Bitcoin é uma criptomoeda utilizada em transações financeiras virtuais sem a necessidade de abertura de contas em banco. É uma moeda assim como o real ou o dólar, mas que não possui estrutura física como as mesmas.
Também conhecida pela sigla BTC, esse tipo de estrutura monetária virtual também funciona como um software e protocolo. Nesse caso, as operações ocorrem através do formato Peer-to-Peer, o qual não necessita de intermediários. O P2P significa “par-a-par” e é o modo instantâneo como ocorrem as transferências de valores.
Surgimento do Bitcoin
O Bitcoin surgiu entre 2008 e 2009, quando um programador sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto divulgou o documento chamado White Paper of Bitcoin, que explicava o funcionamento da moeda digital criptografada.
O “bit” equivale ao dígito binário (dentro do contexto tecnológico o termo representa a menor unidade de informação) e “coin” significa moeda, traduzido do inglês.
Um Bitcoin não tem o preço normal do dinheiro usado em cada país. Na verdade, possui uma variação de valor, podendo custar mais que o preço real do dinheiro. Por exemplo, em determinado dia do ano de 2013, um Bitcoin chegou a valer 266 dólares, cerca de 533 reais, no entanto esse valor caiu pela metade no dia seguinte.
Como o passar dos dias, seu fica oscilando, ou seja, a BTC possui um grau de instabilidade que preocupa as pessoas que investem nessa espécie de dinheiro virtual.
Bitcoins: como funciona
Os Bitcoins são produzidos através de um processo chamado “Bitcoin mining” ou traduzido para a língua portuguesa: mineração de Bitcoin.
Para essa tarefa existem equipamentos específicos, o que gera bastante competitividade no mercado de venda desses instrumentos.
O criador da estratégia disponibilizou na rede 21 milhões de unidades que podem ser mineradas pelo usuário conectado à internet, através da resolução de problemas matemáticos. Os desafios têm seus níveis de dificuldades ajustados a cada período de tempo, assim a aquisição de moedas acontece dentro do limite de crescimento e sem causar inflação.
Quando as questões são resolvidas, o minerador recebe um bloco da moeda. Os limites e as dificuldades para conseguir uma unidade permitem que as pessoas levem mais tempo para conseguir e assim não cresce exageradamente, impedindo a sua desvalorização.
Antes de receber o bloco, o minerador precisa provar que sua máquina conseguiu realmente resolver o problema matemático. Para isso, existe o conceito de Proof of Work (PoW), na tradução geral quer dizer “prova de trabalho”, que tem o objetivo de validar as transações.
Por exemplo, ao resolver uma conta de matemática em uma prova na escola é necessário escrever toda a equação para provar ao professor que tal resultado foi encontrado através de um esforço imposto naquele cálculo. O PoW funciona mais ou menos assim.
A prova de trabalho que o PoW exige é a elaboração de um bloco válido para ser inserido no Blockchain (“corrente de blocos”). O Blockchain é o sistema no qual todas as operações são registradas pelos mineradores e cada bloco possui o registro de todas as operações que ocorreram nos últimos 10 minutos.
Essa é a tecnologia que possibilita o funcionamento do Bitcoin.
Segurança
O problema é que como essas moedas ficam guardadas no computador do próprio usuário, a vulnerabilidade aumenta e a segurança diminui facilitando a invasão de hackers.
Outra questão é a perda de hardware e senhas. Se o computador for corrompido de alguma forma e a pessoa perder suas Bitcoins, não há como recuperar. O usuário se torna totalmente responsável pelo seu dinheiro digital, já que não há uma instituição financeira envolvida.
No entanto, para violar o sistema geral da BTC, o hacker precisaria quebrar a estrutura de Blockchain inteira, o que é considerado quase impossível. Desde sua criação, jamais teve seu sistema corrompido ou hackeado, por isso é considerado extremamente seguro.
Bitcoin e o mercado financeiro
Bitcoin também é considerado um modo de investimento no mercado financeiro e na economia de mercado. Deferentemente do dinheiro comum, pode ser fracionado, ou seja, não é necessário usar apenas a unidade inteira, pois também pode ser dividido em, por exemplo, meio Bitcoin, um terço etc., que também podem ser negociados dessa forma.
Na economia, é considerado um ativo, mesmo não possuindo formato físico. Depois da popularização, muitas lojas e organizações começaram a receber a criptomoeda como doação ou pagamento.
A mineração de Bitcoins passou a ser uma atividade destinada a pessoas com super máquinas
, pois o computador comum não tem estrutura para explorar essas moedas. Isso porque a quantidade de interessados aumentou significativamente desde sua origem.
No entanto, é possível adquirir Bitcoins comprando em corretoras, como na bolsa de valores, inclusive sob o formato de commodities. Outra forma é aceitar a criptomoeda como forma de pagamento ao vender bens e serviços. Em muitos casos, as taxas de processamento são consideradas baixas ou até mesmo nulas.