Resumo de História - Civilização Mesopotâmica

A civilização mesopotâmica, situada entre os rios Tigre e Eufrates, foi uma das primeiras que se formaram ainda no período Neolítico, quando o homem desenvolveu práticas agrícolas e assumiu uma vida sedentária.

No Oriente Médio, onde atualmente encontra-se o Iraque, nasceu a civilização mesopotâmica. Essa área foi dominada por muitos povos, já que sua localização era favorável para a agricultura e pastoreio. Após muitos conflitos, os povos sumérios, acádios, babilônios, assírios, entre outros, ajudaram a construir uma das mais antigas civilizações da história.

Os Povos da Civilização Mesopotâmica

Os habitantes da Mesopotâmia foram resultados da dominação de dois povos pioneiros: os sumérios e os acádios. A partir deles que se estabeleceram as outras populações.

Sumérios

A primeira civilização mesopotâmica foi a dos sumérios, povos responsáveis pela criação das cidades-estado, das grandes construções em volta das cheias dos rios Tigre e Eufrates –  barragens, reservatórios e ductos de irrigação – e, sobretudo, os inventores da escrita.

O dialeto sumério foi o primeiro a ser representado pela escrita cuneiforme, um tipo de caligrafia que se baseia em desenhos para definir objetos ou ideias (pictogramas). Aos poucos os símbolos foram adaptados para um conjunto de sílabas.

As informações eram cravadas em placas de argila por um utensílio chamado de cunha, por isso a termologia cuneiforme.

As cidades-estado eram independentes entre si e governadas por um líder militar, juntamente com o conselho de sacerdotes. As leis sumérias eram baseadas em costumes e a economia girava em torno da agricultura, domesticação de animais e circulação de sementes.

Após um longo período de hegemonia, as organizações sumérias começaram a se desfazer diante das lutas pelo controle da região. Esse processo de enfraquecimento possibilitou a invasão dos povos assírios, hebreus, fenícios, árabes, entre outros.

Acádios

Os acádios eram povos que viviam migrando em busca de solos férteis e pastos. Tornaram-se seminômades por cauda da criação das cidades, principalmente Acad, a mais importante da sua gestão.

A base econômica dos acádios também era a agricultura, favorecida pela irrigação das águas do rios Tigre e Eufrates. O comércio era alimentado pela troca de metais, cevada e outros excedentes. Seu poder político se concentrava nas mãos do rei e o estado era centralizado.

Os acádios eram habilidosos com arco, flechas e lanças, instrumentos avançados para a época.

Babilônios

Os babilônios organizaram-se na área ocupada pelos acádios e, com o tempo, foram dominando muitas cidades mesopotâmicas, mérito da gestão unificadora do rei Hamurabi.

Como impôs o mesmo governo para todos os povos, possibilitou a construção de um grande império babilônico.  Os maiores núcleos urbanos da antiguidade surgiram neste momento e seu conjunto de leis ficou conhecida como Código de Hamurabi (“olho por olho, dente por dente”), no qual toda a infração deveria ser punida de acordo com a ação cometida.

Os babilônios possuíam conhecimento em astronomia, favorecendo a criação do calendário das cheias dos rios e do relógio de sol. Na administração de Hamurabi a agricultura era a principal fonte da economia. Já na de Nabucodonosor, que transformou a Babilônia em um significativo polo cultural, era a renda vinda dos trabalhos nas obras arquitetônicas. 

O imperador Nabucodonosor foi quem ordenou a criação dos Jardins Suspensos e da Torre de Babel. Além disso, sob seu governo, os hebreus e a cidade de Jerusalém foram conquistados. O império babilônico entrou em decadência após sua morte.

Assírios

Os assírios invadiram a região norte da Babilônia. Destacaram-se pela organização militar, principalmente na produção de armas. Os embates eram suas principais formas de conquistar novos territórios, sendo extremante cruéis com os povos derrotados.

Por outro lado, foram grandes incentivadores da ciência.  A divisão do círculo em 360 graus e as noções de latitude e longitude para navegação são exemplos dos avanços matemáticos dos assírios. 

A civilização entrou em decadência após uma série de revoltas civis e morte do rei Assurbanipal, que em seu governo chegou a controlar a Babilônia, Pérsia, Síria e Egito.

Civilização Mesopotâmica: estruturas sociais

A sociedade da civilização mesopotâmica era separada por classes sociais: nobreza, sacerdotes, comerciantes, militares e escravos. 

O poder girava em torno da nobreza, dos sacerdotes, dos comerciantes e militares. Cabia aos camponeses e escravos, geralmente prisioneiros de guerras, a total submissão e entrega dos excedentes produzidos. O rei era visto como representante dos deuses.

Economia e Comércio

A economia predominante da civilização mesopotâmica era a agricultura.  Inicialmente eram baseadas na irrigação e plantio de trigo, cevada, frutas e legumes, depois veio a inserção do arado e carros de roda.

As famílias de camponeses eram responsáveis pelo cultivo da terra e deveriam entregar aos templos, zigurates, grande parte das colheitas. Esses templos funcionavam como bancos, pois emprestavam sementes e cobravam juros.

Já o comércio era firmado na base da troca. Sementes e metais circulavam pela cidade, favorecendo as transações comerciais de empréstimo, recibos de crédito e sistema de juros. Os comerciantes prestavam serviços aos zigurates e aos palácios, mas podiam fazer transações pessoais.

A escassez de matérias-primas favoreceram os negócios com outras civilizações. Os mercadores buscavam marfim, madeira e cobre, e, em troca, ofereciam tecidos, tapetes e pedras preciosas.

Ciências 

Os povos da civilização mesopotâmica destacaram-se na astronomia, arquitetura e matemática. Os sacerdotes eram grandes conhecedores da astronomia e astrologia. Entendiam as características das estrelas e planetas, e aprenderam sobres os eclipses solares e lunares.

Foram os mesopotâmicos os primeiros a separar o ano em meses e as horas em sessenta minutos e segundos, servindo de base inclusive para a astronomia europeia.

Na matemática desenvolveram os cálculos de divisão, raízes quadrada e cúbica, e equações. Também separaram o círculo em 360 graus e criaram as grandezas de comprimento e peso.

Na arquitetura deram início as decorações e pinturas em baixo relevo. Já na literatura, que não foi tão desenvolvida, inventaram poemas de amor e coragem, a exemplo da Epopeia de Gilgamesh.

Religião

Cada povo cultuava seus deuses. As divindades eram representações dos elementos naturais (água, terra, ar) e apresentavam características humanas, como defeitos, qualidades, sentimentos e paixões.

O único ser adorado por todos os povos da civilização mesopotâmica era a Ishtar – deusa do amor e da vitória. Os homens procuravam entender a vontade das divindades através dos sonhos, dos astros e das eclipses.