Commodities são produtos de qualidade oriundos de matéria-prima. Geralmente são produzidos em grandes quantidades e estocados por determinado tempo, sem perda considerável de qualidade.
Fazem parte dessa categoria produtos de extração mineral como o ouro e o petróleo, os cultivados como a soja, o algodão, o café etc., e os que estão em estado in natura sendo as carnes de bovinos, ovinos e suínos.
Entenda o que são commodities
O termo em inglês commodity foi abrasileirado para comódite e traduzido para o português significa “mercadoria“. Esses tipos de mercadorias são comercializados nacional e internacionalmente através de cotação e negociação global.
Alguns produtos possuem pequeno grau de industrialização e são produzidos por diferentes produtores, o que permite a classificação do material para ser comercializado como commodity. Dessa forma, o mercado global é quem determina o preço da mercadoria não importando a marca, mas a necessidade de oferta e demanda.
Para atender aos requisitos das commodities é necessário ainda que o produto apresente mais algumas características como, por exemplo, ser algo que pode ser comercializado mundialmente em grande escala e ter enorme importância mundial.
Classificação das commodities
As commodities podem ser classificadas de acordo com o segmento a que pertencem desde que possam ser cultivados e guardados em grandes proporções.
No agronegócio podem ser commodities: café, milho, algodão, açúcar, trigo, soja e suco de laranja congelado.
Entre os minerais naturais também se encontram aqueles relacionados à energia e aos metais: etanol, gás natural, petróleo e o ouro.
Referente aos recursos ambientais naturais, que são imprescindíveis para a produção agrícola e industrial estão: a água, a madeira, e os geradores de energia.
Na parte dos produtos financeiros pode-se mencionar as moedas negociáveis em títulos do governo como: os próprios títulos públicos do governo federal, o dólar, o real e o euro.
Commodities no Brasil
Por serem produtos de base em estado bruto e serem essenciais para pessoas do mundo inteiro, dependendo da sua conservação, sempre estão em alta demanda contínua.
Por possuir um terreno enorme e extensa exploração dos recursos naturais, o Brasil se tornou um destaque na produção de commodities, o que gerou impacto na economia interna com a exportação dessas mercadorias. No entanto, ainda que tenha ampla participação nesse espaço, o país fica dependente da definição de preço imposta pelo mercado internacional.
Se a demanda é alta o preço da commodity aumenta consequentemente elevando o lucro do empresário, mas se houver uma demanda muito baixa, os produtores são prejudicados, pois as mercadorias ficam desvalorizadas.
A economia do Brasil gira em torno da situação de commodities internacional, ou seja, mesmo com economia interna favorável, o país pode sofrer uma crise internacional, a depender do sistema de oferta e demanda.
Nesse caso, por exemplo, se a quantidade de feijão exportada for muito pequena, por causa da escassez, o preço irá subir, tanto para os consumidores externos quanto para os internos. As commodities podem influenciar muito na bolsa de valores.
O Brasil já é um grande exportador de carne bovina, café, petróleo, soja, ferro, alumínio e suco de laranja.
Investimento em Commodities
Para quem investe na bolsa de valores, os investimentos podem ser influenciados com a cotação das commodities. Grandes companhias do país são afetadas com a oscilação da demanda dos produtos.
Acionistas podem vender ou comprar ações das empresas de commodities na própria bolsa de valores que dispõe do Mercado Futuro para isso.
O Mercado Futuro é considerado um dos melhores modelos de investimento, pois através dele o investidor pode lucrar tanto com a alta quanto com a baixa de um ativo. A negociação acontece com contratos futuros, ou seja, a compra e a venda de commodities tem preço e período estabelecidos.
Quando uma empresa tem sua cotação de commodity desvalorizada por causa da baixa demanda do seu produto, ela se prejudica. Desse modo, devido ao receio de prejuízo maior, os acionistas podem vender suas ações por um valor menor.
Aos interessados naquele produto, isso se transforma em uma oportunidade de comprar ações com um valor abaixo do mercado, com a avaliação de que esse produto volte a ser mais demandado e, consequentemente, valorizado.
No entanto, para não correr o risco de grande prejuízo no futuro, é necessário que ao analisar as ações o acionista verifique a liquidez do ativo do contrato, ou seja, se é um produto difícil de vender, se por acaso ele necessitar do dinheiro.
Se for o caso, o investidor deve ter ciência que não terá aquele valor por algum tempo. Desta maneira, deve-se considerar a rentabilidade do investimento e deixar em segundo plano a liquidez.
Um exemplo dessa situação é a poupança, que possui uma liquidez alta, pois o resgate do dinheiro investido pode ser feito a qualquer momento da conta. Já no caso de investimento em imóveis a liquidez é baixa, pois para vender por um bom preço leva dias ou até meses, ou seja, não dá para adquirir o dinheiro tão cedo.