Resumo de História - Campo de Dachau

O campo de Dachau foi o primeiro campo de concentração nazista construído para a Segunda Guerra Mundial. O campo de Dachau teve seu funcionamento iniciado em 1933 e se tornou o primeiro campo de concentração oficial na época da guerra.

Neste campo, os prisioneiros eram submetidos a testes físicos e torturas das mais variadas formas. Experiências como testar novos medicamentos que às vezes causavam morte, paralisia ou outras deficiências eram práticas comuns dos nazistas em relação aos presos.

Os prisioneiros também eram obrigados a trabalhar com a força, construindo novas estradas, trabalhando como artesãos, com drenagens e até na produção de armas.

O campo de Dachau

O campo de Dachau se localiza a noroeste de Munique, na Alemanha. Originalmente era uma fábrica de pólvora, mas se tornou um campo de concentração construído pelos nazistas para torturarem prisioneiros políticos que eram impedidos de viverem uma vida normal e segura.

Inicialmente, os prisioneiros eram sindicalistas, alemães comunistas e rivais políticos dos nazistas. Logo após a abertura oficial do campo de Dachau, outros presos como judeus, homossexuais, testemunhas de Jeová e ciganos começavam a aparecer no espaço.

Em seu momento de maior destaque, o campo abrigou quase duzentos mil prisioneiros. O número exato de mortes nunca foi divulgado, mas os líderes do nazismo reportaram em torno de 32 mil mortes, porém especialistas e historiadores acreditam que o número tenha sido muito superior ao divulgado.

O campo de Dachau foi um projeto do comandante Theodor Eicke e serviu como modelo para os campos de concentrações que vieram em seguida. Alguns outros comandantes iam para Dachau para aprenderem a liderar um campo de concentração, portanto, o espaço também era local de treinamento para os guardas nazistas.

Esse campo de concentração não é apenas conhecido por ter sido o primeiro, e sim por ter marcado o início da era do domínio ariano de Adolf Hitler. Pessoas de quase 30 países diferentes estiveram no campo de Dachau que possuía uma câmara de gás e fornos crematórios.

A igreja Católica possui registros que indicam que milhares de padres, bispos e outros religiosos eram mantidos prisioneiros no campo de Dachau, porém entre alguns presos estavam intelectuais de destaque que conseguiram apoio das tropas norte-americanas, que mais tarde iriam dispersar as atividades do campo.

O campo de Dachau era dividido em duas partes: a parte do campo e a parte do crematório. No campo ficavam os religiosos que faziam oposição ao regime nazista e uma área para experimentos médicos, que incluíam torturas e experiências com malária e tuberculose. Entre a cozinha e as cadeias ficava um pátio que era destinado à execução dos prisioneiros.

Já a área do crematório possuía uma câmara de gás que nunca teve confirmação de uso para matar pessoas, porém era nessa área que se fazia a seleção dos presos que já estavam debilitados demais para trabalhar e tinham que ser mandados para outros campos para morrerem por “eutanásia” . Era lá também que se matavam os indivíduos por meio de tiros e forca.

A produção bélica sob o comando de Dachau era comum, principalmente nos últimos anos da Segunda Guerra. Cerca de 30 mil prisioneiros trabalhavam somente na fabricação de armamentos, milhares deles morreram por causa das condições desumanas de trabalho. Era o serviço desses presos que fortalecia o poder bélico alemão.

Com a chegada dos Aliados nos demais campos de concentração, várias transferências de prisioneiros eram feitas para o campo de Dachau, que já não tinha condições de abrigar mais presos. A superlotação do espaço gerou doenças e falta de higiene sanitária, o que resultou em mais mortes.

Em abril de 1945, uma infantaria dos Estados Unidos foi a responsável por libertar o campo de Dachau, depois de 12 anos de extermínios. No caminho, avistaram muitos corpos espalhados em muitos vagões de trem, alguns em elevado estado de decomposição. Consternados com a situação, os soldados americanos começaram a executar alguns líderes nazistas ali presentes, porém tudo foi rapidamente controlado pelos superiores no comando.

Dos presos remanescentes, alguns foram libertados e enviados de volta ao seu país natal, outros morreram de desnutrição, e outros faleceram em decorrência da Febre Tifoide que assolava na época. Para evitar pandemia nos países da Europa, a maior parte dos prisioneiros foi vacinada ou curada das doenças.

Alguns anos depois, o espaço foi utilizado como campo de refugiados e logo depois como um memorial, onde funciona um ponto turístico visitado até os dias de hoje.

Turismo no campo de Dachau

O campo  é aberto ao público de forma gratuita. Os turistas podem comprar um áudio-book em sua língua oficial por cerca de 4 euros para conseguirem entender mais sobre o que se passava nas dependências do espaço histórico.

Turistas dizem que é necessário cerca de meio período para visitar o campo inteiramente. É possível visitar a câmara de gás, os crematórios, a parte administrativa e os chamados barracões, que continham os banheiros e dormitórios.

Holocausto

O holocausto é o nome que se dá ao genocídio de milhões de judeus por parte dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Foi o maior genocídio da história moderna do mundo que dizimou vidas de pessoas por motivos políticos, étnicos e econômicos.

Estima-se que um milhão de crianças judias foram mortas, dois milhões de mulheres e três milhões de homens.

Em 2007, uma lei da União Europeia foi sancionada para punir quem negasse a existência do Holocausto.

Outros campos de concentração

  • Campo de Auschwitz
  • Campo de Bergen-Belsen
  • Campo de Buchenwald