Os Celtas eram os europeus do período antes de Cristo. Foram considerados bárbaros, pelos romanos.
Sem um rei, ou um líder maior, não havia entre eles um governo centralizado. Viviam em tribos repletas de clãs.
Apesar de não terem uma liderança uníssona, eram unidos. A religião e a língua era o que os faziam semelhantes.
Eles se organizavam em várias tribos. Os nomes dessas tribos e províncias originaram vários países atuais, como, por exemplo, a província da Irlanda.
Celtas: um povo tribal
Como explicado acima, a sociedade Celta era feita por tribos, além de províncias, povos e clãs.
Entre eles havia também distinção entre as etnias, como os gálatas, os belgas, os escotos, os trinovantes, os eburões, os batavos e os gauleses.
Além de todas essas formas de se distinguir uns dos outros havia também uma estrutura hierárquica: nobres, homens livres, servos, artesãos e escravos.
Como em todo povo tinha também os sacerdotes, as pessoas que cuidavam da religião. Esses tinham muito prestígio na sociedade dos Celtas.
Cultura Celta
As artes visuais, as músicas, a religião e tudo mais que se refere à cultura céltica é de grande riqueza.
As artes
A música Celta tem um grande legado. Muito divulgada na internet como um tipo de música relaxante, a música celta não é apenas um tipo de vídeo viral, mas possui bandas e cantores solo até hoje.
Tanto existe um nicho musical forte nesse estilo, quanto há festivais de música celta pela Europa.
O estilo musical desse povo é baseado em flauta, rabeca e harpas.
A música dos Celtas é popular na Irlanda, Portugal, Galiza, Olha de Man, Escócia, País de Gales, Cornualha e Bretanha.
As artes visuais são em maioria forjada em ferro, bronze, prata e ouro. Eles eram um povo da idade do ferro, então eram mestres nesse trabalho.
O objeto em metal produzido pelos celtas tem muitos desenhos da natureza, por que eles utilizavam muito para proteção de espíritos ruins.
Religião
Os historiadores divergem um pouco no que diz respeito à religião dos Celtas. Alguns afirmam que ela é o Druidismo, outros acreditam que são coisas diferentes.
Independente do nome é importante dizer que a religião celta é algo que fazia parte do cotidiano deles porque estava em tudo.
Eles não tiravam um tempo do dia para adorar os seus deuses, mas tudo que faziam era em prol disso.
Os Celtas eram politeístas e acreditavam que cada elemento da terra era um deus em movimento.
A comunidade creditava muito no poder da mulher, e tinham deusas muito importantes ligadas a fertilidade.
Existem também muitos símbolos Celtas que hoje são símbolos de decoração, tatuagem. Quem usa talvez nem saiba a raiz de tais desenhos.
Entre esses símbolos é possível destacar: o nó e a cruz celta, muito conhecidos. O nó tem o significado relativo ao símbolo do infinito, já que ele não tem nem início ou fim. E a cruz significa o equilíbrio da vida, já que é a união dos quatro elementos: terra, água, fogo e ar.
Mitologia Celta
Como os povos celtas eram muitos, com muitas tribos, existem vários deuses com identidades iguais, mas com nomes diferentes.
Como já foi dito eles eram politeístas. Havia deuses para a fertilidade, como era Epona, que sempre aparecia montada em um cavalo rodeada de potros.
Tinham um deus para o trovão, a exemplo de Taranis e muitos outros.
Cada região tinha seus deuses, a cultura irlandesa e dos galés (Irlanda e País de Gales), vão ter sempre deuses com nomes diferentes.
A morte
A morte tinha um valor diferente entre os Celtas. Em uma das crenças deles havia um lugar reservado para quem morresse: Mag Mell.
Mag Mell pode ser considerada o paraíso dos irlandeses. Próximo a Irlanda, esse lugar era uma ilha.
Não tinha espaço para culpas, julgamento, tristezas ou doenças.
Um lugar somente para o prazer.
Essa ilha tinha um governador, um deus, Manannán Mac Lir. Ele era o deus dos mares, o guarda do outro mundo.
Os vivos também podiam chegar a Mag Mell, mas só em casos de naufrágio, os grandes heróis, ou cidadãos comuns levados por uma tempestade.
Rei Arthur
Rei Arthur e a Excalibur, ou Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, ou então Rei Arthur e a Princesa Guinervere são nomes que você provavelmente conhece.
A história do rei que possui uma espada poderosa, que o fez vencer, sozinho, centenas de homens, trata-se de uma lenda Celta que foi se reinventando com o passar dos anos.
Não se sabe ao certo se Arthur existiu. O que é certo é que ele não foi rei, mas poderia ter sido um grande guerreiro que lutava na frente da batalha.
Nas histórias o colocam como um rei honesto, bondoso guerreiro.
A história ficou famosa na história medieval. Ficou anos sem ser muito citada. Nos séculos XIX e XX foi quando passou a ser mais falada e posta com roteiro de filmes e desenhos.
Veja no vídeo o que leva duvidar da existência de Arthur como um rei, e não apenas um simples cavaleiro.
O dia das bruxas é de origem céltica
Os Celtas tinham o costume de celebrar os mortos com o intuito de tirar deles informações sobre o futuro.
Entre eles aconteciam muitos festivais com esse propósito, embora possuíssem nomes diferentes entre as tribos.
Houve um período de escassez de comida na Irlanda que fez com que o povo migrasse para os Estados Unidos. Anos depois começaram a celebrar em outubro uma festa de colheita, usando fogueiras e fazendo comunicação com quem estava em outro mundo.
A festa foi mudando ao longo dos anos, se espalhando pelo mundo até que ficou conhecida apenas como Dia das Bruxas.
O legado dos Celtas
Apesar de terem sido derrubados pelos romanos, os Celtas deixaram um legado que não foi apagado durante os anos. Como já foi dito, a música permanece viva e toda a mitologia ainda é usada como conhecimento histórico.
As técnicas de manuseio dos metais também foi um legado deixado pelos Celtas. Eles foram os primeiros a usar moedas, que mais tarde foram sendo adaptadas.