros elementos que tornaram o trabalho mais fácil, o que também levou crises para os projetos arquitetônicos. 

Começam então a surgir movimentos que remontam antigas características arquitetônicas passadas. Surge a arquitetura neogótica, neoclássica, e várias outras em diversos países, cujo objetivo era resgatar detalhes dos antigos movimentos para aplicar nas construções atuais.

Com o passar dos anos, com o sucesso e decadência de muitos dos movimentos, a arquitetura encontra novos caminhos e as construções passam incluir diversos materiais, além de unir-se às novas tecnologias. Surgem movimentos como a Art Nouveau, Art Decó e a arquitetura moderna.

Mais tarde, surge ainda a arquitetura pós-moderna e a high-tech. E esses são só alguns exemplos das formas de arquiteturas contemporâneas. Não há hoje como definir a arquitetura com uma palavra ou de um único lugar. A história dela é antiga e ela evolui de acordo com as civilizações, seguindo as novas tecnologias e as necessidades.