A Arte Mesopotâmica configura as diferentes expressões artísticas que eram produzidas pela civilização mesopotâmica por um período de aproximadamente quatro mil anos.
Eram diversas artes produzidas, dentre elas a pintura, escultura, arquitetura, artesanato, literatura, etc.
A nação mesopotâmica tinha alguns povos e dentre eles existiam os sumérios, acádios, assírios, caldeus e os babilônicos.
Eles ocupavam as terras onde atualmente está localizada a Turquia e o Iraque, mas que antes eram conhecidas como vale dos rios Tigre e Eufrates.
Os Mesopotâmicos eram politeístas, acreditavam que existiam diversos deuses e que suas divindades tinham ligação com a natureza: o Sol, a Lua, a chuva, o vento, por exemplo.
Por toda a fé que possuíam, algumas das artes produzidas eram de cunho religioso, o que era costume entre os povos antigos.
A arte assim produzida era anônima, ou seja, não recebia nenhuma assinatura. Além disso, os artistas desejavam que elas não fossem caracterizadas de forma singular.
De um modo geral, as obras de arte que eram feitas neste período serviam para que pudessem decorar os templos e os túmulos.
Cada cultura que existia na Mesopotâmia foi desenvolvida em meio a diferentes evoluções e com particularidades independentes.
Características da Arte Mesopotâmica
Existem alguns atributos que são exclusivamente ligados a arte mesopotâmica e os caracterizam de forma imponente, ainda que haja dificuldade pela grande quantidade de povos que se desenvolveram nesse território.
De uma forma muito ampla, a arte mesopotâmica fala sobre a história, a religião, as forças da natureza, a política e as várias conquistas dos povos que residiam na Mesopotâmia até o século VI a.C.
Para a produção, eles utilizavam materiais como a argila, o adobe, a terracota, a cerâmica, o cobre, o ouro, a prata, o bronze, o basalto, o estanho, o alabastro, o junco, o marfim, além de várias pedra preciosas.
Uma característica grandiosa da arte mesopotâmica era a grandiosidade que possuía as formas e, por isso, era considerada a arte mais desenvolvida desse período.
Tipos de Manifestações Artísticas
- Pintura Mesopotâmica: para a retratação de cenas do cotidiano, de guerra, rituais, deuses, cerimônias e história desse povo, eles faziam uso de mosaicos e de várias cores diferenciadas, mas com o preto, branco, vermelho e amarelo em maior volume. Seguindo esse estilo, os povos mesopotâmicos construíram grandes murais, artigos de utilidade e de adorno, além de realizarem muitas pinturas que serviam para enfeitar templos e palácios.
- Escultura Mesopotâmica: assim como as pinturas, várias esculturas eram feitas com a finalidade de enfeitar grandes espaços arquitetônicos. Costumavam seguir padrões do Realismo. Uma grande particularidade presente na arte mesopotâmica era a ausência de movimento, fazendo com que as esculturas fossem inflexíveis e consistentes. As produções traziam seres humanos, animais, seres mitológicos e deuses de forma frontal (em pé ou sentado), e eram produzidas grande parte a partir da utilização da argila e algumas outras eram feitas utilizando-se de pedras.
- Arquitetura Mesopotâmica: essas edificações eram marcadas pelo grande tamanho que possuíam. Nelas estavam inclusos os arcos, as esculturas, as pinturas de murais e também a ornamentação em baixo relevo, principalmente nos templos e palácios. Nas construções eram utilizados argila e tijolos queimados e cozidos ao sol.
- Literatura Mesopotâmica: outro modo pelo qual a arte mesopotâmica se destacou foi através da escrita, principalmente com a criação de poemas e de narrativas épicas. Um dos exemplos que pode ser salientado é a “Epopeia de Gilgamesh”, que deu inspiração para o dilúvio de Acádio.
A Arte Mesopotâmica nas Diferentes Culturas
- A Arte dos Sumérios: a primeira construção que eles conseguiram produzir foi o templo chamado de “Eanno“, ou “Casa do Céu“.
Dos materiais que eram utilizados pelos construtores, estava presente o tijolo de adobe sem cozimento, o que ajudava na elevação de fortes paredes que poderia suportar grandiosas cargas.
Do lado de fora, a construção tinha o formato de um paralelepípedo, maciço e casualmente era decorado através de formas geométricas.
Um dos exemplos religiosos mais expressivos foi o templo-torre, denominado de Zigurate, o qual possivelmente possui relação bíblica com a Torre de Babel. Ela é composta por vários terraços além de paredes em talude e rampas de acesso.
- A arte dos persas: as formas artísticas que são inerentes a essa população foi desenvolvida até o reinado de Dario I, que faleceu em 486 a.C. O centro político da vida deles era o palácio, localizado em Persépolis e possuía algumas características marcantes.
A primeira particularidade implícita é a decoração, a qual é legado da Assíria e possui touros alados androcéfalos com quatro patas como guardiões, além da decoração em formato de relevos mostrando cenas da corte com o rei aparecendo sempre em um tamanho maior.
A outra corresponde a monumentalidade espacial, possuidor de grandes ambientes (a apadana e a sala de audiências são exemplos) e colunas também bem avantajadas.
Por fim, a outra individualidade é a presença das pedras para poder colaborar com a construção, bem como capitéis com formatos de cabeças de touro que ajudavam na sustentação das vigas que faziam a cobertura.
- A arte Assíria: se destaca nas arte o chamado Novo Império, que corresponde ao período entre 883 a.C. e 612 a.C. Os assírios possuíam forte personalidade, a qual era marcada pela rigidez e violência.
Conseguiram estabelecer um forte império e que era comandado através do palácio do absoluto. Eles estavam dentro de uma cidade totalmente murada e o desenvolvimento artístico que mais tinha relevância era a decoração escultórica.
No fim do século oitavo, o rei Sargâo II conduziu os últimos anos em vida para poder levantar muralhas de impressionantes estruturas e possivelmente a colocação de abóbadas de tijolos. As portas possuíam proteção de animais imaginários ou reais que exercem variados poderes.
As salas tinham paredes cobertas por placas de alabastros com relevos e que continham cenas de vários registros diferentes.O soberano, tido como uma das figuras mais importantes, possuía um monumento através de um naturalismo exacerbado a fim de mostrar a força e outras representações sobre ele.