Resumo de História - As primeiras grandes navegações

As primeiras grandes navegações ocorreram no período em que o povo europeu estava em busca de novas terras para aumentar as rotas de comércio e consumo.

No século XV, o monopólio do mercado de especiarias era liderado por comerciantes de Veneza e Gênova, que cobravam muito caro por seus produtos. A partir disso, portugueses, espanhóis, ingleses e holandeses passaram a desbravar outras culturas para fortalecer suas nações.

Os séculos XV e XVI, também conhecidos como “Era do Descobrimento”, mudaram a realidade do velho mundo. A partir deste acontecimento, riquezas foram acumuladas, tragédias aconteceram, culturas foram exploradas, pessoas escravizadas e o planeta entrou em processo de globalização e desenvolvimento econômico e social.

A fim de intensificar riqueza, influência e poder, a expansão de fronteiras europeias resultou na colonização de praticamente todos os continentes. 

As primeiras grandes navegações e seus objetivos principais

O começo das expedições pelo mar se deu, principalmente, pela tomada da cidade de Constantinopla pelo povo turco no ano de 1453. Tudo porque esta era a cidade que detinha boa parte do comércio europeu com o oriente, por isso, quando a Arábia Saudita dominou o território foi preciso buscar novas rotas comerciais para continuar a relação bem sucedida com a Ásia.

Essa era histórica conta com o descobrimento das Américas em 1492 e com o estreitamento de relações comerciais da Europa com a Ásia e a África. Em meio a obstáculos, guerra e fome, Portugal se viu pressionado a tomar atitudes que o reconstruísse como nação novamente.

Além de fortalecer a questão da expansão econômica, outro grande objetivo da exploração de novas terras era a necessidade que os países europeus tinham em conquistar novos territórios para se firmarem e se estabilizarem como países unificados.

Produtos como especiarias, incensos e seda eram essenciais na época para venda e consumo. Como esses produtos eram advindos do Oriente e as rotas estavam prejudicadas, foi preciso reinventar a maneira de pensar e agir para chegar nesses locais.

Outro fator importante que explica melhor a época foi o movimento artístico nascido no século XV que questionava os costumes da Idade Média, a Renascença. Esse movimento refletia os pensamentos tradicionais, questões geográficas e incitava a busca por mais conhecimento. Daí surgiram as técnicas e habilitações para  as primeiras grandes navegações.

A necessidade de espalhar o cristianismo ao redor do globo e de firmar a fortaleza dos impérios europeus também foram fortes motivos para a expansão territorial da era dos descobrimentos.

As primeiras grandes navegações e os países europeus

As primeiras grandes navegações foram construídas por Portugal, país referência no desbravamento de outras regiões do mundo. O pioneirismo se explica por várias circunstâncias, como por exemplo:

  • A proximidade geográfica de Portugal com o oceano Atlântico;
  • A monarquia forte já consolidada;
  • Necessidade de novas rotas comerciais;
  • Estabilidade em questões políticas e internas;
  • Investimento em tecnologia náutica;
  • Potencial econômico favorecido pela burguesia e consagração vinda de vitórias passadas.

Devido aos motivos listados acima, a tecnologia náutica de Portugal era a mais poderosa do mundo. Por causa disso, os outros países da Europa roubavam as cartas de rotas e manuais de construção de transportes marítimos portugueses para construírem suas próprias caravelas, inspiradas no povo lusitano.

No início, os portugueses estavam em busca de alavancar a economia local e o comércio.  Após este fato, a necessidade de explorar e conquistar novas terras tomou conta dos principais países europeus. Espanha, Inglaterra, Itália e Holanda foram, juntos com Portugal, os grandes exploradores e desbravadores do novo mundo.

Economia e primeiros locais desbravados

O sistema feudal já era decadente no século XV e o mundo começava a dar sinais da necessidade de mudanças. O mercantilismo, primeiro indício do capitalismo, foi resultado da transformação econômica que era almejada no período, o que explica o estreitamento de relações entre reis e burgueses e a busca por novas terras que poderiam suprir esses interesses em comum.

Os primeiros lugares desbravados por Portugal foram as ilhas de Açores e Madeira, que ficam próximas das terras lusitanas no oceano Atlântico, no início do século XV.

A Ilha Terceira dos Açores foi a priori batizada de Brasil. Logo mais, no mesmo século, as Ilhas Canárias foram exploradas também pelos portugueses, franceses e genoveses depois de terem sido descobertas pelos espanhóis.

Depois das primeiras experiências bem sucedidas, as viagens marítimas tornaram-se constantes e mais distantes.

Mudanças para os envolvidos

A África passou por mudanças significativas em sua história na era em que as primeiras grandes navegações dominavam o mundo. Ao enviar escravos para a América, os países africanos ganhavam produtos manufaturados como pagamento. Era dessa forma que os burgueses se fortaleciam com as expansões marítimas.

O exército também cresceu por causa dos reis e banqueiros, pois muitos investimentos eram feitos. Já as pessoas que trabalhavam em bancos e os comerciantes que financiavam os navegadores impulsionaram o nascimento e fortalecimento de um novo comércio mundial

Na América, os produtos de metal e a agricultura predominavam. A burguesia e a monarquia estavam fortes o suficiente para liderar as decisões e o mercado financeiro teve papel essencial no cenário econômico.

Cada país já tinha sua administração diferenciada, funcionários públicos que respondiam aos reis e produção de recursos provenientes de fabricação de armas. Aliado a esse fatores, o trabalho dos marinheiros fazia com que as contas do tesouro real aumentassem.

As capitanias hereditárias viraram uma realidade, pois os poderes e territórios precisaram ser divididos entre Portugal e Espanha.

Câmbios, créditos e notas ganhavam forma e, assim, os reis e demais monarcas recebiam mais impostos em carga e outros investidores eram beneficiados por essas atividades.

Como patrocinou a maior parte das navegações, o Estado Absolutista, altamente consolidado na época, conseguiu desfrutar de todos os lucros originários das expansões e descobrimentos.