O termo botânica é de origem grega “botané” e significa “planta”. Muito necessária para o meio ambiente, é um campo científico da biologia que estuda a fisiologia e a estrutura das plantas, fungos e algas, além de outras áreas como a taxionomia e ecologia vegetal, fitogenética, fitopatologia, dentre outras classificações pertencentes ao reino plantae.
História da Botânica
Antigamente, os naturalistas dividiam os seres vivos em grupos conforme a semelhança de características. Para esse processo eram feitas observações. Só existiam dois grupos no início: Reino Animal e o Reino Vegetal.
Os primeiros estudos da área surgiram na Grécia antiga, por volta de -371 a.C a 287 d.C. quando o filósofo grego Theophrastus, discípulo do filósofo Aristóteles, classificou os vegetais. Ele escreveu as obras ‘Historia Plantarum’, ‘História das plantas” e ‘De Causis Plantarum’ ‘Sobre as causas das plantas’. Theophrastus é considerado o pai da botânica.
Existem literaturas que apontam o alemão Otto Brunfels como o pai da botânica moderna ou científica. Por volta de 1530 ele publicou o primeiro livro sobre botânica, “Herbarium”, que traz ilustrações e termos específicos sobre plantas. Junto com ele, Carl Von Linné, sugeriu no século XVIII uma categorização para o reino plantae, considerado também o pai da taxonomia.
A Botânica, no Brasil, chegou junto com os portugueses, mas só teve reconhecimento em meados de 1808 com a vinda da corte para o Brasil. Nesse mesmo ano foi fundado o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, considerado até hoje como um dos mais importantes do país.
A Botânica foi evoluindo a partir da colaboração dos naturalistas. O progresso desta ciência se deu através da publicação de livros, conferências científicas, criação de herbários (coleção dinâmica de plantas secas prensadas) e jardins botânicos.
Atualmente ela se divide em inúmeras especialidades e a filogenética (disciplina científica que estuda a origem dos organismos vivos e suas relações) contribuiu para o entendimento da evolução das plantas.
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Características
As plantas possuem diversas características, dentre elas, as mais importantes são: presença de células com núcleo delimitado pela carioteca (eucariontes), produção do próprio alimento através da fotossíntese (autótrofos), e apresentam mais de uma célula (multicelulares).
Células das Plantas
As plantas são formadas pelas células vegetais. Diferenciam-se das células animais por apresentarem cloroplastos, vacúolos e parede celular.
Encontradas em grande quantidade no citoplasma das célula vegetais, os vacúolos são responsáveis por guardar substâncias e controlar a entrada de água na célula.
Próprias de células vegetais, os cloroplastos são organelas encontradas na clorofila, pigmento indispensável para a realização da fotossíntese.
A parede celular dos vegetais é formada pelo polissacarídeo celulose, responsável pela manutenção, sustentação, resistência e proteção contra organismos capazes de causar doença em um hospedeiro.
Histologia dos vegetais
A Histologia Vegetal é a disciplina da biologia que estuda os tecidos vegetais. São células agrupadas de forma similar, formando os caules, folhas, raízes e demais partes da planta.
Os tecidos são divididos em meristemáticos, compostos por células indefinidas, responsáveis pelo crescimento do vegetal; e tecidos permanentes, também chamados de tecidos adultos. Eles são distintos e classificam-se de acordo com a função que desempenham.
Estrutura da planta
As plantas são divididas em: folhas, flores, raízes, semente, caule e frutos. Cada uma delas desempenha uma função que garante a sobrevivência do vegetal.
- Folha: responsável por preservar as sementes, realização da fotossíntese, transpiração e respiração;
- Flore: responsável pela formação de frutos e sementes;
- Raíz: responsável pela absorção e transporte de substâncias;
- Semente: responsáveis pelo nascimento de novas plantas;
- Caule: sustentação e condução de substâncias. Leva sais minerais e água através da raiz para as outras partes da planta;
- Fruto: responsável por proteger as sementes.
Reino Vegetal
O Reino Vegetal, também chamado de Reino Plantae, compreende os organismos autotróficos, eucariontes e fotossintetizantes. Divididos em quatro grupos principais, as plantas são agrupadas de acordo com a presença ou ausência de vasos condutores, sementes, flores e frutos. Essas classes são as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
As briófitas são o grupo de plantas mais simples. De estrutura pequena, elas pertencem a classe das avasculares e não possuem folhas, caule, nem raízes. Seu habitat natural é preferencialmente ambientes úmidos.
A reprodução é feita de forma assexuada ou sexuada. A maior parte das espécies são plantas femininas e masculinas chamadas de dioicas. As outras são designadas monoicas, ou seja, hermafroditas.
As pteridófitas, diferente das briófitas, são vegetais que apresentam vasos condutores, caule e raiz, mas não possuem sementes. A reprodução também pode ser feita de forma assexuada ou sexuada. Essas plantas necessitam de água para reproduzir. São representadas pelas samambaias, avencas e cavalinhas.
As gminospermas, diferente das briófitas e pteridófitas, possuem sementes. Nesse conjunto de plantas, a propriedade que mais se destaca é a semente nua, isto é, não envolvida por frutos. O sistema reprodutivo dessa classe é o estróbilo e pode ser masculino ou feminino. A planta mais conhecida que representa esse grupo é a araucária.
Por último as angiospermas, classe mais complexa do reino plantae, todavia, a mais predominante por apresentar flores e frutos que agem trazendo polinizadores e dispersores. A flor é a estrutura reprodutiva desse grupo. As roseiras, coqueiros e os cactos são exemplos dessa espécie.
Curiosidade
A maior espécie de árvore do planeta é a sequoia. Gigante, ela é encontrada nos Estados Unidos e pode atingir até 110 metros de altura.
A menor árvore do mundo é o salgueiro-anão (salix herbácea). Mede de 4 a 5 centímetros e é muito encontrada em regiões frias do hemisfério norte.