Resumo de Geografia - Ciclo das Rochas

Entenda como acontece esse processo de transformação 


O ciclo das rochas é o resultado de uma série de fenômenos naturais que ocorre na superfície terrestre (litosfera), sendo o responsável pelos processos de transformação dos corpos sólidos formados por minerais. Essas mudanças, que podem levar milhões de anos, também dependem tanto da ação dos agentes endógenos – como terremotos, vulcanismo e tectonismo – quanto dos exógenos, a exemplo da chuva, vento e clima. 

Tipos de rochas 

Para compreensão de como acontece essas alterações cíclicas, é importante saber quais os tipos de rochas presentes na camada mais externa da terra. A depender da composição química, estrutura ou forma, são classificadas em:
Rochas magmáticas 
Também chamadas de ígneas, são formadas a partir do esfriamento e solidificação do magma, substância pastosa contida no interior do nosso planeta. Essa categoria ainda apresenta duas subdivisões: intrusivas – rochas que ficam abaixo da superfície e possuem uma grande quantidade de minerais – e extrusivas, que solidificam-se rapidamente e impedem a junção de minerais. 
Entre as magmáticas estão o granito, diorito, diabásio, basalto, obsidiana e pedra pome. 
Rochas sedimentares 

As rochas sedimentares ou estratificadas são constituídas por resíduos e matérias orgânicas de outras rochas (desgastadas pelos processos de erosão). As mais conhecidas são argila, areia, arenito, sal-gema e calcário. 
Com base nos processos de origem, elas são definidas como clásticas, aquelas que derivam dos sedimentos de outras rochas; químicas, as que nascem de etapas químicas e restos de mineiras; e orgânicas, que são oriundas de restos de animais. 
Rochas metamórficas
Esse tipo é resultante da transformação de outras rochas, que foram submetidas à umidade, pressão ou altas temperaturas. O processo que as originam, chamado de metamorfismo, acontece de três formas:
  • Metamorfismo dinamotermal ou regional – Sofre interferências da temperatura e pressão, e ocorre na profundidade da crosta terrestre. 
  • Metamorfismo termal ou de contato – Acontece por causa da incidência de altas temperaturas durante o contato entre as rochas ígneas.
  • Metamorfismo dinâmico ou cataclástico – É influenciado pela pressão e intenso atrito das rochas que ficam em zonas de movimentação. 
Alguns exemplos dessa classe de rocha são: mármore, ardósia, xisto, gnaisse e quartzito. 



Ciclo das rochas 

O ciclo das rochas que possibilita o desenvolvimento das classificações que vimos acima. E, para isso, precisa passar por algumas etapas. Vejamos quais são elas:
Magma: o ciclo das rochas tem seu início no interior da terra, no momento que o fluido constituído princialmente por oxigênio – conhecido como magma – é expelido por meio de uma ação vulcânica. Diante dos contrastes entre as temperaturas, quando atinge a superfície sofre uma resfriamento. Em seguida, acontece a cristalização desse magma, dando origem às rochas ígneas. 
Erosão: as rochas magnéticas passam por processos de desgaste, provocados por agentes naturais (água, vento, gelo, clima). 
Sedimentação: após deterioração provocada pela erosão, ocorre diversos depósitos sedimentares nas camadas mais baixas da terra. Esses pedaços de rocha sofrem litificação – fase que permite a transformação dos fragmentos em rochas sedimentares. 
Metamorfismo: as rochas sedimentares podem enfrentar novas erosões e resultar em outras do mesmo tipo ou passar por processos químicos e físicos motivados pelo aumento da pressão e temperatura, gerando então as rochas metamórficas. 
Fusão: mesmo com essa mudança, a temperatura continua influenciando. Isso acaba levando à fundição da rocha por uma placa tectônica, formando assim o magma. Dessa forma, depois de milhões de anos, o ciclo das rochas se reinicia. 

Transformações rochosas 

O ciclo das rochas pode acontecer de acordo com as etapas exemplificadas no tópico anterior ou através das seguintes transformações:
Rochas magmáticas em sedimentares 
Quando as rochas ígneas chegam na superfície, elas acabam sofrendo ação do intemperismo – efeito que remete à fragmentação ou decomposição das rochas em consequência de processos químicos, físicos e biológicos – e da sedimentação, que é o acúmulo das partículas rochosas no fundo dos rios e lagos. Com o tempo, os sedimentos solidificam-se, criando novas rochas, que são chamadas de sedimentares. 
Rochas sedimentares em metamórficas 
Como as camadas da terra estão sempre em movimento, as rochas sedimentares vão se concentrando nas profundidades. E, com isso, têm as suas estruturas químicas e minerais modificadas pela pressão e calor extremo, tornando-as mais consistentes. Esse processo de aquecimento e endurecimento das rochas, dando origem as metamórficas, recebe o nome de metamorfismo. 
No ciclo das rochas apenas não é possível a transformação direta entre as sedimentares para magmáticas, pois mesmo com as altas temperaturas, elas passam primeiramente para fase metamórfica e depois que se modificam resultam em ígneas. 
Rochas metamórficas em ígneas
Para que as rochas metamórficas tornem-se ígneas é necessário o seu derretimento – etapa denominada de fusão. Com o aumento da pressão e calor da terra, as metamórficas começam a derreter, produzindo as lavas. Depois, ocorre o resfriamento e solidificação desse material, formando as ígneas. Se esse fenômeno for no subsolo, essas rochas são do tipo intrusivas. Caso contrário, ou seja, aconteça na superfície (após erupções vulcânicas), são definidas como extrusivas. 

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